terça-feira, 30 de maio de 2017

Pela primeira vez, Novo Horizonte vai operar ônibus de dois andares

29/05/2017 - Diário do Transporte


Veículos serão utilizados em linhas interestaduais e tentam recuperar passageiros para empresa

ADAMO BAZANI

A empresa de ônibus Novo Horizonte, com sede em Vitória da Conquista, apresentou neste último final de semana uma nova frota de ônibus de dois andares – DD (Double Decker). Inicialmente, são seis unidades.

Os veículos estiveram em Goiânia e devem atender linhas interestaduais da empresa.

É a primeira vez que a companhia de ônibus vai operar com esse tipo de tecnologia e configuração.

Cada veículo tem capacidade para 60 passageiros, sendo 12 lugares na parte inferior do tipo leito e 48 lugares executivos na parte superior.

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Poltronas semi-leito para atrair demanda

Um dia antes, os ônibus estiveram na cidade onde fica a sede da empresa, em Vitória da Conquista.

É uma tentativa de a companhia requalificar sua imagem junto aos passageiros, já que por vários anos operou com veículos mais antigos e também com uma pintura que não era renovada.

Também é uma forma de se adequar à nova realidade do mercado, que sofre concorrência do setor aéreo e do transporte clandestino, além do fato de a malha das linhas interestaduais hoje operar com concessões por linhas e não por lotes ou grupos operacionais. A renovação destas concessões também dependerá dos indicadores dos serviços linhas por linhas.

Os ônibus são de chassi Mercedes-Benz O-500 RSD e carroceria Marcopolo Geração 7 – Paradiso 1800DD

sábado, 27 de maio de 2017

Aprovada implantação de faixa de aceleração e desaceleração de ônibus em rodovia

26/05/2017 - Agência Câmara

As faixas são trechos situados ao lado da pista que permitem ao veículo parar ou ganhar velocidade antes de entrar na rodovia

A Comissão de Viação e Transportes aprovou projeto de lei da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) que prevê a implantação de faixa de acesso para aceleração e desaceleração em paradas de ônibus localizadas em rodovias federais que cortam as regiões metropolitanas

Relator do projeto (PL 8047/14) na comissão, o deputado Roberto Sales (PRB-RJ) recomendou a aprovação do substitutivo acolhido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano.

O substitutivo foi apresentado pelo deputado Marcos Abrão (PPS-GO) e aprovado em setembro de 2015.

A proposta original trata apenas da construção de faixas de aceleração e desaceleração de ônibus em paradas localizadas em rodovias federais nas regiões metropolitanas.

Política urbana

Abrão acolheu parte do texto, mas fez algumas modificações. Primeiro, incluiu a exigência das faixas na Lei 12.587/12, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

As faixas (também chamadas de baias) são trechos situados ao lado da pista que permitem ao veículo parar ou ganhar velocidade antes de entrar na rodovia.

O objetivo delas é dar mais segurança ao motorista do veículo que vai entrar no trecho principal e evitar retenções no trânsito.

Pela versão aprovada, as paradas de ônibus situadas em rodovias federais que atravessam regiões metropolitanas deverão apresentar faixa de acesso para aceleração e desaceleração com largura mínima de três metros e comprimento mínimo de 30 metros.

Em locais de relevo montanhoso poderá ser admitida a redução ou a eliminação das faixas por questões de ordem técnica ou econômica. Nesse caso, será exigida apenas sinalização compatível com a segurança do trânsito.

Cobertura

O substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano determina ainda que os pontos para embarque e desembarque de passageiros deverão ser dotados de cobertura adequada.

A existência da cobertura é transformada em um dos direitos dos usuários do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

Este último dispositivo está previsto no PL 8240/14, do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), que tramita apensado ao projeto de Jaqueline Roriz e foi incorporado ao substitutivo por Marcos Abrão.

Tramitação

O PL 8047/14 tramita em caráter conclusivo e será analisado agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2017/05/26/interna_brasil,705909/aprovada-implantacao-de-faixa-de-aceleracao-e-desaceleracao-de-onibus.shtml

quinta-feira, 25 de maio de 2017

No AC, atoleiro interdita rodovia por quase três dias e gera fila de quase 100 km de extensão

25/05/2017 - G1

Dnit diz que fluxo está lento, mas que já foi liberado. Trecho foi liberado no início da tarde desta quinta.

