sábado, 28 de dezembro de 2013

Grupo Invepar vence leilão da BR-040 com deságio de 61,13% no pedágio

27/12/2013 - Agência Brasil

Da Redação com Agências
 
O Grupo Investimentos e Participações em Infraestrutura S/A (Invepar) foi o vencedor do leilão da BR-040 para os trechos do Distrito Federal, de Goiás e Minas Gerais, realizado hoje (27) na BM&FBovespa, na capital paulista. Oito grupos participaram do leilão.

O grupo ganhou com a oferta de pedágio de R$ 3,22 por cada 100 quilômetros (km) rodados, o que representou um deságio de 61,13%. A tarifa-teto estipulada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o leilão da BR-040 foi R$ 9,54 para cada 100 km.

A rodovia deverá ser concedida dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL), do governo federal, que já licitou, entre outros trechos, a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, e a BR-163, em Mato Grosso.

De acordo com a ANTT, a assinatura do contrato de concessão será no dia 6 de março de 2014. O segmento vai de Brasília, do entroncamento com a BR-251, até Juiz de Fora, em Minas Gerais. A previsão é que haja 11 praças de pedágio no trecho.

Da Agência Brasil.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Governo anuncia R$ 2,9 bi em mobilidade no PE

17/12/2013 - Valor Econômico
 
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira investimentos de R$ 2,9 bilhões em projetos viários de Pernambuco. Conforme antecipou a edição desta terça-feira, 17, do Valor, a presidente autorizou o aporte de aproximadamente R$ 1 bilhão para o chamado Arco Metropolitano de Recife, empreendimento que ligará o Litoral Norte ao Litoral Sul do Estado sem passar pela capital.
 
Previsto inicialmente para ser executado pelo governo estadual, a obra acabou sendo "adotada" pela União. O arco ligará o polo automotivo capitaneado pela Fiat, ao norte, ao Complexo Portuário de Suape, ao sul da capital.
 
O restante dos recursos anunciados será direcionado à construção de corredores de ônibus, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e um corredor fluvial.


 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Municípios da Região dos Lagos e do Norte discutem criação da rodovia Translitorânea

10/11/2013 -  O Globo

RIO - A abertura da rodovia Translitorânea, que servirá como alternativa para desafogar o fluxo de pessoas e cargas da BR-101 Norte, que está saturada e é perigosa, será o principal tema em debate, nesta segunda-feira, no encontro da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro). A entidade é formada pelos 11 prefeitos das cidades fluminenses, inclusive Niterói, que produzem ou possuem atividades ligadas à exploração do petróleo. O encontro será em Casimiro de Abreu.

Com base em estudo técnico, os prefeitos vão discutir os gargalos logísticos ao desenvolvimento econômico e industrial dos municípios limítrofes da zona de produção principal de petróleo do Estado do Rio de Janeiro e o Projeto da Rodovia Translitorânea. Os estudos também levam em conta o aumento de tráfego com o início das operações do Pólo Petroquímico de Itaboraí (Comperj).

— Estes gargalos envolvem o Projeto da Rodovia Translitorânea, que servirá para desafogar o fluxo de pessoas e cargas através da BR-101 servindo como uma importante alternativa ao desenvolvimento de toda região, pois integra todo modal rodoviário via litoral brasileiro. A duplicação da BR- 101 e os seus contornos previstos também serão debatidos no encontro — explicou o prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos, lembrando que a sua cidade acaba de criar a Zona Especial de Negócios (ZEN), às margens da BR-101, que aumentará o fluxo de caminhões no trecho de Casimiro de Abreu, que busca atrair novas indústrias ligadas ao petróleo.

Ainda segundo o prefeito, os problemas se agravam no verão, quando aumenta o fluxo de turistas para as cidades da Região dos Lagos. Os veículos de passeio se misturam com os grandes caminhões, provocando engarrafamentos e acidentes. Somente neste ano mais de 150 pessoas morreram em acidentes na BR-101 Norte, que liga Niterói ao Espírito Santo. A intenção é de se criar alternativas de tráfego para separar os grandes caminhões, que predominam na rodovia federal, dos veículos de passeio e ônibus.

A Ompetro é formada por 11 municípios: Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Rio das Ostras, Quissamã, São João da Barra e Niterói.

A Translitorânea vai ligar o litoral do Rio ao Espírito Santo. Compreende um trecho de 204 quilômetros, sendo o primeiro de 100 quilômetros entre Macaé e Sãop João da Barra e o segundo de 104 quilômetros, entre São João da Barra e Barra do Itabapoana.A obra será feita através de uma parceria público privada (PPP) e está incluída no Plano Logístico do Estado do Rio.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mais 7,2 mil quilômetros em obras

23/10/2013 - Jornal do Comércio

Segundo o último balanço do governo federal, 2,6 mil quilômetros de rodovias foram entregues na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, e outros 7,2 mil estão em construção. 
As obras incluem a 2,6 mil quilômetros de duplicações e adequações, e outros 4,5 mil quilômetros de pavimentação e construção de novas vias. 

Os principais trechos já entregues são o contorno de Vitória na BR-101, no Espírito Santo; a duplicação da BR-050 entre Uberlândia e Araguari, em Minas Gerais; a pavimentação da BR-487 entre Cruzeiro do Oeste e Tuneiras do Oeste, no Paraná; a duplicação da BR-101 entre a divisa de Pernambuco com a Paraíba, em Igarassu (PE); e a construção da BR-158 entre Alô Brasil e Ribeirão Cascalheira, no Mato Grosso. 

Entre as Ferrovias o ritmo é bem mais lento. Nos próximos meses, 84 quilômetros de linhas férreas começam a funcionar. Trata-se da Ferrovia Ferronópolis, entre o Alto Araguaia e o Pátio Intermodal de Rondonópolios, no Mato Grosso. Há, ainda, 2,5 mil quilômetros de obras em andamento na Ferrovia Norte-Sul e na Ferrovia de Integração Oeste-Leste.

Fonte: Jornal do Commercio
Publicada em:: 23/10/2013

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Obras do DER na Região dos Lagos entram na reta final

31/10/2013 - Agência Rio

Com investimento de R$ 25 milhões, as obras da Estrada da Integração, que liga a área central de Cabo Frio, na Região dos Lagos, à RJ-106, entram na fase final. A nova rodovia, de 12,5 quilômetros, vai diminuir o tráfego pesado dos veículos que circulam pela RJ-102 (Estrada do Guriri), principal acesso ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio, além de melhorar o fluxo na entrada da cidade e no distrito de Tamoios, sem necessidade de passar por Búzios. A previsão é de que as intervenções de terraplanagem e asfaltamento sejam concluídas em dezembro.

