quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

BR-493: uma estrada federal com um buraco a cada 38 metros

20/02/2013 - O Globo

Motoristas sofrem com precariedade da via que liga Manilha a Magé

ELENILCE BOTTARI

Caminho acidentado. Um dos muitos buracos ao longo da BR-493: em 2008, foi fechado um acordo para a duplicação da pista, mas a obra nunca aconteceu Custódio Coimbra / O Globo
RIO

São 25 quilômetros de uma estrada estreita (cerca de dez metros, somando os dois sentidos de tráfego e os acostamentos), marcada por grandes desníveis, sem iluminação e com sinalização precária. Além disso, como O GLOBO constatou na quarta-feira da semana passada, havia 665 buracos ao longo da via uma média de um a cada 38 metros. Apesar do cenário de abandono, ela está longe de ser um caminho da roça qualquer. Trata-se da BR-493 (que liga Manilha, em Itaboraí, a Santa Guilhermina, em Magé), por onde são transportados 70% dos alimentos que abastecem o Rio. Na estrada, passam diariamente 18 mil veículos, 60% deles caminhões. A rodovia é também o principal acesso da Região Metropolitana e do Sul do estado ao Norte Fluminense e a grande parte do Nordeste do país.

O próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) reconhece que a estrada não comporta mais tamanha carga: são mais de 150 mil toneladas por dia sobre a pista. Numa parceria fechada em 2008 entre o governo do estado e a União, dentro das obras do Arco Metropolitano, caberia ao Dnit realizar a duplicação da BR-493. No entanto, após quatro anos sem nenhum quilômetro construído, o consórcio foi desfeito. Isso aconteceu depois de denúncias envolvendo a Construtora Delta, que fazia pare do consórcio contratado para obra, orçada na época em R$ 950 milhões.

Nova licitação sai no dia 28

Uma nova licitação está agendada para o fim do mês.

No próximo dia 28, vão ser abertas as propostas da nova licitação, que será em regime diferenciado de contratação (RDC). Agora, a empresa que ganhar a licitação faz o projeto e executa a obra. Isso dará mais agilidade ao trabalho explicou o diretor regional do Dnit, Arnaldo Pinho.

Ele disse que, enquanto a duplicação não chega, o paliativo encontrado foi a contratação de uma empresa de conservação. Em outubro passado, começaram as obras de recuperação do asfalto, orçadas em R$ 7,6 milhões. A conclusão está prevista para 2014.

Se não fossem essas obras, a situação estaria muito pior. Não mexemos no acostamento, mas um longo trecho das faixas de rolamento do lado de Manilha já não tem buracos. Estamos com cerca de 60% de obras realizadas, mas, com as chuvas fortes que caíram e com o volume de veículos, pode ser que tenham surgido novos buracos disse Arnaldo, acrescentando que o problema mais grave no momento é no lado de Magé.

Segundo ele, a rodovia tem 60 anos e vem sofrendo com o crescimento cada vez maior do volume de veículos, por causa da construção do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj, empreendimento em Itaboraí), do movimento no Porto de Itaguaí e do próprio desenvolvimento do estado:

A duplicação deverá ser suficiente para resolver o problema de fluidez no trânsito.

Sem aviso para quebra-molas

Os acidentes são constantes, principalmente na região de Magé. Moradores costumam chamar a estrada de rodovia da morte.

À noite, não se vê nada, mas se ouvem muitas freadas e batidas. Volta e meia, tem gente morta contou José das Graças, de 62 anos, há 57 vivendo às margens da BR-493, no quilômetro 21.

Ele conta que não falta trabalho para mecânicos da região:

Não tem nenhuma marca indicando os quebra-molas. Por isso, depois de cada quebra-molas, tem sempre um buraco, por causa do impacto dos carros sobre a pista.

As poucas placas de sinalização somem atrás do mato alto. É o que acontece, por exemplo, com a placa que alerta para o estreitamento da via no trecho sobre o Rio Iriri, em Magé.