Por Adelcimar Carvalho, G1 AC, Cruzeiro do Sul

Má condição da estrada deixou caminhoneiro dois dias na estrada  (Foto: Gledisson Albano/Arquivo pessoal )
Má condição da estrada deixou caminhoneiro dois dias na estrada (Foto: Gledisson Albano/Arquivo pessoal )

As más condições da rodovia BR-364 tem dado dor de cabeça para os motoristas que se aventuram na estrada que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul, interior do Acre. A situação se complicou na terça-feira (24), quando quase 200 veículos não conseguiram seguir viagem e formaram uma grande fila com cerca de 90 km de extensão.

Os transtornos aos usuários foram muitos, inclusive, após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ter anunciado, ainda na quarta (24), que a trafegabilidade estava liberada, sendo que ninguém conseguia passar no local, que só foi desobstruído no início da tarde de quinta-feira (25).

O superintendente do Dnit, Thiago Caetano, informou que a polícia esteve no local nesta quarta-feira para liberar o fluxo e que há equipes trabalhando.

“Desde ontem [quarta,24] eles me informaram que a máquina tinha chegado ao local e a PM liberou o fluxo. Está passando, devagar, mas tá passando. Tive uma reunião com a empresa que me informou que há duas equipes trabalhando. Acredito que a BR não esteja mais interditada”, diz.

Desde o final dos anos 90, mais de R$ 1,5 bilhão em obras de pavimentação já foram investidos na estrada. Ainda assim, as reclamações são muitas. O caminhoneiro José Jerônimo, de 38 anos, culpa o Dnit pela situação.

“A máquina que está ai é particular. Fizemos uma cota de óleo para liberar a máquina. Esta é a situação da estrada. A situação está triste. A máquina do Dnit que veio socorrer está sem óleo. Quem está tentando passar forçando, os caminhões estão quebrando. Estamos nos virando como dá. Comendo as comidas que temos nos caminhões”, reclama.

Já o caminhoneiro Denis Machado, de 41 anos, estava revoltado e alegou que o Dnit mentiu quando disse que tinha dado o apoio para os caminhoneiros que ficaram no atoleiro. "Mandamos recado e o DNIT diz que a estrada está arrumada. Um trecho que fazíamos em 9h, hoje estamos demorando mais de cinco dias. Tem vários atoleiros no trecho entre Manoel Urbano e Cruzeiro o Sul. Quem diz que tem máquina na estrada está mentindo", contesta.

Morando à margem da BR-364, a agricultora Maria Élida diz que a culpa das más condições da estrada são dos políticos. “Isso é uma vergonha para nossos políticos. É bom ver a realidade, voltamos há dezoito anos. Quando tinha a balança, os carros não passavam com as cargas que estão passando aqui. Todos que precisam dessa BR estão sofrendo”, diz.

Uma servidora do Dnit esteve no local e informou que o problema já era do conhecimento do órgão desde o início da semana e que técnicos estão aguardando a chegada de pedras para serem colocadas em locais onde a trafegabilidade está difícil. Por volta das 12h desta quinta-feira (25), após a chegada de máquinas do Dnit ao local, os caminhões e carros seguiram seus destinos.

Reconstrução da BR

Em maio de 2016, o Dnit informou que a reconstrução da via custaria R$ 1 bilhão. Em dezembro do mesmo ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que iniciaria as obras de recuperação da BR-364 entre Sena Madureira e o Rio Liberdade, que pertence a Cruzeiro do Sul.

O diretor Thiago Caetano explicou que três lotes a serem recuperados são considerados trechos emergenciais, um investimento de cerca de R$ 230 milhões. “Já temos R$ 10 milhões liberados e estamos com previsão para liberação de mais R$ 20 milhões para essa semana, que serão os recursos para trabalhar no inverno agora”, disse na época.

As obras de recuperação inteira da BR-364 estavam previstas para iniciar este ano no verão em abril.

Grandes filas de caminhões se formaram na estrada que liga Cruzeiro do Sul a Rio Branco  (Foto: Gledisson Albano/Arquivo pessoal )
Grandes filas de caminhões se formaram na estrada que liga Cruzeiro do Sul a Rio Branco  (Foto: Gledisson Albano/Arquivo pessoal )

Paraná é destaque entre os que mais investem em transporte rodoviário

08/03/2017 - Agência de Notícias do Paraná

Pesquisa mostra que Paraná é o segundo estado brasileiro que mais investe em transporte rodoviário. 

