quinta-feira, 28 de abril de 2011

BR-381 - Edital será feito no próximo mês

28/04/2011 - Webtranspo

Via é a que concentra mais acidentes em MG

Nos dias 4 e 5 de maio, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) realizará as audiências públicas sobre as obras de duplicação da BR-381, em Minas Gerais. O trecho, que liga Belo Horizonte à MG-436, faz parte dos lotes sete e oito do plano de duplicação e modernização da rodovia.

Segundo o órgão, os editais devem ser publicados 15 dias após as audiências, quando serão apresentadas mais informações sobre as obras. Os projetos estão orçados em R$ 1 bilhão e contemplam a readequação do traçado em 68,9 quilômetros, com a construção de pontes e viadutos rodoviários, além da eliminação de curvas e redução de aclives e declives.

O departamento levantou ainda a necessidade de ampliação dos raios de curvatura, que hoje são de 100 metros, para o mínimo de 230 metros.

No ano passado, o trajeto entre Belo Horizonte e Governador Valadares foi palco de 180 mortes, sendo 138 delas ocorridas no trecho mais crítico, entre a capital mineira e a cidade de João Monlevade. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, as principais causas dos acidentes são a saturação da pista, que não comporta a quantidade de veículos em trânsito no local, e a imprudência dos motoristas.


terça-feira, 5 de abril de 2011

ALCKMIN DÁ INÍCIO A OBRAS DO CONTORNO VIÁRIO DE PIRACICABA

05/04/2011 - Governo do Estado de SP

Investimento de R$ 78 milhões impulsionará o desenvolvimento da região; construção atenderá cerca de12 mil veículos por dia.

O governador Geraldo Alckmin autorizou nesta terça-feira, 5, a construção do Contorno de Piracicaba, um investimento de R$ 78,1 milhões viabilizados pelo Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo.

"Essa é uma obra histórica para Piracicaba e para a região, que vai interligar a rodovia duplicada para Rio Claro, a rodovia duplicada para Limeira, a rodovia duplicada para Santa Bárbara/Americana, duas pontes sobre o rio Piracicaba, obras de duplicação aqui do Anel Viário, que vai ser construído, obras de arte. Isso vai dar um grande impulso ao desenvolvimento de Piracicaba e da região, melhorando a logística e atraindo mais empresas para a região", afirmou o governador.

Na ocasião, o governador também anunciou a abertura de licitação para a duplicação do trecho de 5,5 quilômetros da SP 308, entre Piracicaba (km 173) e Charqueada (km 178,5). O investimento do Governo do Estado para essa obra será de R$ 27,5 milhões.

"Com isso vão também diminuir os acidentes. Tem muito caminhão, muita carga e a obra vai ajudar muito na segurança aqui da região e dar infraestrutura", ressaltou o governador.

O Contorno de Piracicaba configura uma importante ligação entre a SP-308 (Rodovia do Açúcar) e a SP-127 (Rodovia Deputado Laércio Cortes), que será realizada com verba vinda da receita dos pedágios.

Ao todo serão nove quilômetros de pistas duplas que facilitarão o escoamento da produção agrícola da região e impulsionarão seu desenvolvimento. O Contorno atenderá aproximadamente 12 mil veículos por dia, o que resultará em maior fluidez no trânsito urbano de Piracicaba ao reduzir o fluxo de veículos que hoje fazem essa interligação por meio de vias municipais.

Durante a obra, executada pela Concessionária Rodovias do Tietê, serão gerados 400 empregos diretos e 1.600 indiretos. O Contorno de Piracicaba será entregue em abril de 2013.

sábado, 2 de abril de 2011

Bem-vindos burros e mulas

HISTÓRIA

ROTA DOS TROPEIROS

A mineração em Minas Gerais precisava de um meio de transporte resistente e os tropeiros encontraram uma atividade lucrativa no lombo de muares

02/04/2011 - Gazeta do Povo, POLLIANNA MILAN

Entre o Rio Grande do Sul e Minas Gerais passaram cerca de 12 mil muares por ano entre 1730 e 1897. As tropas seguiam, mas nos caminhos que ficaram conhecidos como a Rota dos Tropeiros muita coisa permaneceu. Ali se formaram famílias, uma gastronomia e cultura típicas e estima-se que nada menos do que mil cidades foram fundadas para dar suporte à nova atividade econômica que se desenvolvia no Brasil.

