sábado, 29 de abril de 2017

Definido prazo para duplicação da BR-364

Em audiência ontem em Porto Velho foi acertado o início das obras para 2018.

29/04/2017 - DIÁRIO DA AMAZÔNIA
    
Senador Acir presidiu a audiência realizada no plenário da Câmara Municipal

O resultado mais objetivo da audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado em Porto Velho, ontem, no plenário da Câmara Municipal, foi a definição de um prazo de seis meses para a apresentação do projeto de restauração, duplicação e concessão da BR-364, e outros seis meses para o início das obras. Com isso, em 12 meses, no segundo trimestre de 2018, as obras de restauração e duplicação dos primeiros trechos estariam em andamento.

Este prazo foi acordado pelo senador Acir Gurgacz (PDT) com os representantes do Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Entendo que esta meta foi o grande resultado desta audiência e agora vamos acompanhar diariamente os trabalhos do governo para que esta meta seja cumprida, pois este compromisso foi assumido com a população de Rondônia”, disse o senador Acir Gurgacz ao final da audiência.

A BR-364 escoa boa parte da produção agrícola do Centro-Oeste e Norte brasileiros. Pela rodovia passam mais de 1,3 mil carretas por dia, que transportam para portos da hidrovia do rio Madeira toda a safra de três três milhões de toneladas de grãos do noroeste de Mato Grosso e de Rondônia e outros produtos que chegam e saem da região, como a carne, o café e a produção mineral.

De acordo com o senador Acir Gurgacz, os terminais portuários do rio Madeira escoam cerca de seis milhões de toneladas de produtos ao ano, sendo que possuem uma capacidade instalada para exportar até 12 milhões de toneladas. “Com a dragagem do rio Madeira, facilitando o escoamento pelas balsas durante o ano inteiro, teremos condições de em pouco tempo exportar a capacidade máxima, mas hoje isso não seria possível justamente por conta da rodovia, que precisa ser duplicada”, avalia Gurgacz.

Rodovia Não comporta mais carga das carretas

Aberta nos anos de 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek, a pista da BR-364 já não suporta a carga atual das carretas, e os constantes recapeamentos representam um desperdício de dinheiro público, visto que as obras, geralmente mal feitas, costumam ser realizadas fora do período da “janela hídrica”, época que tem início a partir de maio, quando chove menos na região. Um trecho recapeado entre os municípios de Pimenta Bueno e Presidente Médici, por exemplo, “não aguentou um ano. A pista foi refeita e continuam os buracos e as valetas”, relatou o senador Acir Gurgacz.

Gurgacz disse que “há muita informação e pouca objetividade” no que diz respeito às obras da BR-364, que ele considera a nova fronteira da exportação brasileira. O senador também afirmou que “não dá para esperar todo o ano de 2017” pelos empreendimentos, sob o risco de chegar 2020 e não haver obras.

“O governo teria economizado dinheiro que já foi pago. Os buracos continuam, não houve duplicação, não houve terceira faixa e os buracos continuam. Temos que ter a obra, ter o benefício para poder pagar pedágio. Como cobrar pedágio sem a duplicação? Tenho certeza que isso não vai funcionar em Rondônia – disse Gurgacz, que também criticou a demora da execução das obras do Contorno Norte de Porto Velho.

O senador Valdir Raupp (PMDB) citou o trecho em direção a Rolim de Moura, que ele costuma percorrer, e disse que a situação da rodovia é caótica, com vários riscos iminentes, sobretudo à noite ou quando está chovendo. O senador ressaltou que a falta de acostamento e a existência de buracos e crateras causam prejuízos aos produtores rurais, caminhoneiros e à população de Rondônia.