Pesquisa mostra que Paraná é o segundo estado brasileiro que mais investe em transporte rodoviário. Duplicação Pinhais Piraquara.Foto: Jorge Woll/DER
Duplicação Pinhais Piraquara.Foto: Jorge Woll/DER

O Paraná investiu R$ 1,01 bilhão em transporte rodoviário no ano passado e com isso foi o segundo estado do país com mais investimentos no setor, atrás apenas de São Paulo. O volume de gastos do estado vizinho foi de R$ 3,85 bilhões. Santa Catarina aparece na terceira posição com R$ 896 milhões. 

Já na variação entre o que foi investido em 2015, o Paraná supera São Paulo, pois investiu 55,6% a mais em 2016, ante apenas 10% dos paulistas. A liderança ficou com o Rio Grande do Norte, que ampliou seus gastos no setor em 269%. O estado nordestino, no entanto, tem uma malha rodoviária e um orçamento mais modestos. Em relação ao aumento dos investimentos, o Paraná aparece em quinto, atrás também de Amapá (98,5%), Rio Grande do Sul (70,6%) e Piauí (60,6%).

Os dados com informações de 24 Unidades da Federação foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, por meio de levantamento do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro. A pesquisa foi compilada pelo Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social. 

O diretor-presidente do Ipardes Julio Suzuki Júnior explicou que “estes valores dizem respeito a tudo o que foi gasto na área de transporte na função chamada de rodoviário, após estes dados serem auditados por órgãos de controle de cada estado e enviados para a Secretaria do Tesouro Nacional”.

OBRAS DE DUPLICAÇÃO - Os investimentos são resultado de uma série de obras em todo o estado. Apenas em duplicações em rodovias estaduais foram alocados cerca de R$ 2 bilhões desde 2011. "Estamos fazendo o maior programa de duplicação de rodovias dos últimos 25 anos, além de restaurar centenas de trechos de rodovias. Esses dados são a prova do nosso trabalho", declarou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Entre os exemplos de intervenções estão a duplicação, uma trincheira, um viaduto e iluminação central da PR-415 entre Pinhais e Piraquara, além da separação do trecho urbano do rodoviário. No local passam diariamente 25 mil veículos e o total investido foi de R$ 158 milhões. 

LONDRINA E MARINGÁ - Houve também o avanço na duplicação de um trecho de 22 quilômetros da PR-445 entre Londrina e Cambé, além da construção de 11 viadutos e trincheiras. O total deste investimento é de R$ 137 milhões e passam por dia na rodovia até 20 mil veículos. Outro trecho beneficiado com investimentos em 2016 foi a Rodovia do Cerne (PR-090), que foi duplicada e modernizada. O trecho entre Curitiba e Campo Magro é usado por cerca de 30 mil moradores da região e nestas melhorias foram investidos R$ 24,7 milhões.

MELHORIAS - Cerca de 45% dos investimentos (R$ 440 milhões) fizeram parte do Programa Estadual de Recuperação e Conservação de Estradas. Estes recursos são usados em conservações, recuperações e melhorias pontuais em todas as rodovias durante o ano.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Após 20 anos, duplicação da BR-101 em Pernambuco está mais perto do fim

17/05/2017 - Jornal do Commércio

Publicado por Roberta Soares 
    
Dos 25 quilômetros da BR-101 que faltavam ser duplicados, dez já foram liberados entre Palmares e a cidade de Xexéu. Fotos: Bobby Fabisak/JC Imagem

São mais de 20 anos de espera, pelo menos sete anos de obras, duas paralisações nesse período e muitos transtornos. Mas a jornada, agora, está mais perto do fim. Essa é a situação do último trecho da duplicação da BR-101 em Pernambuco, que junto com outros quatro Estados do Nordeste, representou um dos maiores legados da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil. Os 25 quilômetros da BR-101 Sul que faltavam ser duplicados, entre Palmares e a divisa com Alagoas, estão quase concluídos para alívio e a segurança viária da Mata Sul, região cortada pela rodovia. Dez deles, inclusive, já tiveram o tráfego de veículos liberado. O restante deve ser aberto, segundo previsão do governo federal, em agosto próximo, ao custo de R$ 230 milhões.