A pavimentação da via que liga a Estrada do Guriri à Avenida Wilson Mendes, em Cabo Frio, vai tornar possível o desvio do tráfego turístico dos bairros da Gamboa e Jacaré. Já em Búzios, R$ 7,5 milhões foram destinados pelo DER para obras nos bairros Marina, Rasa e Vila Verde. Estão previstos ainda R$ 29 milhões para pavimentação, drenagem, construção de acostamento e implantação de sinalização da RJ-106, entre São Pedro da Aldeia e o acesso a Búzios.

Outra obra que será concluída brevemente em Búzios é a construção de uma nova estrada, de 3,7 quilômetros, a 500 metros da orla, no bairro da Rasa que vai facilitar o acesso às marinas. A via atual, que beira a praia, passará a ser administrada pela prefeitura da cidade para tráfego local.

MS

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) completa 35 anos

24/10/2013 - Portal Transporta Brasil

Uma das mais modernas do País, rodovia recebe atualmente cerca de 490 mil veículos por dia

Victor José, repórter do 

bandeirantes
A Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) completa neste mês de outubro 35 anos. Na época da inauguração, a rodovia, que demorou 26 meses para ser construída, inovou ao adotar o conceito de autoestrada, com três faixas de rolamento e geometria que privilegia o tráfego de longa distância.

Construída como uma alternativa rápida à Via Anhanguera, até então a única ligação duplicada entre Campinas e São Paulo, a Rodovia dos Bandeirantes auxiliou muito no denvolvimento econômico das regiões de Campinas e Jundiaí, que se transformaram, no decorrer das últimas décadas, em importantes pólos de tecnologia, pesquisa e educação no Estado de São Paulo. A autestrada também é responsável pelo escoamento da produção do interior ao porto de Santos e ao aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Nos últimos quinze anos, a rodovia é administrada pela concessionária CCR AutoBAn, dentro do programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo. Com investimentos de R$ 160 milhões, a concessionária trabalha atualmente na implantação da quinta faixa entre os quilômetros 14 e 47.

A SP-348 recebe cerca de 490 mil veículos por dia. A quinta faixa da Rodovia dos Bandeirantes deve beneficiar aproximadamente 3,5 milhões de habitantes das cidades das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, além de moradores do município de Jundiaí e das cidades vizinhas. A previsão de término da obra é abril de 2014.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Itapemirim pela história do Brasil

10/10/2013 - Fortalbus

A homenagem é para os brasileiros apaixonados por ônibus e pela Itapemirim. Conheça um pouco desta história contada pela nova frota.

"15" Grassi
Originalmente no estilo jardineira e considerado um clássico por seu design e cores, o 'nº 15', como é conhecido, foi o primeiro ônibus a operar com o nome Viação Itapemirim, em 1958. É assim conhecido por existirem 15 unidades.

Na reprodução estão presentes todos os detalhes que fizeram a fama do original: a silhueta do cão da raça greyhound (ou galgo, considerada a mais rápida do mundo), uma imagem do Pico do Itabira, um dos símbolos de Cachoeiro de Itapemirim (cidade onde a empresa nasceu), além da marcante combinação das cores azul e metálica.

MB-O321 prefixo 577 de 1960
O ultimo onibus a estampar a pintura prata e azul, com a pintura do Pico do Itabira, um dos principais simbolos de Cachoeiro de Itapemirim. Havia tambem a figura do cão da raça galgo, sinônimo de agilidade.

O modelo fez parte dos primeiros carros da marca Mercedes adquiridos pela Itapemirim, logo que a empresa alemã começou a produzi-los em São Paulo, nos final da década de 1950. A Itapemirim adquiriu, de uma só vez, 30 ônibus, cuja entrega se revestiu de solenidade, no trajeto de São Paulo a Cachoeiro, passando por Rio de Janeiro, Niterói e Campos, com fotos e filmagens.

731 MB O-326 de 1966
Este ônibus, de 1966, com 36 lugares, possui chassi da Mercedes-Benz do Brasil, exemplo do início da parceria com essa tradicional fornecedora da Itapemirim. Modelo monobloco O-326, com design arrojado para a época, foi um dos ônibus pioneiros a operar na linha Vitória-Rio de Janeiro, cujo trecho da capital capixaba até a divisa fora recém-asfaltada pelo governo federal.

Rodonave 6025 Ciferal. de 1972
Fabricado pela Mercedes-Benz do Brasil e encarroçado pela empresa Ciferal. As características principais do original são a evidente robustez, o conforto e os serviços de bordo agregados naquele período, atuais para os tempos de hoje.

Neste momento, a Itapemirim começava a ganhar maior sofisticação como organização e uma cara 'nacional', iniciando as operações de linhas de grande distância. Foi desse período a decisão estratégica de expandir a empresa para o Norte e Nordeste, e o início da planta para produção própria de ônibus. A Tecnobus chegaria a produzir cerca de 30 ônibus por mês na década de 1980, transformando-se em uma das maiores montadoras de ônibus do país.

O conceito de modernidade era o capricho do serviço Ronodave, que coincidiu com o início de uma política de inclusão de itens de conforto nos ônibus. O leito, com metade do número de assentos, oferecia maior reclinação das poltronas, ar-condicionado, sanitários químicos, mantas, travesseiros, lanches, entre outros itens. O projeto Rodonave, considerado um marco por clientes e 'busólogos', foi tão bem sucedido que sobrevive até hoje em diversas linhas da empresa, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba.


Tribus III - série 21000, de 1987.
O Tribus original foi lançado pela Itapemirim em 1980, quando do início das operações da linha São Paulo - Rio de Janeiro, num período de grande euforia econômica e no qual os transportes rodoviários cresciam a índices chineses.

Mais do que criar um novo serviço, a Itapemirim, numa iniciativa visionária do empresário Camilo Cola, resolveu fabricar seu próprio ônibus, com a inauguração da Tecnobus, montadora instalada em Cachoeiro de Itapemirim, ainda na década de 1960.

A idéia era fabricar ônibus de três eixos, de maiores dimensões, mais confortáveis, robustos e seguros, segundo o empresário. No auge de sua linha de produção, em meados da década de 1980, a Tecnobus chegou a fabricar um ônibus por dia.

"Com os Tribus, maiores, mais vistosos, novinhos em folha, muito confortáveis, a Itapemirim começou a ganhar participação no disputado mercado (Rio de Janeiro - São Paulo), chegando, por volta de 1982, a conquistar metade dele", contou Camilo Cola, em sua biografia, 'A Estrada da Vida', de 1998. "O Tribus exerceu imediatamente um grande fascínio sobre os clientes. Inovação técnica significativa e de comprovada economicidade, associada a marketing agressivo e eficaz", explicou.

Itapemirim com pintura de fã começa a circular
As empresas de ônibus que tentam se modernizar sabem que só não basta colocar veículos nas ruas e levar gente de um lado para o outro. As formas de relacionamento na sociedade mudaram e como um setor que lida com pessoas e com diversas histórias e cotidianos, o transporte de passageiros deve acompanhar esta evolução da sociedade.

Um dos públicos que cada vez mais têm despertado a atenção das companhias de ônibus são os fãs de transportes, alguns denominados busólogos, outros, que não aceitam o termo e se intitulam apenas de admiradores ou entusiastas.