É brabo. A gente paga pedágio (R$ 12,50) por uma coisa dessa. Os buracos estão sempre quebrando o meu carro protestou o motorista Cláudio Silva.

Segundo moradores, a situação se agravou a partir de 2002, quando a Ponte Rio-Niterói foi fechada ao transporte de cargas, transferindo esse fluxo de veículos pesados para a Magé-Manilha (também conhecida como Estrada do Contorno da Baía de Guanabara).

Duplicação da Rodovia do Contorno será concluída em abril, diz DNIT-ES

21/02/2013 - G1

Serviços de complementação estão em fase de acabamento, diz Luiggi. Superintendente também fala sobre outras obras previstas.

As obras de duplicação dos 26 quilômetros do trecho da BR-101 conhecido como Rodovia do Contorno - que estão sendo executadas pela União e já duram mais de uma década - devem ser concluídas até o final de abril, é o que garantiu o superintendente do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes no ES (Dnit), Halpher Luiggi. De acordo com ele, os serviços de complementação, que vão interligar os dois viadutos construídos na rodovia, já estão em fase final de acabamento.
Em entrevista ao programa Bom Dia ES, na manhã desta quinta-feira (21), o superintendente falou sobre os projetos de infraestrutura previstos para as rodovias do Espírito Santo . Entre eles, estão os de duplicação da BR-101 e BR-262, que devem ser concedidas à iniciativa privada.
"A partir da assinatura do contrato existe um cronograma de 10 anos para que toda a rodovia esteja duplicada, porém o processo de concessão ainda não foi concluído. Já em relação à BR-262, o edital para o leilão de concessão já foi aberto, e no dia 19 de março de 2013 acontece a abertura das propostas. A expectativa é de que no inicio deste segundo semestre os serviços de duplicação na via, do trecho que vai de Viana, na Grande Vitória até a localidade de Vitor Hugo, no interior do Estado, comecem", afirma Luiggi.
O superintendente citou também as obras de recapeamento do asfalto que estão acontecendo na BR-101 Sul, no trecho que vai de Viana até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Esse ponto também deve ser duplicado. "O projeto já está pronto e aguarda apenas a liberação do Ibama", diz. Outro trecho da BR que também está recebendo melhorias é o que corta o município de Aracruz. A promessa é de que as obras fiquem prontas em julho.
No trecho que vai de Amarelos até o município de Iconha, região Sul do Estado, deve ser implantado o programa BR Legal, do Governo Federal, que prevê nova sinalização de toda malha rodoviária nas rodovias do país. O projeto, que ainda está em fase de licitação, deve acontecer simultaneamente em todo o Brasil.
Halpher comentou ainda sobre os números de acidentes registrados nas rodovias federais que cortam o estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), do inicio do ano até esta última terca-feira (19), foram registrados 978 acidentes, com 450 feridos e 31 mortos nas vias do Espírito Santo. Para ele, o índice tão elevado está ligado a dois fatores: imprudência e falta de investimento nas estradas.
"Pudemos constatar que existe uma grande quantidade de acidentes envolvendo veículos de carga e eventualmente com o cometimento de alguma imprudência. Existe ainda outro fator, que é o que compete ao poder público, que é intensificar a fiscalização para redução de acidentes e fazer os investimentos necessários para evitar que tragédias aconteçam", ressalta.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Meta é terminar rodoanel norte de SP até dezembro de 2015, diz Alckmin

07/02/2013 - Valor Econômico

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que pretende entregar as obras do trecho norte do rodoanel de São Paulo, concluindo o anel rodoviário da região metropolitana, até dezembro de 2015.

A contratação das empresas que vão executar o trecho de 47 quilômetros foi assinada hoje e as obras começam em março. "O prazo é de 36 meses, mas queremos adiantar isso", afirmou Alckmin.