Acesse o especial multimídia AS DUAS FACES DA BR-101

Esses retornos eram improvisados, mas há muito tempo viraram “oficiais”. Ganharam até placas indicando que é permitido cruzar a BR-101. O que é um absurdo porque são muito perigosos. Vemos motoristas pegar até a contramão”, critica Wesley Ronaldo, morador de Escada.

Os dez quilômetros com a circulação livre começam ainda no município de Palmares e seguem até a altura da cidade de Xexéu. A partir daí, a obra segue bem avançada nos outros 15 quilômetros restantes, mas ainda com muito trabalho pendente. Cinco quilômetros estão praticamente prontos, faltando apenas a conclusão de parte das defensas (divisórias de tráfego) e de pequenos ajustes. As obras estão bem avançadas nos dez quilômetros restantes, já com a nova pista de concreto concluída em quase toda a extensão. O atraso maior é percebido quando a rodovia se aproxima da divisa com Alagoas, nas imediações do posto da Receita Federal, quase no município alagoano de Novo Lino.


Sabemos que são muitos anos de espera e muito tempo para duplicar um trecho tão pequeno, mas o que importa é que está perto. Que em mais algumas semanas tudo estará concluído”, afirma o segurança Aluízio Bezerra.

Quem trafega pelo trecho da BR-101 Sul ou depende da rodovia para sobreviver comemora a previsão de conclusão da obra. “Sabemos que são muitos anos de espera e muito tempo para duplicar um trecho tão pequeno, mas o que importa é que está perto. Que em mais algumas semanas tudo estará concluído”, afirma o segurança Aluízio Bezerra. O posto de gasolina onde o segurança trabalha é uma prova de que a população da região espera ansiosamente pela conclusão. Foi construído há 90 dias, às margens da futura duplicação. “Abrimos apostando na circulação  da rodovia e contamos com a conclusão da obra para o movimento aumentar”, revela Aluízio Bezerra.

15 quilômetros ainda estão em obras entre Xexéu e a divisa com Alagoas. Previsão é de que sejam liberados em agosto de 2017

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) em Pernambuco não quis dar entrevista sobre o andamento da duplicação da BR-101 Sul, mas, por nota, confirmou que os trabalhos estão a todo vapor. Segundo o órgão, as obras de duplicação e restauração do trecho da Mata Sul – entre o quilômetro 189,3 (Palmares) e o quilômetro 213,9 (divisa PE/AL) – foram iniciadas em março de 2010 e paralisadas em agosto de 2011, devido a uma repactuação de preços solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na época, a então empresa executora dos serviços não concordou com os novos valores estipulados, motivo pelo qual o contrato foi encerrado.


Por isso, o DNIT teve que promover uma nova licitação, cuja conclusão permitiu o reinício das obras em setembro de 2014, as quais foram novamente suspensas em maio de 2016, desta vez devido a restrições orçamentárias. Somente em fevereiro deste ano os serviços foram retomados e, no fim de abril, o trecho de dez quilômetros foi liberado. Além do valor da obra viária, houve ainda custos com desapropriações e realocações de R$ 2,8 milhões.

Segundo o DNIT, os contratos de manutenção básica da BR-101 em Pernambuco encontram-se vigorando em toda a extensão da rodovia, com exceção do chamado trecho antigo da BR, que vai de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, até o Cabo de Santo Agostinho, e do contorno do Recife, entre Prazeres e o município de Abreu e Lima. O órgão garantiu estar elaborando licitação para contratação de empresa para assumir a manutenção no primeiro trecho. No caso do contorno urbano do Recife, a conservação foi repassada, via convênio, ao Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), que está realizando os trabalhos.


Três retornos improvisados estão sendo utilizados por motoristas imprudentes e até placa de “oficial” um deles ganhou


IMPROVISO OFICIAL

Em Escada, no trecho já duplicado desde 2013, três retornos no meio da BR-101, nas imediações das entradas da cidade, chamam atenção porque, mesmo sendo extremamente perigosos, tornaram “oficiais”, inclusive com a indicação de placas. Para evitar os retornos oficiais, que ficam a uma distância de dois a três quilômetros do local, motoristas usam com frequência a passagem improvisada, potencializando a cada segundo os riscos de acidentes. O DNIT argumentou estar elaborando projeto para implantação de passagens inferiores na região com o objetivo de acabar com os retornos.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Serra das Araras pede remodelação urgente

09/11/2016 - O Globo

Trecho tem o maior índice de acidentes da via Dutra, retém crescimento econômico do Rio e causa transtornos aos motoristas
   
Com seu traçado original de 1928, a pista de descida da Serra das Araras, trecho da Rodovia Presidente Dutra entre Piraí e Paracambi, no estado do Rio, tem curvas acentuadas que dificultam a circulação de cargas. Um exemplo é o tráfego de cargas especiais – com grandes dimensões ou muito pesadas.