Aproveitando esta paixão que muitos declaram pelo setor, a empresa Itapemirim, que completou 60 anos de atividades, fundada por Camilo Cola, tem realizado uma série de ações que aproximam os admiradores da companhia e que não deixam de ser estratégias de marketing.

Além das adesivações com pinturas históricas, a Itapemirim lançou um concurso cultural denominado "O Brasil Sobre Rodas – Viajando com a Itapemirim". Os participantes tinham de bolar uma pintura que mostrasse o alcance da Itapemirim, que atende a cerca de 70% do território nacional, e ao mesmo tempo mantivesse as características do design da empresa.

O ônibus com a pintura proposta por Saulo Jardim já começa a operar entre São Paulo e Curitiba. Trata-se de um Double Decker (ônibus de dois andares) que mantém as cores da Itapemirim, mas traz estampadas imagens características de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, entre outras, em mosaicos.

Com informações: Itapemirim

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domingo, 6 de outubro de 2013

Comissões do Congresso realizam Seminário de Logística em Porto Velho

06/10/2013 - Rondônia ao Vivo

Senador Valdir Raupp e deputada Marinha Raupp requereram a Comissão de Infraestrutura do Senado e a Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados, respectivamente, a realização do Seminário de Logística de Transporte do Estado de Rondônia.

A Comissão de Infraestrutura do Senado e a Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados realizaram o Seminário de Logística e Transportes do Estado de Rondônia – Integrando o desenvolvimento da Região Norte, em Sessão conjunta realizada na manhã desta sexta-feira, 3, na cidade de Porto Velho. Esta Sessão foi requerida pelo senador, Valdir Raupp, e pela deputada federal, Marinha Raupp, e contou com Autoridades Civis e Militares, e Representantes de Confederações (CNI e CNC), Sindicatos e Associações.

Segundo a deputada federal, Marinha Raupp, este encontro era esperado há muito tempo. "Vinha trabalhando com afinco para que realizássemos um evento desta amplitude e importância para o Estado de Rondônia", disse.

Ao abrir os trabalhos, o senador Raupp destacou os investimentos realizados pelo Governo Federal, como as Usinas do Rio Madeira (UHE Santo Antônio e UHE Jirau) que trouxeram para o mercado local de trabalho mais de 40 mil pessoas.

"O que fazer pós Usinas? Foram abertas 40 mil novas vagas de empregos, no início das construções de suas construções, e agora sabemos da redução gradativa do número de vagas e não podemos conviver com esta ressaca da falta de empregos. Por isso deste Seminário, que tratará dos futuros investimentos de infraestrutura em Rondônia, como a recuperação das rodovias, construção de pontes, melhoria dos aeroportos regionais, ampliação do porto de Porto Velho e instalação de novos portos no estado, a melhoria de navegação na hidrovia do Rio Madeira e a viabilização da implantação do ramal Vilhena a Porto Velho da Ferrovia de Integração do Centro Oeste – FICO – que poderá seguir para Cruzeiro do Sul, no Acre, e chegando aos Portos do Pacífico, no Peru", esclareceu o Senador Raupp.

Projetos Previstos

Primeiro assunto abordado na Sessão conjunta, os investimentos em aeroportos regionais chegam a R$ 1,7 bilhões nos próximos anos, na Região Norte. Em Rondônia serão investidos R$ 80 milhões, abrangendo seis localidades – Ariquemes, Cacoal, Guajará Mirim, Pimenta Bueno, Ji-Paraná e Vilhena.

"Os recursos serão 100% do Governo Federal, em parceria com o Banco do Brasil. Caberão aos Estados e Municípios: a gestão e a manutenção destes aeroportos", disse Thiago---, da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

Luís Cláudio Santana Montenegro, da Secretaria de Portos, falou sobre as alternativas de escoamento da produção. "O investimento prioritário do Governo é gerar alternativas para o Setor Portuário, eliminando gargalos de maneira mais barata, mais ágil e com qualidade", declarou.

Montenegro ressaltou que o porto da capital de Rondônia é estratégico pela sua área de influência e há previsão de investimentos na estrutura de acesso, além de vários projetos para ampliar a capacidade do Complexo Portuário de Porto Velho. "Está previsto no PAC a ampliação do terminal existente", disse.

Um amplo panorama foi apresentado pelo diretor executivo do Dnit, Tarcísio Gomes Teixeira, com a apresentação da Modelagem de Transportes e das Políticas de Transportes, bem como a dinâmica econômica de cada Região para investimentos. "O equilíbrio da matriz de transportes, investimentos na hidrovia e ferrovia, assim como a reestruturação da Valec vai requerer um grande esforço tanto do Executivo, quanto do Legislativo", declarou.

Teixeira disse que a adoção do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) facilitou a expansão dos serviços, com mais de 100 obras contratadas recentemente. "Se por um lado há avanços, o marco regulatório do Meio Ambiente ainda é um entrave para a execução de algumas obras, por falta do licenciamento ambiental", afirmou.

Ele citou a BR 319, como exemplo deste entrave, ao ser indagado pelo senador Valdir Raupp sobre as obras do "trecho do meio" – Porto Velho a Manaus. "Foram investidos R$ 80 milhões em licenciamento, cujo trabalho foi realizado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e ainda sem liberação do ICM-Bio", esclareceu Tarcísio Teixeira, que ressaltou: "a rodovia já foi pavimentada nos anos 1970 e trata-se de uma ligação muito importante para a região".

O Diretor Executivo do Dnit ainda destacou as obras em andamento – tais como a restauração e manutenção das BRs (364, 421, 425, 429) e a ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho – e anunciou a abertura da licitação da ponte sobre este mesmo rio, em Abunã, no próximo dia dez (10/10). Além disso, apresentou o prospecto da futura Ponte Binacional, interligando o Brasil a Bolívia, e falou sobre a dragagem na hidrovia do Madeira.

Outro ponto aguardado pelos participantes do Seminário foi a implantação da ferrovia em solo rondoniense. O presidente da Valec – empresa pública concessionária de infraestrutura ferroviária, Josias Sampaio Cavalcante Junior destacou os investimentos realizados atualmente na malha ferroviária da Norte-Sul. Ele comentou sobre o Programa de Investimento em Logística (PIL) e sua importância para o modal ferroviário, em especial a Ferrovia de Integração do Centro Oeste (FICO). "É neste contexto que o senador Raupp e a deputada Marinha apresentaram informações importantes e defenderam o trecho de Vilhena até Porto Velho, porque a BR está sobrecarregada para o escoamento da produção", disse.

O trecho Vilhena a Porto Velho da FICO tem previsto 770 quilômetros e serão investidos, inicialmente, R$ 49 milhões para estudos e projetos. "Assim que a medida cautelar do TCU deixar de existir; os estudos terão sua finalização após oito meses do início do contrato", esclareceu Josias Cavalcante. Segundo ele, o traçado da ferrovia será paralelo a BR 364.