O trecho norte do anel rodoviário vai ligar as rodovias Dutra e Fernão Dias e contará ainda com acesso ao aeroporto de Guarulhos. A obra está orçada em R$ 3,9 bilhões e, segundo estimativas do governo do Estado, deve retirar 17 mil caminhões que circulam diariamente pela Marginal Tietê, na capital paulista – diminuindo o tráfego de caminhões pela via em 40%. Estima-se que o trecho norte irá receber 65 mil veículos por dia, quando for inaugurado. "Vamos interligar o aeroporto de Guarulhos, o maior do país, e o maior porto do país, o de Santos, gerando eficiência e diminuindo o custo Brasil", ressaltou Alckmin.

A Construtora OAS Ltda, a Acciona Infraestructuras S/A e os consórcios formados pelas empresas Mendes Júnior/Isolux Corsán e Construcap/Copasa foram os vencedores da licitação internacional para a construção do último trecho do anel viário. O Rodoanel norte é considerado a maior licitação de obra rodoviária em andamento no país.

O ministro dos Transportes, Paulo Passos, que participou da solenidade de assinatura dos contratos, afirmou que a obra tem importância estratégica, já que permite conexão com grandes eixos rodoviários que convergem para a cidade de São Paulo. "O governo federal apoia o projeto e desembolsará R$ 1,720 bilhão, dos quais R$ 960 milhões já foram colocados à disposição", afirmou.

Passos trocou ainda palavras de cortesia com o governador. "Reafirmo o compromisso do governo federal, o compromisso da presidente Dilma Rousseff, de estar ao lado do governo de São Paulo para tirar o projeto do papel", disse, em seu discurso.

Já Alckmin (PSDB) ressaltou que, além do montante que será liberado, haverá parceria para construção de casas para as famílias desapropriadas por meio do programa do governo federal "Minha Casa Minha Vida". "Peço que agradeça a presidente Dilma. O convênio inicial era de R$ 1,2 bilhão e passou para R$ 1,7 bilhão", disse, direcionando-se ao ministro.

Ao todo, 3,4 mil serão desapropriadas pela obra. O trecho corta transversalmente a Serra da Cantareira e terá sete quilômetros de túneis. Para reduzir o impacto da obra que foi alvo de questionamentos ambientais, a estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) deve plantar 1,6 milhão de árvores. Já o número de empregos gerados no projeto chega a 15 mil.

Com a conclusão do trecho norte, o rodoanel terá 178 quilômetros de extensão, interligando as 10 autoestradas que chegam a São Paulo. Os trechos sul e oeste já estão prontos, enquanto o leste está previsto para março de 2014. O presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, ressaltou que o trecho norte, assim como os demais, será concedido ao fim da construção. "O número de pedágios e o valor ainda não foram definidos", afirmou.


Imagem: Valor
Ferroanel

A execução do trecho norte do ferroanel de São Paulo juntamente com a construção do trecho norte do rodoanel ainda aguarda parceria entre os governos do Estado e federal. O governo federal vai conceder o contorno ferroviário da capital paulista para a iniciativa privada em julho, mas deve contratar o governo de São Paulo para adiantar os licenciamentos ambientais e desapropriações permitindo que a obra ande em paralelo com o rodoanel.

De acordo com o Ministro dos Trasportes, algumas etapas ainda precisam ser vencidas até que os contratos sejam assinados. Já a Dersa, espera a assinatura do contrato e a liberação da verba do governo federal para que possa fazer o licenciamento ambiental do trecho que abrigaria também o ferroanel. "Continuamos conversando com o Ministério dos Transportes e com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), mas isso depende mais deles do que da gente", afirmou Laurence Casagrande Lourenço.

O presidente da Dersa ressalta que o andamento conjunto das obras geraria economia de R$ 1,5 bilhão para a construção do ferroanel, já que haveria aproveitamento de licenças ambientais e menor necessidade de desapropriações.

Fonte: Valor, Por Guilherme Soares Dias

Planalto disponibilizará acesso à internet em toda sua frota

19/11/2012 - Fortalbus

Atualmente, mais da metade dos ônibus da Planalto Transporte conta com acesso à internet disponibilizado aos passageiros. A totalidade da frota deve estar equipada com a tecnologia nos próximos meses, adianta o diretor-presidente do Grupo JMT (controlador da empresa), Pedro Antonio Teixeira.