A via, no entanto, recebe oito cargas desse tipo por dia. E, desse total, uma em cada cinco precisa de bloqueio e inversão de pista para continuar seu trajeto. Cada operação desse tipo gera, em média, três quilômetros de engarrafamento, com cerca de 1 hora e 40 minutos de duração cada um, o que transforma o trecho em um dos principais gargalos da infraestrutura logística fluminense. Além disso, a estrada sinuosa registra o maior índice de acidentes da rodovia: 500 por ano, o equivalente a mais de um acidente por dia.

– Sou usuário da Serra das Araras. Fui prefeito na época da concessão da Via Dutra. Só quem conheceu a Dutra antes vai entender os avanços da concessão, mas ainda há uma série de problemas nessa região. Uma pista de 1928 não comporta os caminhões de hoje, eles não conseguem fazer a curva – declarou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, durante um seminário sobre infraestrutura fluminense, no último dia 28.

Um projeto de remodelação da Serra das Araras desenvolvido pela CCR NovaDutra e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pode ajudar a solucionar o problema. Para se chegar à proposta de revitalização, foram estudadas 17 opções por técnicos e especialistas. A escolhida contempla a construção de uma nova pista de subida e a transformação da atual pista de subida em pista de descida, tendo o seu traçado melhorado, com a eliminação de curvas perigosas, por exemplo. O projeto prevê 17 viadutos e pontes, totalizando pouco mais de seis quilômetros, além de um túnel de 430 metros de extensão.

A obra está incluída numa lista de melhorias apresentada pela ANTT em audiências públicas realizadas neste ano. As contribuições de todos os grupos de interesse (sociedade, autoridades, políticos, população, entre outros) estão atualmente em análise pela agência.

Viabilizar as obras

De acordo com a CCR NovaDutra, se a construção das novas pistas fosse autorizada hoje, a obra estaria concluída em 44 meses. Para que seja iniciada, no entanto, é preciso definir a forma de pagamento desses investimentos, que pode ocorrer de três maneiras: o valor da obra ser transferido para a tarifa básica de pedágio, onerando o usuário; um aporte de dinheiro do Governo Federal para a execução da obra, o que se mostra inviável no atual momento econômico; ou a extensão do atual prazo de concessão da CCR NovaDutra para ressarcir a empresa pela obra, sem impactar a tarifa de pedágio nem onerar os cofres públicos.

– O foco é salvar vidas e, por isso, as obras são absolutamente necessárias. Com a melhora do traçado podemos não apenas aumentar a segurança como também a fluidez do tráfego de veículos. Em 60 dias, após a autorização da ANTT, a concessionária tem condições de iniciar as obras – explica Ascendino Mendes, diretor-presidente da CCR NovaDutra.

Segundo estimativas realizadas pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em um estudo divulgado há uma semana, caso fosse necessária uma nova licitação e projeto, as obras levariam mais 15 anos para serem iniciadas. Esse período representaria um prejuízo de mais de R$ 651 milhões em logística, além do custo de R$ 146 milhões com acidentes e perdas irreparáveis de vidas.

Geração de empregos

Para Mendes, o projeto também pode “contribuir para a retomada da economia”. A geração de empregos com as obras pode chegar à marca de 5 mil postos, entre diretos e indiretos até o 12º mês, segundo a concessionária.


Atualmente, caminhões maiores precisam usar as duas pistas para conseguir trafegar - Divulgação
Fábio Luiz de Lima Freitas, diretor do departamento de concessões do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, concorda:

– É o investimento que mais gera empregos a curto prazo no país. É preciso olhar para essas questões de uma forma diferente – defende. Outros resultados deverão aparecer, como o desenvolvimento regional, a melhora de opção de logística e novas aplicações de recursos do setor industrial e comercial.

Preservação ambiental

A questão ambiental, que poderia ser um empecilho ao início das modificações, já está bem adiantada, como explica Ascendino Mendes.