EPL

Representando o ministro dos Transportes, Cesar Borges, o diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística S/A (EBL), Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveira, enalteceu os trabalhos da deputada Marinha e do senador Raupp.

"Estes parlamentares, ferrenhos batalhadores pelos interesses do Estado, trabalharam intensamente pela inserção do Estado neste Programa de Desenvolvimento. Até na China, estavam eles, lá, defendendo o Estado", disse Bernardo Figueiredo.

Ele retomou o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e da então ministra da Casa Civil e atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que fora uma "grande mudança na atitude do governo para os problemas de infraestrutura".

"Com o lançamento do PAC, o nosso trabalho foi o de resolver problemas; superar as dificuldades nesta maratona de obstáculos, pois foi o momento de assumirmos o compromisso de executar as grandes obras, porque antes não existia cronograma de execução dos serviços e no PAC os recursos são para iniciar e acabar a obra. O cronograma nos coloca pressão; temos a responsabilidade e o senso de urgência na execução das obras", afirmou o diretor-presidente da EBL.

De acordo com Bernardo Figueiredo, o PAC era "um olhar para trás" e o PIL é "olhar para frente". "O PIL é outra inovação importante: primeiro porque é preciso olhar o País como um todo, olhar os sistemas de forma integrada; segundo, há o envolvimento técnico para definirem os investimentos. Neste sentido, temos a atitude de resolver os problemas e construir soluções, nos mantendo empenhado o tempo todo na execução do programa", esclareceu.

Segundo Bernardo Figueiredo, é fundamental que o grupo de trabalho discuta a ferrovia com o Governo Peruano, na perspectiva de interligar o Brasil ao Oceano Pacífico. "Há o interesse deles de continuar a ferrovia. Por isso, é necessário pensar a sua construção de Porto Velho (RO) a Cruzeiro do Sul (AC) e, assim, acessar as águas profundas do Peru", destacou.

"Há quatro anos, em audiência na cidade de Vilhena, duvidávamos de que a Ferrovia de Interligação do Centro Oeste chegaria a Rondônia e, pelo que vimos, sua construção está bem encaminhada", disse o prefeito José Rover, representando os demais prefeitos presentes no evento.

Apoio

Segundo a deputada federal, Marinha Raupp, o seminário atingiu o seu objetivo. "O Seminário atinge o seu objetivo, pois a intenção era trazer para Rondônia o Congresso Nacional", disse a parlamentar, que agradeceu o apoio institucional da Fecomércio/RO, do Codema (Conselho de Desenvolvimento Empresarial da Amazônia Legal) e da CNC para a realização dessa Sessão Bicameral.

Ela destacou que a bancada parlamentar, em Brasília, está unida, com seus oito deputados e os três senadores trabalhando pelo desenvolvimento pleno do estado e pela integração com os estados do Amazonas e Acre. E, ainda, comentou sobre sua participação na Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados.

Marinha Raupp também falou do seu compromisso com Rondônia, destacando as obras em andamento no estado, manifestando sua alegria ao comentar sobre a BR 429 e a Região do Vale do Guaporé. "Estou feliz que os serviços da BR 429 estejam quase concluídos; é mais que sonho é meu amor dedicado à Região, porque desde o meu primeiro mandato eu tenho empenhado todos os esforços para desenvolvimento local e, assim, propiciar uma melhor qualidade de vida para a população", disse.

Para ela, o Poder Público precisa pensar no eixo de desenvolvimento da 429, que interligará o Brasil a Bolívia por balsa.

A unidade da bancada também foi comentada pelo senador, Acir Gurgacz. Ele explicitou o aumento na produção agrícola, destacando que Rondônia não é concorrente dos estados limítrofes. "Rondônia não cresce sozinha e não somos estados concorrentes, pois no Mato Grosso temos a força do agronegócio; em Rondônia são as agroindústrias e a agricultura familiar; no Acre o extrativismo; e o Amazonas tem a Zona Franca de Manaus", declarou.

"O evento foi extremamente importante", conforme os representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional do Comércio (CNC), respectivamente, Monica Messemberg Guimarães e José Roberto Tadros.

"A CNI é solidária a proposta de melhoria da logística do País, porque aumenta a competitividade da indústria nacional. A apresentação destes projetos para Rondônia indica a crescente preocupação do governo para melhorar a logística do País e atender as expectativas dos setores produtivos – Industrial, Agroindustrial e Agronegócio – de superar os gargalos normativos. Por isso, a Parceria Pública Privada (PPP) surge de um diálogo consistente em que os interesses públicos e privados coincidem", disse Monica Guimarães.

"Por muito tempo a região ficou relegada ao esquecimento e ao abandono. Mas observei que é possível fazer o novo Canal do Panamá, propiciando o aumento da produção regional", declarou José Roberto Tadros.

Ele considerou os projetos apresentados como o "renascer da brasilidade", porque "nós brasileiros precisamos traçar os destinos do nosso País" e declarou: "no passado, foram os estrangeiros (portugueses) que garantiram esta porção do País e, agora, não podemos permitir a intervenção de ONGs estrangeiras, com suas motivações externas obscuras, em retardar o nosso desenvolvimento".

"Rondônia precisa dessa infraestrutura, porque Rondônia será o novo espaço do desenvolvimento", afirmou Raniery Araújo Coelho, presidente da Fecomércio/RO.

Outros estudos

O presidente do Sindicato dos Engenheiros, Jorge Luís, entregou o estudo realizado pela Instituição e o Conselho Federal de Engenharia (Crea/RO) para implantação da hidrovia Guaporé/Mamoré e a reconstrução da Ferrovia Madeira/Mamoré. "Peço ao presidente da Valec que olhe para este lado, pois a hidrovia atenderia aos 27 municípios que margeiam os rios; já a reconstrução da ferrovia apresentaria os aspectos históricos, turísticos e, em longo prazo, de escoamento da produção", disse.

Jorge Luís e a deputada Marinha Raupp entregaram ao diretor-presidente da EBL, Bernardo Figueiredo, o manifesto Pró-Preservação, Revitalização e Manutenção da EFMM – Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Nesta Sessão, foi assinada a Ordem de Serviço para a construção da nova sede da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal.

Fonte: Rondônia ao Vivo 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ônibus interestaduais aumentam 6,9%

03/10/2013 - O Estado de SP

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 2, resolução que autoriza o reajuste de 6,981% na tarifa dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. O aumento é maior do que o concedido no ano passado, de 2,77%. O reajuste era para ter ocorrido em julho, mas o Ministério dos Transportes decidiu suspendê-lo, por causa das manifestações de rua.

A decisão vale a partir de hoje e não se aplica ao transporte rodoviário interestadual e internacional semiurbano de passageiros - deslocamento máximo de até 75 quilômetros. Em junho, o ministro dos Transportes, César Borges, chegou a dizer que não havia clima para "autorizar aumento nenhum". Mas manteve os trabalhos de revisão tarifária que já estavam em curso na agência de transportes.