“Duplicar a BR-364 vai ser um marco. O estudo já está sendo concluído para a concessão, o que é um sonho. No primeiro momento, o trabalho que a bancada federal de Rondônia está fazendo é o mais acertado, preocupada em colocar recurso da União para fazer o projeto. Pediria ao Dnit que disponibilizasse recursos para este ano para o projeto de duplicação da rodovia. O trabalho de duplicação e licitação de alguns trechos será muito importante”, pontuou.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Bolívia quer usar logística de Rondônia para ampliar importações e exportações para o mundo

17/04/2017 - Ariquemes Online

Em que pese não ser uma visita oficial, portanto, sem uma pauta definida, o vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, recebeu, em seu gabinete no Palácio Rio Madeira, o ministro da Defesa da República da Bolívia, Reymi Ferreira Justiniano, com quem tratou de assuntos econômicos variados, em especial sobre a abertura de um corredor de exportações capaz de integrar o País vizinho ao mercado mundial. 

Em quase duas horas de uma amistosa conversa, eles trataram da possibilidade do incremento e melhoria das relações comerciais entre a Bolívia e Rondônia, destacando as necessidades de cada um e o compromisso de ampliar essas relações. Três temas básicos nortearam o diálogo entre as autoridades: O transporte de madeira e castanha da Bolívia até o porto de Porto Velho, a importação de combustível venezuelano para a Bolívia utilizando a estrutura de logística de Rondônia e a importação de sal da Bolívia. 

A impressão que ficou foi a melhor, como bem disse o ministro boliviano. Se confirmada a utilização da rota rondoniense para o transporte de combustível da Venezuela, os custos e o tempo serão reduzidos consideravelmente, tendo em vista que atualmente para chegar à Bolívia o combustível venezuelano enfrenta todo o percurso da costa do Oceano Atlântico, passando pela Argentina até seu destino no País vizinho, revelando num desperdício enorme de tempo e dinheiro. 

O ministro que visitou também o porto organizado de Porto Velho (Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia – Soph) – e pôde acompanhar por vídeo o embarque, desembarque e a exportação de uma carga de madeira boliviana, mostrou-se satisfeito com toda a estrutura e com os níveis de segurança das cargas, levando-o a reconhecer a oportunidade e a possibilidade concreta de escoar pelo Brasil (Rondônia) seus produtos exportáveis. 

Pelo lado rondoniense, o vice-governador Daniel Pereira vislumbrou a possibilidade da importação de sal do País vizinho, destacando o nível de consumo rondoniense para complementar a alimentação bovina de mais de 14 milhões de cabeças – sal e nutrientes minerais. Falou também da perspectiva de mercado que se abre na Bolívia, que pode importar de Rondônia uma série de bens e serviços, a começar pelo calcário, fertilizantes, máquinas e implementos agrícolas, entre outros, consolidando e ampliando assim as relações comerciais entre ambos. 

Disse também que a ampliação dessas relações, entre tantos benefícios, propicia ainda uma espécie de intercâmbio de conhecimento, que pode levar e trazer estudantes e especialistas de ambos os lados para realização de estudos e estágios nas mais diversas áreas de conhecimento, de modo que seja importante e proveitoso econômico e culturalmente para Rondônia e a Bolívia. 

RONDÔNIA RURAL SHOW 

Depois de ver um vídeo sobre recursos e potencialidades de Rondônia, o ministro Reymi Ferreira Justiniano foi convidado por Daniel Pereira a participar da 6ª Rondônia Rural Show, que será realizada de 24 a 27 de maio, em Ji-Paraná. O vice-governador pediu ao ministro que levasse também o convite ao presidente Evo Morales. 

Daniel Pereira disse que irá a Brasília para formalizar o convite ao embaixador boliviano do Brasil, José Kin, de modo que tanto o presidente Evo Morales, como seus ministros da Agricultura e Comércio Exterior possam conhecer a Rondônia Rural Show, e assim melhorar e ampliar as relações comerciais entre Brasil e Bolívia via Rondônia.

http://www.abifer.org.br/Noticia_Detalhe.aspx?codi=21958&tp=1