– Temos licenciamento ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para começar a obra, especificamente para o trecho inicial e para o final. O que ainda falta está em fase de aprovação. O projeto foi desenvolvido para preservar o meio ambiente: viadutos vão passar por cima das copas das árvores, sem a necessidade de interferências prejudiciais à natureza, por exemplo.

O presidente conta ainda que serão usadas ‘caixas de retenção’ com o objetivo de captar e armazenar combustíveis ou cargas perigosas em caso de acidentes, preservando o ecossistema da área.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/novadutra20anos/serra-das-araras-pede-remodelacao-urgente-20441524#ixzz4PirVqrxA 
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Ministro dos Transportes promete acabar com atoleiros da BR-163 até 2018

16/05/2017 - Estadão Conteúdo

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, prometeu dar um fim ao lamaçal que, todos os anos, toma conta de trechos da BR-163, no Pará, formando filas de milhares de caminhões de carga à espera de uma solução para o escoamento da safra.

Em respostas a oito perguntas pré-selecionadas pelo ministério para que Quintella comentasse via Facebook, o ministro disse que todas as obras de pavimentação do Pará contam com orçamento de R$ 644 milhões para este ano e que o caos logístico que ocorre em todo início de ano na região não se repetirá em 2018.

A BR-164, que corta o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará, é o principal eixo rodoviário para o escoamento de carga da região Centro-Oeste do País. Seu traçado liga a região produtora aos portos da região Norte, como o porto de Miritituba, no município de Itaituba (PA), onde já se instalaram diversas tradings de grãos. Neste ano, caminhoneiros que conseguiam cruzar os mil quilômetros da estrada – caso não tombassem pelo caminho – estavam levando 14 dias para concluir a viagem.

“Não vamos permitir que aconteça, na próxima safra, o que aconteceu nesta”, comentou Quintella, ao responder um questionamento sobre obras no Pará. Segundo o ministro, as empresas que farão as obras de cada lote já foram contratadas. Um desses lotes, como já costuma ocorrer, deverá ser executado pelo batalhão de engenharia do Exército. “Estamos apenas esperando que as chuvas da região permitam que as obras comecem”, disse.

Quintella garantiu ainda que serão executadas obras na Transamazônica (BR-230) e BR-308 além das BRs 155 e 158, que seguem paralelamante à BR-163, a partir da região Nordeste do Mato Grosso. A estrada que corta essas rodovias, a BR-242, também tem previsão de receber R$ 48 milhões para que seja pavimentada, mas um bom trecho do traçado ainda depende de licenciamento ambiental.

Norte-Sul

A conclusão do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul, entre Ouro Verde (GO) e Estrela D’Oeste (SP), também está planejada para o início de 2018, disse o ministro. “Há interesse de investidores na ferrovia. Esperamos realizar o leilão até o fim do ano, esse é o nosso cronograma”, comentou Quintella. “Carga é o que não falta para que essa ferrovia seja um sucesso e um grande corredor logístico do País.”

Sinal verde para início das obras de duplicação da BR-262

16/05/2017 - Folha Vitória

A licença de instalação corresponde aos sete primeiros quilômetros da rodovia que vão receber as obras. O trecho fica entre os municípios de Marechal Floriano e Domingos Martins

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Sete quilômetros de rodovia já foram liberados para receber as obras
Foto: Reprodução/TV Vitória

A licença ambiental para o início das obras de duplicação da BR-262 foi entregue pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) na manhã desta terça-feira (16).

O documento compreende a licença de instalação da duplicação dos sete primeiros quilômetros da rodovia que vão receber a obra, no trecho que tem início na altura da entrada do zoológico, em Marechal Floriano, e vai até ao trevo de Parajú, em Domingos Martins.

De acordo com o superintendente do Dnit, Ezio Gonçalves dos Reis, o próximo passo é a supressão vegetal, que corresponde à retirada da vegetação do local da obra. "Nossa equipe já está no trecho e faremos uma reunião para fechar isso. Após isso, acredito que em 40 ou 45 dias estaremos começando as obras", disse.