A empresa tem no momento cerca de 270 ônibus e 980 funcionários. O diretor-presidente do Grupo JMT enfatiza que a Planalto vem trabalhado na renovação dos ônibus. Nos últimos cinco anos, a companhia investiu em torno de R$ 100 milhões nessa meta. Segundo ele, o objetivo é manter o nível de investimentos nos próximos anos para conservar a idade média da frota entre quatro e cinco anos.

Quanto ao transporte rodoviário de passageiros, a Planalto opera hoje em 123 cidades brasileiras e 11 no exterior, através da disponibilização de 79 linhas. Para esse ano, a expectativa é que cerca de 4,67 milhões de passageiros sejam transportados pela empresa, em 2011 foram cerca de 4,65 milhões.

Entre as principais linhas realizadas pela companhia, a partir de Porto Alegre, encontram-se cidades como Rio Grande, Santa Maria, Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Alegrete, entre outras. Teixeira também ressalta que nos municípios de Porto Alegre e Santa Maria a companhia conta com salas VIP para os usuários, espaços que oferecem atrativos como ar-condicionado e televisões.


O dirigente comemora os resultados da pesquisa de satisfação dos clientes em 2012, encomendada pela companhia, que apontou um percentual de 91,6% de satisfação. Realizada pela empresa Allcon-Cience, os pontos mais importantes indicados pelos passageiros foram: conforto, segurança e higiene no interior do veículo. Teixeira comenta que o estudo serve para ter um retorno das práticas adotadas e corrigir os eventuais problemas.

Quanto às ações que precisam ser feitas para aprimorar o transporte de passageiros no País, o dirigente defende que é necessário realizar mais investimentos em rodovias e destaca que a cada ano aumenta o fluxo de veículos pelas estradas brasileiras. Ele cita, no Estado, como empreendimentos importantes a Rodovia do Parque (BR-448), a duplicação da BR-116, entre Porto Alegre a Rio Grande, e a segunda travessia sobre o Guaíba.

Sobre a nova lei 12.619/12, que regulamenta a profissão dos motoristas e estabelece limites quanto à carga diária de trabalho, Teixeira informa que a empresa já realizava o controle de jornadas e não deverá haver maiores problemas para se adequar à norma. Além da Planalto Transporte, as principais empresas que compõe o Grupo JMT são a: Planalto Encomendas (mercadorias) e a Veisa (concessionária de veículos Mercedes-Benz). O grupo atua ainda em outros negócios como operador de turismo.

Pioneirismo e trajetória visionária superaram carência de infraestrutura
"Quando a empresa nasceu, se faziam linhas de ônibus quando não se tinha estradas, pontes ou muitos passageiros", recorda o diretor-presidente do Grupo JMT, Pedro Antonio Teixeira. O pai do dirigente, José Moacyr Teixeira (cujas iniciais deram nome ao grupo), foi um dos fundadores da Planalto no distante ano de 1948.

Inicialmente, a companhia fazia o percurso de Santa Maria a Santo Ângelo. Teixeira destaca que foi uma trajetória pioneira, visionária, porque era uma época em que se precisava enfrentar as carências de infraestrutura e até mesmo de veículos. Em 1951, a Planalto passou a fazer a viagem de Porto Alegre até Santa Maria. Passava-se por três balsas nesse caminho e a viagem iniciava às 5h da manhã e terminava às 17h, se não houvesse algum contratempo.

Depois vieram outras linhas, ligando Santa Maria e Porto Alegre a outros municípios. Teixeira lembra que a companhia também inovou ao fazer o transporte noturno para distâncias maiores. Ele reitera que a ideia está dentro de um conceito ainda atual que a noite é mais adequada para fazer esse serviço, já que as pessoas podem descansar durante o trajeto.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

As concessões vão decolar

03/02/2013 - Istoé Dinheiro

Leilões de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e petróleo devem movimentar pelo menos R$ 234 bilhões, até 2019.

