segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mato Grosso do Sul e São Paulo ganharão outra ligação rodoviária

13/06/2011 - DNIT, Evandro Alvarenga


O DNIT começa no próximo dia 15 em Três Lagoas/MS as obras da quinta ponte ligando os dois estados.

Separados pelo rio Paraná, os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo têm hoje quatro pontes, sendo uma rodoferroviária e outra exclusivamente ferroviária. Até abril de 2014 contarão com mais uma travessia rodoviária. A nova ligação será iniciada no próximo dia 15 em Três Lagoas/MS.

Trata-se de uma OAE - Obra de Arte Especial, com 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos. Em Três Lagoas/MS o trecho de acesso completará o traçado definitivo da BR-262, alterando o caminho que leva à barragem da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá). Do outro lado do rio Paraná, no município de Castilho/SP, uma nova via de acesso será construída da ponte até rodovia estadual SP-300 (Marechal Rondon).

Antes da construção da usina, na década de 1960, a travessia de veículos, cargas e pessoas no local era feita por meio de balsa ou da ponte ferroviária Francisco de Sá, ao lado da estrutura que será construída. Com a usina, o tráfego passou a fluir pela própria barragem. Mas com a expansão da região, nos setores agrícola e industrial e o desenvolvimento urbano, o volume de tráfego no local aumentou consideravelmente.

A nova ponte vai absorver esse trânsito, com duas faixas de tráfego com 3,6m de largura cada uma, além de acostamentos de 2,5m de largura e passagem para pedestres. O Governo Federal vai investir R$ 113 milhões na obra, que tem prazo de três anos para ser concluída e deve gerar na sua fase inicial 180 empregos diretos.

Outras travessias - Ainda entre os municípios de Três Lagoas/MS e Castilho/SP existe outra ponte, que é exclusiva do transporte ferroviário.

Mais ao sul, a ponte rodoviária Maurício Joppert liga a BR-267 em Bataguassu/MS à SP-270 (Raposo Tavares) em Presidente Epitácio/SP. Na OAE de 2.550 metros o DNIT executa obras de restauração, com investimento de R$ 24 milhões até o próximo ano.

A segunda ligação fica entre os municípios de Brasilândia/MS e Paulicéia/SP. Com 1,705 metros de comprimento ela liga a BR-158 à SP-294.

A outra ligação entre os dois estados atende a dois modais de transporte. A ponte rodoferroviária fica entre os municípios de Aparecida do Taboado/MS e Santa Fé do Sul/SP. Com quatro quilômetros de extensão, ela faz o entroncamento da BR-436 com a SP-329 (Euclides da Cunha).

Para crescer, região Sul de SC espera a “nova” BR-101

13/06/2011 - Valor Econômico, Júlia Pitthan


Há dez anos, o Sul de Santa Catarina, região que reúne 42 municípios e cerca de 900 mil habitantes, aguarda pela duplicação da BR-101. A rodovia liga o Estado ao Rio Grande do Sul e aos países-membros Mercosul, e também ao Paraná e ao resto do Brasil pelo litoral.O trecho norte da estrada, que liga Florianópolis a Curitiba, ficou pronto no começo da década passada. As obras em solo gaúcho foram inauguradas no fim do governo Lula, em 2010.

Com cerca de R$ 1,4 bilhão já empregado - e uma estimativa de que o gasto da obra ultrapasse R$ 1,9 bilhão para concluir os 238,5 km de duplicação das pistas e obras de arte, como viadutos e túneis -, a expectativa é que as etapas mais problemáticas só fiquem prontas em 2015. Entre desvios e trechos de estrada transformados em canteiro de obras desde 2005, a economia da região se esforça para crescer.

Tradicional polo de produção de carvão mineral - cerca de 2,32 milhões de toneladas que respondem por 50% de extração da matéria-prima no país - e do setor de cerâmica, com 11 empresas e 5,6 mil empregados, que trabalham diretamente nas maiores empresas nacionais do segmento, o Sul catarinense enfrenta a necessidade de diversificar a economia.

O setor metal-mecânico, por exemplo, se desenvolveu em paralelo aos demais ciclos econômicos e já emprega 10 mil pessoas em 1,5 mil empresas espalhadas por toda região. O setor do vestuário cresce de 10% a 12% ao ano, e a estimativa é que existam cerca de 600 empresas no ramo da confecção na região, entre formais e informais.

Ao largo desses setores tradicionais, o empresário Jayme Antônio Zanatta, 76 anos, construiu um grupo de empresas que atua com autonomia na região. Começou com uma fábrica de embalagens, na década de 1970, em sociedade com o tio. Mais tarde, seguiu para os ramos de tubos e conexões de PVC e de tintas.

A Tubozan, de tubos e conexões, acaba de fechar uma associação com a Plásticos Vipal para a criação da BR Plásticos Participações. A joint venture, com 49% de capital da Tubozan e 51% da Vipal, será a terceira maior empresa transformadora do país na produção de componentes plásticos para a construção civil. A previsão é que, juntas, possam faturar R$ 250 milhões em 2011.