Depois disso, o governo resolveu "passar um pente-fino" nos custos do serviço e nas obrigações contratuais das empresas, para chegar ao que chama de tarifa mais justa ao usuário desse serviço. Há 2.652 linhas de ônibus de longo curso em operação no País.

A justificativa oficial do aumento, publicada no DO, foi a "necessidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro das permissionárias e autorizatárias do transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros".

Os novos valores foram divulgados de acordo com os coeficientes tarifários, calculados com base no índice de reajuste do óleo diesel, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Há ainda impostos e tarifas de pedágio cobradas em rodovias cedidas em concessão para a definição do preço final da passagem paga pelo usuário do serviço.

O procedimento da ANTT é divulgar os novos valores desse coeficiente, medido em reais por passageiro. Depois, eles são multiplicados pelos quilômetros percorridos para chegar a um valor final.

Licitação. Há um mês, a agência publicou o edital da licitação que vai selecionar empresas para operarem o serviço de transporte interestadual - 1,8 mil linhas devem ir a leilão, em 2 de abril de 2014, em 16 grupos.

A permissão será válida por 15 anos (improrrogáveis). A minuta prevê, ainda, que no primeiro ano de operação a frota deverá ter idade média de, no máximo, 10 anos. Os envelopes devem ser entregues pelas empresas interessadas nos dias 4 e 5 de novembro, na sede da agência, em Brasília.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Implantação de divisória metálica avança na Via Lagos

03/10/2013 - Agência Rio

As obras para instalação de uma divisória metálica entre as pistas da Via Lagos avançam em ambos os sentidos da rodovia, no trecho de Araruama, onde uma frente de serviços já alcança 11 quilômetros (Km 32 ao Km 43). As pistas estão sendo alargadas, os acostamentos, estruturados e pavimentados e todo o sistema de drenagem e sinalização, adaptado ao novo projeto. As obras devem ser concluídas até o fim do primeiro semestre de 2014.

O trânsito no local funciona com um esquema especial, sinalização reforçada e equipes treinadas para orientar os motoristas, inclusive à noite. É necessário redobrar a atenção e respeitar a sinalização e, principalmente, o limite de velocidade no trecho em obra.

As equipes da CCR ViaLagos também realizam a revitalização do pavimento, com aplicação de massa asfáltica. Na quarta-feira (2), o serviço acontecia nos quilômetros 6 (Rio Bonito), 47 e do 49 ao 52 (Iguaba Grande), sentido Rio de Janeiro.

VF

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Governo do Estado inaugura obras na Rodovia Governador Chagas Freitas

19/09/2013 - Agência Rio

Da Redação

Foto: Divulgação   DER-RJ
Foto: Divulgação DER-RJAs obras de pavimentação, drenagem e terraplanagem da Estrada Governador Chagas Freitas, no município de Barra Mansa, serão inauguradas nesta sexta-feira (20). O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão responsável pela execução dos trabalhos, pavimentou o trecho de 11 quilômetros entre as localidades de Bocaininha e Rialto.

Com um investimento total de R$ 17 milhões, a Estrada Governador Chagas Freitas foi beneficiada ainda com um novo sistema de sinalização, horizontal e vertical, além da construção de meios fios e sarjetas. Contando com o apoio diário de 60 homens, as obras transcorreram como programado pelo DER. Foram usados na obra patrols, retroescavadeiras e rolos-compressores, além de caminhões para apoio.

"É uma obra muito importante para a comunidade. Certamente ajudará na economia local, facilitando o escoamento da produção leiteira de Rialto", disse o engenheiro responsável, José Roberto Rosendo.

Totalizando 11 quilômetros de extensão, a Estrada Governador Chagas Freitas é uma rodovia que faz a ligação do bairro Bocaininha, junto a Via Dutra, ao distrito de Rialto, em Barra Mansa. A expectativa é que mais de 30 mil pessoas serão diretamente beneficiadas com a concretização desta empreitada.

Grupo pouco conhecido leva a BR 050

19/09/2013 - Valor Econômico

Com um lance surpreendente, de 42,38% de deságio sobre a tarifa-teto, o desconhecido consórcio Planalto venceu ontem o primeiro leilão de concessão de rodovias do novo pacote de licitações do governo federal. A gestão da BR-050, que liga a divisa SP/MG a Cristalina, em Goiás, passa a um grupo de nove empresas que têm atuação diversificada em várias atividades prestadoras de serviços no segmento rodoviário, como pavimentação.

O consórcio Planalto conseguiu superar o apetite de gigantes da construção pesada, como Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez - donas da CCR -, Odebrecht, Queiroz Galvão e EcoRodovias, além de Invepar e Triunfo Participações. A CCR ofereceu desconto de 13,59% e Odebrecht com Invepar deram lance de 23,78%.

As integrantes do Planalto são empresas do Paraná e do interior paulista: Senpar, Estrutural, Kamilos, Ellenco, Bandeirantes, Greca, Maqterra, TCL e Vale do Rio Novo.

Na disputa, cujo resultado deixou o governo bastante satisfeito, quatro candidatas tiveram um apetite considerado aguçado, com propostas na faixa de 34% a 37%. Ficou em linha com a expectativa do governo federal, que projetava deságios de 30% a 40%. Nesse time estavam Triunfo - segunda colocada no leilão, com 36,98% -, Fidens, EcoRodovias e Queiroz Galvão.

A Arteris, antiga OHL, que foi a sensação de lances ousados vários anos atrás noutro leilão de rodovias do governo Lula, desta vez foi bem comportada. Agora controlada pela Abertis, deu só 5,09%.

O trecho da BR-050, que corta o Triângulo Mineiro, tem extensão de 436 km. Em 30 anos de concessão, o governo estima investimento de R$ 3 bilhões na via.

A presidente Dilma Rousseff ficou satisfeita com o resultado e determinou um acompanhamento rigoroso do contrato para evitar o "fator OHL". É uma referência às obras atrasadas do grupo espanhol que venceu cinco dos sete lotes ofertados em 2007.

Para o governo, há blindagem suficiente nos atuais contratos contra o risco de atrasos das concessionárias. Foram fixadas metas anuais de duplicação. Caso não sejam atingidas, o pedágio diminui e as receitas do consórcio ganhador ficam comprometidas. Prevaleceu a interpretação de que essas empresas, com histórico de serviços rodoviários prestados ao Dnit, estão preparadas para o desafio.

Grandes grupos já falam em "efeito OHL"

Os grandes grupos especializados em concessões de rodovias não conseguiram vencer o primeiro lote do megapacote de concessões de infraestrutura do governo Dilma Rousseff. Disputado por oito participantes, o leilão teve como vencedor o consórcio Planalto. Formado por nove companhias que atuam em construção e infraestrutura, o Planalto tem como líder a Senpar, com cerca de 20% das ações.