Cristiano Zaia

Que um dos maiores gargalos da economia brasileira está na infraestrutura, o País já sabe. Que o governo não tem capacidade de, sozinho, fazer tudo o que é preciso, também. A solução, então, foi buscar a ajuda da iniciativa privada. No ano passado, o governo passou meses discutindo como viabilizar os projetos de concessão e parcerias público-privadas (PPPs) de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, trem-bala, e novos poços de exploração de petróleo e gás, que começam a sair do papel. Juntos, devem somar pelo menos R$ 234,7 bilhões até 2019. De olho nos projetos que já estão em fase de audiência pública, como é o caso de sete trechos de rodovias federais, construtoras, operadores logísticos e fundos de investimentos nacionais e estrangeiros têm procurado os órgãos do governo para se informar.


Wagner Bittencourt, ministro da Aviação Civil: "Com cinco grandes aeroportos concedidos,
devemos melhorar o serviço de metade dos passageiros de todo o País"

Um deles é a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável pelos projetos do trem-bala, ferrovias e rodovias. Somente em janeiro, o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, foi procurado por representantes dos fabricantes de trens japoneses Mitsui e Mitsubishi, e das espanholas Asvi e Ferrovial, também do setor de transportes, além do Fundo Soberano de Cingapura e da construtora brasileira Camargo Corrêa. "Eles tinham dúvidas sobre a taxa de retorno do investimento, mas todos dizem que vão participar", afirma Figueiredo. Uma das maiores construtoras do País, a Odebrecht já manifestou interesse em entrar em todos os setores. "Toda a área de infraestrutura nos interessa", diz o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.

"Saneamento, logística, portos e aeroportos." Responsável pela concessão da Arena Castelão, em Fortaleza, e construtor de trechos das ferrovias Norte-Sul e Leste-Oeste, o Grupo Galvão também quer participar das novas concessões. "Temos interesse em disputar ferrovias e vamos estar nos dois próximos leilões de aeroportos", afirma Dario Galvão, presidente da Galvão e Engenharia. A Arteris, que assumiu o controle acionário da espanhola OHL e já administra várias concessões rodoviárias, como a Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais, e a Regis Bittencourt, entre São Paulo e Paraná, diz "estar atenta a novas oportunidades". O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para financiar os novos empreendimentos.

Interesse privado: Dario Galvão, do Grupo Galvão,
quer disputar ferrovias e aeroportos

As concessões já representam 90% dos desembolsos do banco nas áreas de transporte, logística e energia. O montante de recursos deve chegar a R$ 28,5 bilhões neste ano – em comparação com R$ 24,5 bilhões em 2012. "Em 2015, esperamos chegar a R$ 40 bilhões", diz Nelson Siffert, superintendente de infraestrutura do BNDES. Para as empreiteiras, o modelo de concessões tem uma vantagem adicional: a diminuição da burocracia na contratação e pagamento da obra, já que o contratante não é o governo, mas uma empresa privada. "Algumas empreiteiras já estão preferindo as concessões às obras públicas", diz José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em setembro, o governo quer escolher os novos operadores dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte.

"É um setor muito lucrativo no mundo todo, que atrai o interesse dos investidores", diz o economista Cláudio Frischtak, da Inter B Consultoria, especializada em infraestrutura. Para o governo, as concessões devem melhorar a qualidade do transporte aeroviário. "Com cinco grandes aeroportos concedidos, devemos melhorar os serviços de metade dos passageiros de todo o País", afirma o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Outro setor que espera um impacto semelhante é o de portos, que deve receber bilhões de investimentos a partir de novas regras do setor, que permitirão a construção de portos privados. Com tantas oportunidades, o governo fica mais perto de alcançar a meta de um investimento em torno de 20% do PIB.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Novas concessões de rodovias terão limite de 200 metros de fila no pedágio

22/01/2013 - Transporta Brasil

Se as filas excederem o limite, as concessionárias terão que liberar a passagem dos veículos sem pagamento, até a normalização do atendimento.

