quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Itapemirim pela história do Brasil

10/10/2013 - Fortalbus

A homenagem é para os brasileiros apaixonados por ônibus e pela Itapemirim. Conheça um pouco desta história contada pela nova frota.

"15" Grassi
Originalmente no estilo jardineira e considerado um clássico por seu design e cores, o 'nº 15', como é conhecido, foi o primeiro ônibus a operar com o nome Viação Itapemirim, em 1958. É assim conhecido por existirem 15 unidades.

Na reprodução estão presentes todos os detalhes que fizeram a fama do original: a silhueta do cão da raça greyhound (ou galgo, considerada a mais rápida do mundo), uma imagem do Pico do Itabira, um dos símbolos de Cachoeiro de Itapemirim (cidade onde a empresa nasceu), além da marcante combinação das cores azul e metálica.

MB-O321 prefixo 577 de 1960
O ultimo onibus a estampar a pintura prata e azul, com a pintura do Pico do Itabira, um dos principais simbolos de Cachoeiro de Itapemirim. Havia tambem a figura do cão da raça galgo, sinônimo de agilidade.

O modelo fez parte dos primeiros carros da marca Mercedes adquiridos pela Itapemirim, logo que a empresa alemã começou a produzi-los em São Paulo, nos final da década de 1950. A Itapemirim adquiriu, de uma só vez, 30 ônibus, cuja entrega se revestiu de solenidade, no trajeto de São Paulo a Cachoeiro, passando por Rio de Janeiro, Niterói e Campos, com fotos e filmagens.

731 MB O-326 de 1966
Este ônibus, de 1966, com 36 lugares, possui chassi da Mercedes-Benz do Brasil, exemplo do início da parceria com essa tradicional fornecedora da Itapemirim. Modelo monobloco O-326, com design arrojado para a época, foi um dos ônibus pioneiros a operar na linha Vitória-Rio de Janeiro, cujo trecho da capital capixaba até a divisa fora recém-asfaltada pelo governo federal.

Rodonave 6025 Ciferal. de 1972
Fabricado pela Mercedes-Benz do Brasil e encarroçado pela empresa Ciferal. As características principais do original são a evidente robustez, o conforto e os serviços de bordo agregados naquele período, atuais para os tempos de hoje.

Neste momento, a Itapemirim começava a ganhar maior sofisticação como organização e uma cara 'nacional', iniciando as operações de linhas de grande distância. Foi desse período a decisão estratégica de expandir a empresa para o Norte e Nordeste, e o início da planta para produção própria de ônibus. A Tecnobus chegaria a produzir cerca de 30 ônibus por mês na década de 1980, transformando-se em uma das maiores montadoras de ônibus do país.

O conceito de modernidade era o capricho do serviço Ronodave, que coincidiu com o início de uma política de inclusão de itens de conforto nos ônibus. O leito, com metade do número de assentos, oferecia maior reclinação das poltronas, ar-condicionado, sanitários químicos, mantas, travesseiros, lanches, entre outros itens. O projeto Rodonave, considerado um marco por clientes e 'busólogos', foi tão bem sucedido que sobrevive até hoje em diversas linhas da empresa, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba.


Tribus III - série 21000, de 1987.
O Tribus original foi lançado pela Itapemirim em 1980, quando do início das operações da linha São Paulo - Rio de Janeiro, num período de grande euforia econômica e no qual os transportes rodoviários cresciam a índices chineses.

Mais do que criar um novo serviço, a Itapemirim, numa iniciativa visionária do empresário Camilo Cola, resolveu fabricar seu próprio ônibus, com a inauguração da Tecnobus, montadora instalada em Cachoeiro de Itapemirim, ainda na década de 1960.

A idéia era fabricar ônibus de três eixos, de maiores dimensões, mais confortáveis, robustos e seguros, segundo o empresário. No auge de sua linha de produção, em meados da década de 1980, a Tecnobus chegou a fabricar um ônibus por dia.

"Com os Tribus, maiores, mais vistosos, novinhos em folha, muito confortáveis, a Itapemirim começou a ganhar participação no disputado mercado (Rio de Janeiro - São Paulo), chegando, por volta de 1982, a conquistar metade dele", contou Camilo Cola, em sua biografia, 'A Estrada da Vida', de 1998. "O Tribus exerceu imediatamente um grande fascínio sobre os clientes. Inovação técnica significativa e de comprovada economicidade, associada a marketing agressivo e eficaz", explicou.

Itapemirim com pintura de fã começa a circular
As empresas de ônibus que tentam se modernizar sabem que só não basta colocar veículos nas ruas e levar gente de um lado para o outro. As formas de relacionamento na sociedade mudaram e como um setor que lida com pessoas e com diversas histórias e cotidianos, o transporte de passageiros deve acompanhar esta evolução da sociedade.

Um dos públicos que cada vez mais têm despertado a atenção das companhias de ônibus são os fãs de transportes, alguns denominados busólogos, outros, que não aceitam o termo e se intitulam apenas de admiradores ou entusiastas.

Aproveitando esta paixão que muitos declaram pelo setor, a empresa Itapemirim, que completou 60 anos de atividades, fundada por Camilo Cola, tem realizado uma série de ações que aproximam os admiradores da companhia e que não deixam de ser estratégias de marketing.

Além das adesivações com pinturas históricas, a Itapemirim lançou um concurso cultural denominado "O Brasil Sobre Rodas – Viajando com a Itapemirim". Os participantes tinham de bolar uma pintura que mostrasse o alcance da Itapemirim, que atende a cerca de 70% do território nacional, e ao mesmo tempo mantivesse as características do design da empresa.

O ônibus com a pintura proposta por Saulo Jardim já começa a operar entre São Paulo e Curitiba. Trata-se de um Double Decker (ônibus de dois andares) que mantém as cores da Itapemirim, mas traz estampadas imagens características de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, entre outras, em mosaicos.

Com informações: Itapemirim

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