A Senpar é a única que tem participação em concessões de rodovias. Entre seus sócios cotistas está a empresa R&S Malucelli Administração e Participações, que segundo a advogada do Planalto, Letícia Queiroz de Andrade, do Siqueira Castro Advogados, tem ligação com a família Malucelli.

A Greco, original de Curitiba, também têm participação de 20% no consórcio. Especializada na produção de asfalto, a empresa atua ainda em operações portuárias. As demais sete companhia, com participações menores, atuam em recapeamento, manutenção, conservação, pavimentação e sinalização de rodovias.

Segundo os porta-vozes do grupo, todas têm experiência na prestação de serviços para as concessionárias e negociavam há quase dois anos a formação de uma sociedade para competir no novo ramo. Assim que foi aberto o oitavo e último envelope do leilão, que aconteceu ontem, em São Paulo, os representantes do consórcio Planalto comemoraram a vitória. O lance vencedor foi de 42,38%, mais de cinco pontos percentuais acima do segundo maior, da Triunfo (36,98%). Outras três propostas superaram os 30%.

A tarifa básica de pedágio proposta pelo Planalto foi de R$ 0,04534 por quilômetro, enquanto o valor máximo definido pelo governo era de R$ 0,07870 por quilômetro.

Carlos Eduardo Prado, representante do Planalto e gerente comercial da Vale do Rio Novo, uma das empresas que compõem o consórcio, disse que a agressividade da proposta se deve à "experiência" das empresas no ramo. Segundo ele, o grupo não descarta uma parceria com uma outra empresa concessionária de rodovias na BR-050, apesar de afirmar que a intenção inicial é de atuar sozinho. Ele também adiantou que o consórcio vai considerar participar de novos leilões e poderá fazer lances "com o mesmo apetite".

Alguns dos concorrentes lamentaram o resultado do leilão, defendendo que existe a possibilidade de um "efeito OHL". A empresa espanhola venceu cinco dos sete lotes de rodovias leiloadas no governo Lula em 2007 com deságios agressivos, acima de 40%. Depois, no entanto, foi duramente criticada por não ter tirado parte dos investimentos do papel.

A OHL Brasil, que trocou de controle e agora se chama Arteris, costumava defender que os atrasos em suas obras foram causados pela burocracia no país e pela dificuldade em obtenção de licenças ambientais. Para os concorrentes, no entanto, a verdade é outra: a empresa ofereceu uma tarifa baixa demais e ficou sem dinheiro para investir. Os concorrentes acreditam que isso possa estar acontecendo novamente.

A vitória de ontem do Consórcio Planalto foi chamada por concorrentes de "crônica de uma tragédia anunciada". Os grupos acreditam que o deságio foi agressivo demais e que as empresas do consórcio não têm grande experiência em concessões.

O receio é maior no setor porque a modelagem proposta pelo governo Dilma Rousseff para os novos leilões de rodovia é que o concessionário cumpra toda a obrigação de duplicação da estrada em cinco anos de contrato.

Entre os concorrentes, também é mencionado que o consórcio Planalto pode enfrentar dificuldades na obtenção de financiamento do BNDES pela falta de histórico na relação com o banco. Outro complicador é a entrada de fundos de pensão, que devem exigir contrapartidas de rentabilidade.

Prado disse que não está preocupado com as críticas. "Esse problema é o que menos incomoda", disse. Para ele, o caso da Planalto não é semelhante ao da OHL. "Aquele foi um negócio descabido, porque ela havia ganhado cinco concessões ao mesmo tempo, com tarifas baixíssimas. Comparar com a gente é forçar a barra, é completamente diferente."

Prado garantiu que o grupo conseguirá entregar as obras de duplicação em no máximo cinco anos de contrato - conforme exige o edital. "Se eu não achasse possível, não entregaria uma proposta", afirmou.

Letícia de Andrade, do Siqueira Castro, disse que o consórcio pretende cumprir os prazos de trabalhos e investimentos iniciais para poder dar início à cobrança de pedágios em até 12 meses. Ela admite que o principal risco da licitação é o fato de os prazos serem curtos e as penas, severas. No entanto, diz que o projeto é factível se for iniciado neste momento.

A advogada afirmou que demais riscos, como de obtenção de licenças ambientais e desapropriações, são menos preocupantes. Segundo ela, as desapropriações eventualmente necessárias serão em locais de praças de pedágio. "Este é um dos riscos, mas achamos fácil de lidar", afirmou. Sobre as licenças ambientais, disse que apesar de a empresa precisar que as obtenções sejam rápidas, a responsabilidade é do governo, por meio da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

De qualquer modo, as oito propostas e os vários níveis de deságio comprovam o discurso da iniciativa privada de que há, sim, apetite pelas concessões - mas que isso só ocorrerá se cada projeto tiver viabilidade.

Na visão de executivos ouvidos pelo Valor, eliminar o risco Dnit é relevante. E leiloar um projeto de cada vez ajuda alguns grupos a estudar melhor cada empreendimento. Mas há um consenso de que a real participação das empresas depende, na verdade, dos números - nesse caso, entendidos como custo e receita.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Governo conclui obras de asfaltamento na PA-431

27/03/2013 - Transporta Brasil

Rodovia localizada em rota de escoamento agrícola faz parte de um anel viário que corta o município de Mojuí dos Campos e interliga a BR-163 e a PA-370

Victor José, repórter do Portal Transporta Brasil

O Governo do Pará anunciou que nesta quinta-feira (28/3) inaugurará a pavimentação da rodovia PA-431, que está localizada no município de Mojuí dos Campos, na região oeste do Estado. A rodovia faz parte de um anel viário que corta o municíp io e interliga a BR-163 e a PA-370, que vai de Santarém até Curuá-Una.

Pela primeira vez, a rodovia PA-431 recebe asfaltamento no trecho de 10 quilômetros compreendidos entre o recém-criado município de Mojuí dos Campos e a comunidade Santa Rosa. O asfalto substituiu o antigo revestimento composto de piçarra.

A rodovia faz parte de uma importante rota de escoamento da produção agrícola, principalmente de soja, arroz e milho. Na obra, o Governo do estado investiu R$ 5.661.769,58.

Consórcio Planalto oferece a menor tarifa e vence leilão da BR-050

18/09/2013 - Agência Brasil

Nacional
Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Consórcio Planalto, composto por dez empresas, venceu a concessão do trecho da BR-050 GO/MG ofertado hoje (18) em leilão promovido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na BM&F Bovespa. A empresa propôs a menor tarifa, de R$ 0,04534 por quilômetro, representando deságio de 42,38%. Letícia Queiroz, representante do consórcio, disse que essa tarifa foi pensada com base em estudos feitos na rodovia. O trecho começa no entroncamento com a BR-040, em Cristalina (GO), e se estende até a divisa de Minas Gerais, no município de Delta, com o estado de São Paulo.