Os sete trechos rodoviários que serão concedidos à iniciativa privada ainda neste ano não poderão acumular filas de mais de 200 metros ou que ultrapassem 15 minutos de espera nas praças de pedágio.

A obrigação estará contida no contrato de concessão que será assinado com as empresas após a licitação. Se as filas ocorrerem, as concessionárias terão que liberar a passagem dos veículos sem pagamento, até a normalização do atendimento.

Essa será a primeira vez que o Brasil terá esse tipo de obrigação para os concessionários de rodovias. Segundo a diretora da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Natália Marcassa de Souza, os próprios usuários das rodovias vão poder ajudar no controle do cumprimento dessa obrigação, já que as praças de pedágio terão uma marcação para indicar o limite da fila.

Além disso, a ANTT realiza operações padrão durante os feriados para verificar se a concessionária está adotando mecanismos para diminuir as filas, como o sistema papa-filas, no qual funcionários vão recolhendo a quantia do pedágio dos automóveis que ainda estão nas filas.

"É uma coisa que é factível de as empresas cumprirem, elas têm mecanismos de dimensionamento das praças de pedágio, para que eles cumpram esse tempo de atendimento, e nos períodos de pico eles podem tomar atitudes alternativas", explicou a diretora.

Outra novidade que estará presente nos novos contratos de concessão é a possibilidade de um aumento de até 3% nas tarifas de pedágio caso os índices de acidentes nas rodovias diminuam além das metas estimadas. "Para elas ganharem isso, terão que ser melhor do que a média das demais rodovias, para que possamos diminuir os índices de acidentes".

A concessionária também não poderá reduzir por muito tempo a disponibilidade das pistas para manutenção, sob pena de redução nas tarifas.

Os leilões dos sete lotes que serão concedidos à iniciativa privada estão previstos para acontecer em abril. Eles ainda estão na fase de estudos de viabilidade. São 5,7 mil quilômetros, nos seguintes trechos: BR-101, na Bahia; BR-262, entre Espírito Santo e Minas Gerais; BR-153, entre Tocantins e Goiás; BR-050, entre Goiás e Minas Gerais; BR-163, em Mato Grosso; BRs 163, 262 e 267, em Mato Grosso do Sul; e BRs 060, 153 e 262, que passam pelo Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Fonte: Portal Transporta Brasil, Por Silas Colombo

Rodoviária de Curitiba passa por novas mudanças

30/01/2013 -

A prefeitura de Curitiba anunciou novas mudanças no funcionamento da rodoviária em decorrência das obras, carros particulares não tem mais acesso aos estacionamentos públicos e, de quarta-feira em diante, os guichês de venda de passagens das linhas interestaduais mudam de lugar: ficarão também na ala estadual – eles foram construídos onde antes havia estacionamentos públicos.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo

As pessoas que quiserem acessar a rodoviária de carro tem de deixar o veículo nos estacionamentos privados do entorno ou nos dois estacionamentos particulares que existem na própria rodoviária: um está localizado em frente ao terminal e outro atrás dele (a permanência de 30 minutos custa R$ 3 e a de uma hora fica por R$ 4).

Qualquer acesso à rodoviária (a pé ou de táxi), a partir de quarta (30), terá de ser feito pela ala estadual, pois a interestadual ficará interditada. Os desembarques (das linhas estaduais e interestaduais) passam a ser feitos apenas nas plataformas interestaduais, em um espaço que ganhou nova cobertura. Para chegar a ala estadual e ir embora, os passageiros terão acesso a uma passarela interna que ficará liberada.

Os embarques serão feitos normalmente, só que o acesso será apenas pela ala estadual. Apenas os embarques da Viação Catarinense passam para a ala estadual (antes eram feitos na ala interestadual). Faixas e painéis devem orientar os usuários.