Há um projeto de investimento de R$ 20 milhões em modernização e expansão das unidades nos próximos dois anos - até o fim de 2012, a empresa terá oito unidades em operação. Em Santa Catarina, a empresa mantém a fábrica em Siderópolis, cidade próxima a Criciúma.

Com a Farben, a empresa de solventes e tintas técnicas voltada para a indústria de móveis, metal-mecânica e automotiva, Zanatta esperar crescer 14% este ano. Em 2010, o faturamento bruto da empresa foi de R$ 140 milhões. O plano de investimentos para os próximos cinco anos é de R$ 50 milhões na fábrica localizada em Içara, a 190 km de Florianópolis.

Em abril, a Farben firmou uma joint venture com a Imagraf Tintas Moveleiras, com sede em Arapongas, no Paraná. O objetivo é conquistar tecnologia das tintas e vernizes UV para o setor moveleiro, que secam rapidamente e conferem mais agilidade para o no processo industria. Com a união, a capacidade da Imagraf-Farben será de 2,5 milhões de litros por mês de tinta para o segmento moveleiro.

Zanatta sofre assédio de outros Estados para levar seus investimentos para fora de Santa Catarina. Rio de Janeiro e Espírito Santo já teriam feito propostas para o empresário, mas ele se mantém fiel ao objetivo de manter a sede das empresas no Estado, apesar dos planos de expansão.

Mesmo com a perspectiva de crescimento, a dificuldade de acesso à região prejudica os negócios da Farben. “Estamos investindo porque somos muito teimosos, porque não temos suporte de infraestrutura para crescer”, diz Edmilson Zanatta, gerente-administrativo da empresa e filho de Jayme.

De acordo com ele, é comum que no transporte rodoviário ocorram avarias nas cargas de tintas, o que gera custo na entrega. “Precisamos repensar a logística e concentrar um volume maior de estoque no centro de distribuição em São Paulo para poder atender no prazo os clientes”, conta Edmilson.

A dificuldade em trazer clientes para conhecer a sede das empresas na região também é um entrave para os negócios. Empresários de outras regiões temem a BR-101 Sul, conhecida pela violência e pelos constantes congestionamentos nos trechos em obras. A falta de uma escala de voos adequada no aeroporto de Criciúma - reivindicação dos empresários da região - também prejudica os negócios.

Para Ottmar Müller, presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica da região (Sindiceram), a mobilidade das pessoas fica prejudicada com o atraso das obras na BR-101 Sul. “É difícil quantificar o impacto que esse atraso representa, mas sem dúvida gera um aumento nos custos de frete e nos custos fixos de manutenção de frota.” O empresário diz que a região perde poder de barganha nas negociações por ser difícil receber clientes para fazer lançamentos ou apresentar a produção no local.

Depois de passar por dificuldades em função da queda das exportações, o setor cerâmico projeta crescimento para os próximos anos. Em dez anos, a capacidade produtiva dos fabricantes de cerâmica para revestimentos na região cresceu 11%. Até 2012, deve passar ter novo aumento, entre 5% e 6%. As vendas para o mercado interno vêm sustentando esse crescimento, segundo Müller.

O Sul catarinense, forte produtor de carvão, pode receber ainda um investimento de R$ 1,6 bilhão em Treviso. O projeto da Usina Termelétrica Sul Catarinense (Usitesc) já existe há dez anos, mas entrou em nova fase com a chegada de novos investidores, em 2009. Agora, o empreendimento já tem as licenças ambientais necessárias e aguarda leilão de energia que viabilize o investimento.

Com capacidade para gerar 440 MW, o empreendimento está em fase de contratação da empresa responsável pela engenharia, compra de materiais e equipamentos e construção. Segundo o engenheiro José Cunha, da Usitesc, as jazidas da região têm capacidade para atender o projeto por mais 60 anos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Clésio Andrade defende criação de dois portos secos em Minas

04/06/2011 - Agência CNT

PODER LEGISLATIVO

Proposta faz parte do documento Fortalecimento de Minas no Cenário Nacional, organizado pelo senador.

O senador Clésio Andrade (PR-MG) trabalha, no Congresso Nacional, para viabilizar a criação de mais dois portos secos em Minas Gerais: um em Governador Valadares e outro em Montes Claros. O objetivo, com isso, é incentivar o desenvolvimento dessas regiões com a ampliação da oferta de empregos e diminuição dos custos de escoamento no estado.

Atualmente, Minas Gerais conta com cinco portos secos ou estações aduaneiras do interior (Eadis): em Juiz de Fora, Varginha, Uberaba, Uberlândia e Betim. Eles favorecem a integração com os portos marítimos do país e estão interligados ao sistema rodoviário, ferroviário e aeroviário. Além de seu papel na carga de transbordo, também pode incluir instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, manutenção de transportadores rodoviários ou ferroviários de carga e de serviços de desalfandegamento.

A criação de portos secos nas cidades de Governador Valadares e de Montes Claros faz parte do conjunto de ações sugeridas pelo documento Fortalecimento de Minas no Cenário Nacional, organizado pelo senador Clésio Andrade e pela base política de apoio do governo federal em Minas Gerais. O documento vem sendo discutido com as principais autoridades do governo desde abril.
Redação CNT