Aos tropeiros, vendia-se galinha em um ponto, milho e mandioca em outro. Consertavam-se ferraduras e, com o passar dos anos, a rota ganhou casas de palha depois transformadas em pequenos vilarejos. Ainda não é possível listar com certeza quais foram os municípios que nasceram do tropeirismo, mas certamente o trabalho que vem sendo feito pelo pesquisador Carlos Solera, autor de dois livros sobre o assunto, vai ajudar, no mínimo, a não deixar esta cultura cair no esquecimento.

O desejo é ousado: Solera quer ver o tropeirismo ser reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade. Para realizar essa façanha, monta um dossiê sobre o assunto desde 1979 e atualmente conta com o apoio tanto da Universidade de Girona, na Espanha, que tem prática na elaboração da documentação exigida, como do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Paraná. O processo ainda não foi protocolado, mas desde que as pesquisas começaram muito já foi descoberto.

Saiba mais
Veja o primeiro caminho traçado pelos tropeiros
Curiosidades

Além de contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil, a atividade dos tropeiros foi lucrativa também para o Império português. Confira outros dados interessantes:

Pedágio

O reinado português só autorizaria a abertura da Rota dos Tropeiros se tivesse lucro. Estabeleceram, então, os postos de registros que nada mais são do que os pedágios de hoje. Na época havia três locais na rota que faziam grande parte dessa taxação: no Rio Pelotas (entre SC e RS), no Rio Iguaçu (entre Lapa e Bolsa Nova) e um em Sorocaba (SP). E o preço cobrado era alto: 20% do total do gado, ou seja, se os tropeiros passavam com mil muares, 200 deles (em dinheiro) deveriam ir para o império. O preço deveria ser pago em espécie.

Lisboa

Após o terremoto que destruiu Lisboa, em 1755, Portugal teve de recorrer aos impostos cobrados dos tropeiros no Brasil para reeguer a cidade. Grande parte do valor usado na reconstrução de Lisboa era oriundo dos cofres brasileiros e da atividade tropeira.

Origem

O nascimento da atividade não se deu no Brasil. Os países vizinhos (como Bolívia, Peru e Argentina) já exerciam a atividade, não apenas com muares, mas com lhamas também. Há ainda registros do tropeirismo feito com camelos em países africanos.

Mapa

Quem imagina que o início do caminho dos tropeiros era o Rio Grande do Sul está enganado. Na Biblioteca Nacional existe o que seria o primeiro mapa da Rota dos Tropeiros e esse documento indica que foi entre as cidades catarinenses de Laguna e Araranguá, exatamente no Morro dos Con ventos, que tudo começou (veja mapa ao lado). O traçado original inicia em Laguna e termina em São Luis do Purunã – o caminho até Sorocaba (SP) já existia, assim como o trajeto até Ouro Preto (MG). Parte do trabalho dos tropeiros foi facilitada ainda porque eles fizeram uso de trilhas indígenas para criar a rota.

As explorações da rota se deram por volta de 1728, e em 1730 partiu de Laguna a primeira tropa com muares rumo a Ouro Preto (MG): foram 3 mil mulas e burros conduzidos por 130 tropeiros sob o comando do patrono atual do tropeirismo Cristovão Pereira de Abreu. Levou cerca de um ano e meio para o trajeto ser concluído. “Era cansativo não só para os tropeiros, como para o gado. Por isso eles paravam para invernar (uns três meses) nos Campos Ge rais do Paraná. Era um lugar com boa pastagem e o barro era salitroso. O gado, então, não precisava receber sal na alimentação en quan to estava invernando no Pa raná”, afirma o pesquisador Carlos Solera.

Os primeiros muares conduzidos eram xucros, mas depois eles foram domesticados e passaram a servir de meio de transporte para os tropeiros e também para conduzir alimentos e outros produtos como a madeira.

Novo ramal

Por volta de 1733, o caminho que começava em Laguna teve de ser abandonado, principalmente por que na região de Urupema havia índios perigosos e pouco sociáveis, o que colocava as tropas em constante perigo. Foi a partir daí que o Rio Grande do Sul entrou para a Rota dos Tropeiros: um novo ramal foi aberto com início na cidade de Viamão (RS) – os tropeiros abandonaram o caminho litorâneo de Laguna e passaram a seguir do Rio Grande do Sul pelo planalto catarinense. “Por este motivo Laguna sofreu um definhamento econômico no pe ríodo”, afirma o historiador Fábio Kuhn, professor da Uni versidade Fede ral do Rio Gran de do Sul.