Informações: Gazeta do Povo

Odebrecht TransPort prevê crescer 20% no ano

25/01/2013 - Valor Econômico

Criada há três anos, a companhia do grupo Odebrecht voltada a concessões espera que 2013 já seja um ano de consolidação. O crescimento projetado para a TransPort é de até 20% no faturamento sobre 2012, cuja receita está estimada em cerca de R$ 1,5 bilhão. Além de estimar uma expansão dos números levando em conta apenas os negócios atuais, a empresa conta com o início de operação de mais quatro ativos - entre eles, a Embraport, terminal de cargas no litoral paulista.

Com capacidade para movimentar 2 milhões de TEUs (unidade padrão de contêiner) ao ano, a Embraport registrará um faturamento de R$ 700 milhões em 2015. Além desse ativo, começa neste ano a operação (e a arrecadação de receitas) da rodovia Rota dos Coqueiros (no Nordeste), do etanolduto Logum (em março ou abril) e da empresa de pagamento eletrônico de pedágio ConectCar.

As receitas das novas empresas começam de forma tímida, mas contribuem para o balanço da TransPort, diz o presidente da companhia, Paulo Cesena, em entrevista ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor. Os investimentos também se mantêm em alta e somarão R$ 2,5 bilhões neste ano, considerando a carteira atual - que inclui negócios em rodovias, logística e mobilidade urbana.

Em projetos futuros, a empresa acompanha de perto o programa de concessões do governo federal deste ano. Cesena diz que há interesse em todo o programa de licitações de rodovias, que destinará ao todo nove lotes à iniciativa privada, sendo duas delas com leilão marcado para a próxima semana. Mas os números elaborados pelo governo para as BRs 040 e 116 são antigos e, por isso, a companhia estará mais voltada às sete estradas que serão licitadas no meio do ano, que contam com estudos mais atualizados. "Por enquanto, estamos sozinhos fazendo as análises e ainda não há previsão de se juntar a parceiros".

Em aeroportos, a companhia aprofundou os estudos nos terminais de Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Minas Gerais), cujas concessões já foram anunciadas pelo governo em dezembro e demandarão R$ 11,4 bilhões de investimentos ao longo da duração dos contratos. Cesena informa que as análises sobre os dois empreendimentos estão sendo feitas só pela companhia e que a operadora asiática Changi, sócia da Odebrecht no último leilão do setor, não tomou uma decisão sobre a participação.

A TransPort também tem interesse em terminais portuários, ferrovias e ainda analisa o projeto do trem de alta velocidade (TAV). Para o executivo, as relações entre empresas e governo têm de ser transparentes para que os investimentos possam deslanchar. "Esses projetos todos que estão sendo discutidos demandam muitos estudos, e de forma detalhada. Eles só serão feitos de forma qualificada se houver um ambiente de confiança entre os técnicos governamentais e a iniciativa privada para troca de informações", afirma.

A empresa se mantém otimista em relação aos indicadores macroeconômicos do ano. "Estamos alinhados com as expectativas de mercado, trabalhando com crescimento de 3% a 4% [do PIB em 2013]. A Odebrecht TransPort vive do transporte de passageiros, veículos e cargas, então a atividade econômica impacta diretamente", afirma.

Quanto à busca de capital no mercado, Cesena diz que os investidores atualmente se mostram disponíveis para os projetos de infraestrutura e que não há entraves, em seus negócios, relacionados a interferências do governo. "Nesse momento, não há esse problema", afirma.

O executivo defende, no entanto, que, como há uma preferência natural de as empresas do setor buscarem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seria preciso uma mudança na modelagem econômico-financeira dos projetos do governo. Segundo ele, o cálculo do governo para a taxa de retorno de cada empreendimento leva em consideração, em muitos casos, que todo o financiamento seja feito com base nas taxas do BNDES - que são menores. "Acho que seria muito positivo se o governo considerasse também a precificação de outras fontes de financiamento. Ao fazer isso, você estimula um mercado de debêntures no Brasil".