Os envelopes com as ofertas de consórcios interessados, abertos nesta quarta-feira, mostraram as propostas de mais sete consórcios. A tarifa teto havia sido fixada em R$ 0,0787 por quilômetro de rodovia. A Triunfo Participações e Investimentos ficou em segundo, com tarifa de R$ 0,04959 por quilômetro, deságio de 36,98%. O Consórcio Verdemar apresentou tarifa de R$ 0,05065, um deságio de 35,64%. O Consórcio Rodovia do Sertão ofertou R$ 0,05073, um deságio de 35,54%. A Queiroz Galvão ofereceu R$ 0,05149, com deságio de 34,57%. A empresa Odebrecht ofertou R$ 0,05998, com deságio de 23,78%. A Companhia de Participações em Concessões ofereceu R$ 0,06800, deságio de 13,59%. A Arteris propôs R$ 0,07469, deságio de 5,09%.

A extensão da concessão é 436,6 quilômetros, sendo que a concessionária deverá duplicar 218 quilômetros situados entre Cristalina e a divisa de Goiás e Minas Gerais.

Inicialmente, o pregão de hoje leiloaria também a concessão da BR-262 ES/MG, mas nenhuma empresa se interessou. O Ministério dos Transportes informou ontem (17) que não vai alterar o cronograma para os próximos leilões, mas pode alterar a ordem dos lotes a serem concedidos.

Edição: Graça Adjuto

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Obras rodoviárias do PAC têm atraso de até sete anos

20/08/2013 -Valor Econômico

As nove principais obras rodoviárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentam atrasos de dois a sete anos, considerando-se o tempo decorrido entre a previsão de conclusão anunciada no PAC 1 e a atual. O levantamento feito pelo Valor tomou por base os dados fornecidos pelo Ministério dos Transportes. Dessas obras, oito estão em fase de execução. Só uma foi concluída, em maio de 2012, com dois anos de atraso: a pavimentação da Rodovia BR-163 no trecho entre Guarantã do Norte (MT) e a divisa entre os Estados de Mato Grosso e Pará.

Segundo as informações do ministério, há trechos de obras rodoviárias com atraso de sete anos, como é o caso do Túnel Morro dos Cavalos, parte integrante do projeto da Rodovia BR-101, que prevê ainda a construção do Morro do Formigão e a travessia da Lagoa do Imaruí (SC). Pela previsão dada em 2007 (PAC 1), o Morro dos Cavalos deveria estar concluído em 2010, porém ainda dependia do projeto executivo na ocasião. Agora o prazo determinado pelos gestores do PAC é dezembro de 2017. Logo após o lançamento do PAC 2, já no governo Dilma Rousseff, a conclusão do túnel havia sido adiada para dezembro de 2015.
Outro exemplo emblemático é o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro (BR-493), projeto também lançado em 2007. A inauguração deveria ter ocorrido em 2010. Com o lançamento do PAC 2 o prazo foi dilatado para dezembro de 2014. Mesmo assim, até lá só deverá estar concluído um subtrecho da obra: o entroncamento da BR-040/RJ com a BR-101/RJ/Sul. Outra, a duplicação do subtrecho Manilha-Santa Guilhermina - cuja execução ainda não foi iniciada - deverá ficar pronta no fim de 2016.

Segundo José Alberto Pereira Ribeiro, presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), as obras da Rodovia BR-493 foram de fato licitadas em 2010 e contratadas logo depois, mas sem a emissão da ordem de serviço para início da execução. "Os projetos eram antigos e ficaram defasados em relação à demanda", diz, acrescentando que os gestores do PAC desconsideraram, por exemplo, a necessidade de obras de intersecção com trechos que cruzam a rodovia. "Esse cenário inviabilizou o início das obras e culminou com as mudanças na diretoria do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], o que determinou a rescisão do contrato firmado."

Para Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a falta de cumprimento de prazos e orçamentos em obras rodoviárias inseridas no PAC pode ser creditada a diversos fatores "Alguns deles poderiam ter sido evitados, outros nem tanto." Obras de infraestrutura, por experiência, estão sempre sujeitas a interferências e imprevistos, observa ele.

"Primeiro, porque nem sempre se sabe com exatidão o que será encontrado quando as escavações começam; segundo, porque há inúmeros órgãos públicos, muitos deles com poderes de veto, envolvidos nas ações de licenciamento, controle e fiscalização", diz Godoy. "Nem sempre esses órgãos públicos funcionam em sintonia."

Técnicos do ministério, por seu lado, argumentam que as diferenças das datas previstas para conclusão de obras refletem o período de transição que viveu o país, tanto no que se refere ao setor público (planejamento) quanto ao privado (projeto/construção).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Votorantim duplicará rodovia no Paraná

01/08/2013 - Valor Econômico

A Votorantim investirá R$ 181 milhões na duplicação da chamada Rodovia dos Minérios (PR-092), no Paraná. O braço cimenteiro do grupo será o responsável pela obra e também pela elaboração do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental e pelo projeto executivo.

Em troca, a empresa vai receber isenção do pagamento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), no montante investido. A duplicação será feita para escoar a produção de uma das maiores fábricas de cimento da Votorantim, instalada em Rio Branco (PR), na região metropolitana de Curitiba.

O secretário de Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, disse ao Valor que o acordo funcionará como uma espécie de Parceria Público-Privada (PPP) e que não haverá perdas para nenhum dos lados.

"Essas parcerias estão cada vez mais se estabelecendo no Brasil. Como diretamente não temos condições de atender, viabilizamos para a iniciativa privada. Não podíamos perder uma fabrica desse tamanho", completa.

A duplicação da estrada pela Votorantim já estava prevista quando a empresa anunciou a ampliação da unidade paranaense, em 2011. Em Rio Branco, a cimenteira tem capacidade de produzir 6 milhões de toneladas por ano, contra os 4 milhões de toneladas/ano antes da ampliação.

O secretário-chefe da Casa Civil, Reinhold Stephanes, admite que o governo não teria recursos para a duplicação da rodovia. "Essa mesma obra demoraria muito mais se fosse realizada pelo poder público", disse.

Serão duplicados 28,7 quilômetros entre Curitiba e Rio Branco. Além da empresa, a obra beneficiará cerca de 200 mil pessoas. A previsão é que os estudos de viabilidade e a elaboração do projeto executivo comecem ainda este mês, e, o início das obras, em maio do ano que vem.

Os projetos serão acompanhados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e o governo garante que os valores cobrados são os mesmos que se a obra passasse por licitação.

Procurada, a Votorantim informou que todas as informações sobre a obra estão sendo prestadas pelo governo do Paraná. A empresa alega que está em período de silêncio devido à interrupção do lançamento de ações da Votorantim Cimentos.

Em junho, em meio à forte volatilidade do mercado, a cimenteira decidiu suspender o IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) até o dia 11 de setembro. A expectativa é que ela estaria entre as maiores oferta de ações do mundo este ano.