O superintendente ainda explicou que a licença prévia também foi renovada e corresponde ao investimento total de R$ 550 milhões, equivalente aos 59 quilômetros de extensão da obra. O trecho total da licitação tem início no Km 16, na altura da ponte de Viana, até o Km 71, que fica nas proximidades da Casa da Bica, em Domingos Martins.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Vocação para transportar riquezas naturais marca história do EstadoDa Redação

15/05/2017 - Folha Max, Cuiabá

Um dos Estados líderes na geração de riquezas e que vê na ampliação dos modais de transporte um desafio para continuar a crescer e desenvolver de suas estradas, hidrovias e ferrovias. Esta é uma definição que traduz com propriedade a história de Mato Grosso. Nascido em 9 de maio de 1748, completa este ano 269 anos de existência.

Na década de 70, Mato Grosso realizava a construção da BR-163, e uma das beneficiadas, aposentada Cecília Montes Nogueira, 89 anos, conta como viu sua vida transformada pelo progresso trazido pela obra. “Ainda me lembro quando eu e meu marido nos mudamos de Acorizal (63 km de Cuiabá) para uma chácara localizada no pé da Serra de São Vicente (70 km). A viagem durou mais de uma semana, a estrada de terra ficava intransitável quando chovia, e o caminhão do meu marido quebrava muito, porque o caminho era penoso”, recorda a aposentada.

A população testemunha atualmente a execução de um dos maiores programas nesta área: o Pró-Estradas, pacote de obras de pavimentação, reconstrução e manutenção de rodovias estaduais criada pelo governo Pedro Taques.

Muitas famílias mato-grossenses estão presenciando transformações com a passagem do Pró-Estradas pelas cidades onde residem. Em dois anos o Governo repassou mais de R$ 500 milhões em recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para os 141 municípios de MT; concluiu 1.430 km de asfalto entre obras de pavimentação (712 km) e reconstrução (718 km) e fez a manutenção de mais de 2,5 mil quilômetros de rodovias não pavimentadas, além de destinar 542 mil litros de óleo diesel para os municípios da região do Xingu.

O resultado destes investimentos é justamente a melhoria da qualidade de vida da população, como ocorreu com aposentada Cecília lá na década de 70. “Essa estrada é muito perigosa, direto tem gente sendo atropelada, um perigo para as crianças que precisam atravessá-la pra ir pra escola, com a duplicação vai melhorar nossa segurança”, avalia o projetista Acenildo Carlos da Cruz, 56 anos, morador do Jardim Florianópolis há 19 anos, ao falar sobre a MT-251. “Vejo nessaa duplicação a solução de problemas enfrentados por nós, moradores dos bairros que ficam à margem da estrada”.
Dados como os citados acima são reiterados por estudos de órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquáticos (ATAQ), Agência Nacional de Transportes Ferroviários (ANTF) e Departamento Nacional de Infraestruturas (DNIT), nos quais fica comprovado que regiões beneficiadas por obras de infraestrutura apresentam melhores índices de desenvolvimento humano (IDH).

Tais estudos atestam ainda a vocação de estados como Mato Grosso para o transporte das riquezas produzidas em seu território, baseada na sua formação geográfica (extensas planícies e amplos planaltos, onde 74% do seu território se encontra abaixo dos 600 metros de altitude), que favorece o investimento nos transportes rodoviário, hidroviário e ferroviário; e isso reflete, por consequência, na capacidade que o estado tem de escoar sua produção de commodities, produtos que funcionam como matéria-prima, a exemplo da soja e boi gordo, para os mercados interno e externo.

No papel de escoadora, surge uma rodovia tida como das mais importantes: a BR-163. A via terá 453 quilômetros duplicados ao custo de R$ 6,8 bilhões, num período de 30 anos, com o objetivo de escoar a maior produção de grãos do país, que, de acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), será de R$ 58 milhões na safra 2016/17. Além disso, o Estado tem o maior rebanho bovino de corte do país, com 29 milhões de cabeças, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).

Ao lado das BR-364, 070 e 158 e de diversas MT’s, a 163 supre parte das necessidades da circulação destas mercadorias. Contudo, toda essa produção não pode ser transportada exclusivamente via rodovias. Por isso, o Governo tem investido também na construção de ferrovias.

“Os investimentos nos diferentes modais convergem de acordos entre o Estado e a União, e são medidas que fazem parte de uma perspectiva desenvolvimentista de construção de um Estado forte e competitivo”, explica o governador Pedro Taques, que completa: “Estes investimentos acabam por facilitar o planejamento da movimentação da mercadoria produzida no Estado pela cadeia de distribuição física internacional”

Mato Grosso conta hoje com o maior terminal intermodal da América Latina, situado em Rondonópolis, um dos quatro terminais da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (antiga Ferronorte), que interliga o Estado ao Porto de Santos, em São Paulo. Dentre as principais vantagens do modal ferroviário estão o baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos; grande capacidade de carga, menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga. “Ele é ideal para transportar commodities em alta quantidade, como minério de ferro e mercadorias agrícolas”, diz o vice-governador Carlos Fávaro.

