11/07/2017 - Valor Econômico
O novo bloqueio na BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), já gera prejuízo para os produtores de grãos que tentam escoar a produção pelo porto de Miritituba, no Pará.
“O impacto é difícil de ser mensurado, mas já há cancelamentos de embarques e transportadoras se negando a levar produto pela rodovia”, disse o gerente de economia da Abiove, Daniel Furlan Amaral.
As transportadoras que aceitam a levar os grãos cobram frete maior, afirmou o executivo. Segundo ele, quando houve o congestionamento no trecho de cerca de 100 quilômetros não asfaltado no começo do ano, os prejuízos gerados estavam na ordem de US$ 400 mil por dia. Amaral não confirmou, porém, que os bloqueios estão causando prejuízos financeiros da mesma magnitude.
Hoje, a rodovia é a única rota de acesso ao porto. Os bloqueios são itinerantes e não têm dada para acabar.
Os bloqueios permitem o retorno dos caminhões vazios a Mato Grosso, mas não permitem a ida de veículos carregados até os armazéns do porto de Miritituba.
O protesto é realizado por produtores, garimpeiros, madeireiros e moradores da região por causa do veto à Medida Provisória 756, que altera os limites da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no Pará. Segundo a Abiove, o fluxo de caminhões na rodovia caiu 75% nos últimos dias.
A demanda do setor, destacou Amaral, é que o governo mande um representante à BR-163 para negociar com manifestantes. “A resolução não depende da cadeia produtiva. É uma questão política”, disse.
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