As primeiras mulas que chegaram ao Brasil foram compradas dos países vizinhos que estavam sobre o domínio espanhol (atualmente Bolívia, Argentina e Uruguai): uma outra grande parte foi roubada ou contrabandeada. “Quando os brasileiros perceberam que era uma atividade lucrativa, construíram fazendas de criação de muares nas proximidades de Viamão. O gado muar chegava a custar dez vezes mais que o equino e o bovino na época”, explica Fábio Kuhn.

A disseminação do gado mu ar no Brasil ocorreu graças ao projeto iniciado pelo português Manoel Gonçalves de Aguiar. Ele era sargento e vivia em Santos (SP), onde dirigia um presídio, e respondia ainda pela costa litorânea de Santos até a região de Laguna (SC). Aguiar foi contemplado, pela Lei das Sesmarias, com um pedaço de terra onde hoje é São Luiz do Purunã (PR) – a partir desse mo mento ele dividia seu tempo entre as duas cidades. Durante uma inspeção no litoral catarinense, porém, descobriu que existiam muitas mulas soltas no pasto dos países vizinhos e teve a ideia de usar esses animais para o transporte de minérios de Minas Gerais ao Rio de Janeiro, já que muitos escravos estavam morrendo porque não suportavam o trabalho duro.

Nas terras sulamericanas de domínio espanhol havia mulas e burros em grande número e esses animais estavam soltos por causa da exploração de ouro na região, principalmente, do Potosi (atual Bolívia): lá a mineração havia sido desenvolvida pelo menos 100 anos an tes que no Brasil. Os espanhóis usaram os animais e, depois que a exploração definhou, eles acabaram abandonando os muares no pasto. O Brasil, precisando desse tipo de gado, passou a comprá-lo, roubá-lo e contrabandeá-lo (até porque o comércio entre Portugal e Espanha era proibido) e só parou quando o Rio Grande do Sul chegou a ser um criador de muares de referência. Depois da grande exploração de muares no Brasil, curiosamente o Império teve de aprovar uma lei que proibisse a criação de mulas, na década de 1760, para evitar uma superprodução de mulas no país e a queda repentina de preço.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1112209&tit=Bem-vindos-burros-e-mulas-

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Alckmin dá início às obras de duplicação da Euclides da Cunha

26/03/11  - SP Notícias, Milton Michida

Serão duplicados 164,77 quilômetros. O investimento na obra será de cerca de R$ 775 milhões

O governador Geraldo Alckmin, o secretário de Logística e Transportes Saulo de Castro Abreu Filho e o superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Clodoaldo Pelissioni, anunciaram neste sábado, dia 26 de março, em Votuporanga, o início das obras de duplicação da Rodovia Euclides da Cunha (SP 320).

"Esta é uma obra muito importante, a maior da história do DER aqui na região. São 191 km que representam a segunda ligação interestadual duplicada de São Paulo", afirmou o governador Geraldo Alckmin.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio do DER, órgão ligado à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, investirá cerca de R$ 775 milhões na duplicação de 164,77 km dos 186 km de extensão da Rodovia Euclides da Cunha. Com isso, toda a rodovia terá pistas duplas, pois o serviço já foi realizado em 21,23 km que também passarão por obras de recuperação.

Em complementação, também serão duplicados 3,6 km da Rodovia Pericles Bellini (SP 461) e 1,8 km da Perci Waldir Seneguimi (SP 543), que fazem entroncamento com a SP 320. Para a execução dessas melhorias serão investidos R$ 26,7 milhões na desapropriação de 551 propriedades da região que totalizam 3,32 milhões de m².

A duplicação da rodovia teve início no próprio sábado e está prevista para ser entregue em novembro de 2011. Serão beneficiados os municípios de Bálsamo, Mirassol, Tanabi, Cosmorama, Votuporanga, Fernandópolis, Meridiano, Valentim Gentil, Estrela D’Oeste, Jales, Urânia, Aspásia, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, Rudinéia, Santa Fé do Sul e Três Fronteiras.

Ainda na região, o governador inaugurou a recuperação da Estrada Vicinal Fabio Cavallari. A obra iniciou em novembro de 2010 e recebeu o investimento de cerca de R$ 710 mil do Governo do Estado.

Melhorias como obras de recuperação e restauração de vicinais, construção de acessos, recapeamento e duplicação estão em andamento no entorno da SP 320. O investimento total do Governo na região soma mais de R$ 827 milhões.