A atual gestão tem defendido a chegada da Ferrovia até Cuiabá. As 16 entidades que compõem o Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá apresentaram ao governador Pedro Taques estudos produzidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que comprovam a viabilidade do modal logístico passar em Cuiabá e, posteriormente, conectar o ramal ao Norte do Estado (Sinop). Dessa forma, será possível aumentar o escoamento da produção agrícola, que deve crescer nos próximos anos, passando das atuais 50 milhões de toneladas de grãos para 90 milhões.

“Com a retomada das negociações por este Governo, temos mais claras as possibilidades de transformar este sonho em realidade. O ramal até Cuiabá e, posteriormente até Sorriso, já está sendo pensado e planejado pela concessionária. O Estado de Mato Grosso tem informações de que a empresa pretende fazer investimentos na ordem de R$ 5 bilhões, nos próximos anos. No entanto, depende desta prorrogação da Malha Paulista. Nós vamos propor nesta negociação que os trilhos avancem até a Capital”, explicou o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte.

Além desse projeto, Mato Grosso conta com a construção da Ferrovia Bioceânica, projeto estratégico para criar uma saída alternativa para o Pacífico e acesso aos mercados asiáticos e facilitar o acesso das áreas produtoras de commodities agrícolas do Centro-Oeste à malha ferroviária existente e aos portos do litoral brasileiro.

A Ferrovia Lucas do Rio Verde/MT – Itaituba/PA (Distrito de Miritituba) também visa melhorar o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, conectando-se do Pará ao Porto de Miritituba, na hidrovia do Tapajós, o que beneficiará também o transporte hidroviário do Estado. O Rio Paraguai apresenta-se como alternativa, em uma rota multimodal, para o escoamento das safras agrícolas do Mato Grosso, com destino aos centros exportadores, ou para abastecimento do próprio Estado.

Esse rio desempenha importante papel na integração do Brasil com a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. As condições de navegabilidade são boas, favorecendo essa integração, o que deverá se acentuar à medida que se desenvolvam as regiões da área de influência do rio, bem como a hidrovia Paraguai-Paraná, modal alternativo às exportações estaduais. O rio Araguaia apresenta, a longo prazo, elevada potencialidade de transporte de carga, notadamente grãos agrícolas, em função da sua área de influência.

O porto fluvial de MT, situado em Cáceres, será reestruturado para incorporá-lo à uma política de Integração Latino-Americana, buscando a implantação do sistema de transporte intermodal, e a ligação por rodovia com a Bolívia, terminando no Oceano Pacífico, no Chile.

VLT

Um dos principais desafios assumidos nesta gestão na área dos transportes é a retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Reuniões tem sido realizadas desde o início de abril, quando ficou decidido que a Administração Estadual vai investir mais R$ 922 milhões para a conclusão integral da implantação do modal, sendo R$ 327 milhões de passivos remanescentes e mais R$ R$ 594 milhões de outros custos para a finalização.

A previsão é de que as obras sejam retomadas em maio deste ano com prazo de conclusão total de 24 meses. O cronograma das obras prevê a entrega da primeira etapa, em março de 2018. Já a linha 2 será entregue até maio de 2019.

Com a renegociação feita pelo Governo de Mato Grosso com o Consórcio VLT, o modal de Mato Grosso terá o menor preço por quilômetro do Brasil. O VLT de Cuiabá – Várzea Grande custará, ao final, R$ 44,8 milhões por quilômetro, enquanto o da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, custou R$ 56 milhões.

Aeroporto Internacional

O Aeroporto Internacional Marechal Rondon é hoje uma das principais portas de entrada de Mato Grosso e as obras de reforma do terminal garantirão, além de mais conforto aos usuários, a ampliação da capacidade de fluxo de passageiros para até cinco milhões de pessoas por ano. Em 2016, a movimentação de pessoas no complexo chegou a 2,8 milhões, segundo dados da Infraero. A projeção para 2017 é que a base cresça para até 3,3 milhões de passageiros no ano.