A operação entre a Votorantim e o governo estadual, chamada de crédito outorgado, é autorizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e faz parte do programa Paraná Competitivo, criado pelo Estado para atrair empresas para a região.

Outras empresas já fizeram parcerias semelhantes com o Estado. Em maio, a Klabin se comprometeu a investir R$ 598 milhões em melhorias na infraestrutura da região de Ortigueira (PR), onde a empresa construirá uma nova unidade de celulose. A Klabin fará desde pavimentação de rodovias até a construção de um ramal ferroviário e de linhas de transmissão.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Competitividade brasileira

13/01/2013 - Em Tempo

Por Guilherme Nastari - Mestre em agroenergia e diretor da Datagro

Custos logísticos da indústria sucroenergética tiveram elevação significativa ao longo 2012 em todo o Brasil, especialmente em São Paulo. Para açúcar, o frete rodoviário com destino ao Porto de Santos, principal destino para exportação, foi negociado em média a R$ 88,96/ton em setembro. É o quarto mês seguido de alta do preço do frete de açúcar, com valorização 8,2% acima do registrado em agosto. A elevação dos preços do frete de junho a setembro pode ser explicado pelo aumento gradual das exportações de açúcar ao longo dos meses, além da concorrência do transporte de açúcar com outras culturas agrícolas.

Em outubro o preço do frete de açúcar para Santos estabilizou na cifra de R$ 88,86 em média no estado paulista, resultando em aumento de 20,7% no acumulado do ano. No mês, a estabilização foi incentivada pelo aumento do fluxo de açúcar para o mercado externo pelo modal ferroviário, aliviando a demanda por rodoviário, que ainda é dominante na matriz de transportes brasileira.

O frete de caminhões que transportam etanol no estado de São Paulo em setembro registrou aumento de 10,7% em média, se comparado ao mês anterior. Outubro freou a tendência de alta, com redução de 2,0%, sendo negociado a R$ 90,72/m³, ponderado pelas microrregiões canavieiras. A mudança no cenário pode ser explicada pelo fato que grandes produtores de etanol estão estocando o biocombustível para comercialização no período entressafra, especialmente dezembro e janeiro, a fim de obter preços maiores. O preço médio do frete rodoviário de etanol com destino à distribuidora de Paulínia também apresentou redução, com índices apontando menos 5,1% comparado a setembro. O aumento do frete de etanol acumulado no ano para o estado de São Paulo chega a 24,5%.

A expressiva valorização no custo do transporte rodoviário ao longo do ano foi certamente influenciada pela lei trabalhista 12.619/2012, que entrou em vigor em Setembro e estabeleceu novas regras para a jornada de trabalho dos motoristas de caminhão. Entre as principais medidas, a lei limitou a jornada diária dos caminhoneiros ao exigir descanso diário de no mínimo 11 horas para cargas acima de 4,5 toneladas, comprometendo rendimento nas estradas. Considerando que o transporte de açúcar e etanol aos principais portos é feito, em grande parte, por rodovias, há poucas alternativas imediatas para mitigar os custos adicionais gerados pelas novas regras.

Como reação à lei, o setor de logística foi levado a reajustar em alguns casos em mais de 30% o valor do frete, a depender da região e da distância da rota. Além do aumento do frete, a introdução da lei trabalhista que regulamenta a profissão dos motoristas exigirá da indústria investimentos na aquisição de novos veículos aliada, à contratação de mais funcionários para atender a demanda por transporte.

A elevação do preço do frete rodoviário também é reflexo dos reajustes no preço do diesel na bomba. O governo federal autorizou dois acréscimos no valor do produto na refinaria: o primeiro, em Junho, foi de 3,94%; e o segundo, de 6%, em Julho. Como medida para atenuar o impacto destes aumentos na inflação e também ao consumidor, o primeiro aumento foi acompanhado de redução a zero na cobrança do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Ainda assim, os reajustes provocaram repasse de até 4% ao consumidor final.

Fonte: EM TEMPO Online

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A malha de estradas brasileiras é um vigésimo da americana

A malha de estradas brasileiras é um vigésimo da americana

10/06/2013 - Portal Exame

Um estudo exclusivo mostra que o país precisa fazer no mínimo mais 21 mil Km de estradas duplicadas para dar competitividade à economia. O custo das obras: 250 bilhões de reais. O prazo de execução: oito anos
Cruzamento das vias Anhanguera e Bandeirantes, em São Paulo: boas estradas são exceção no Brasil

São Paulo - Poucas horas antes do Dia D, em 6 de junho de 1944, o general Dwight "Ike" Eisenhower, comandante supremo das Forças Aliadas, em mensagem aos soldados que estavam prestes a desembarcar nas praias francesas para retomar a Europa de Hitler, disse: "Os olhos do mundo estão sobre vocês!"

Durante a campanha na Europa, que terminou no ano seguinte com a capitulação da Alemanha, os olhos de Eisenhower se voltaram para algo completamente distinto: as estradas alemãs. O general americano se impressionou com o tamanho e a qualidade do sistema rodoviário do inimigo, que permitia a Hitler deslocar com rapidez tanques e tropas.

Era a confirmação de uma ideia que havia muito ocupava a mente de Ike: não se faz um grande país sem boas estradas. Em 1919, ele tinha feito parte do comboio de 81 veículos do Exército americano que levou dois meses para atravessar os Estados Unidos de costa a costa, numa ação que tinha como objetivo denunciar a deficiência da malha rodoviária americana.

Por isso, quando se tornou o 34º presidente dos Estados Unidos, em 1953, uma das primeiras grandes iniciativas de Ike foi criar a Lei de Ajuda Federal às Estradas de 1956: um projeto que, de 1956 a 1992, dotou o país de 66 mil quilômetros de rodovias duplicadas — as chamadas autoestradas, mais ágeis e seguras do que as vias de pistas simples. Hoje, a rede americana de autoestradas cruza o país em todas as direções, somando um total de 75 mil quilômetros.

Enquanto os Estados Unidos montavam um dos maiores sistemas rodoviários do mundo, o Brasil pouco fez. Temos apenas 11 mil quilômetros de estradas duplicadas, a maioria concentrada no centro-sul do país. Apenas o estado de São Paulo conta com uma densidade de autoestradas que se aproxima do caso americano.

Nove estados brasileiros não têm nenhum quilômetro sequer desse tipo de rodovia. No total, a malha brasileira é de 212 mil quilômetros de vias pavimentadas — quase um vigésimo da extensão americana, de 4,2 milhões.

Dotar o Brasil de uma infraestrutura do nível americano parece utópico — ainda mais contando com um governo que está embananado para levar a leilão um lote de 7.500 quilômetros de rodovias. Mas é possível tirar uma boa parte do atraso em temporelativamente curto.

EXAME teve acesso a um estudo inédito da consultoria Bain&Company com uma proposta factível e que melhoraria, em muito, a situação do transporte no país. O estudo defende a duplicação de 21 mil quilômetros de rodovias já existentes. Isso aumentaria a extensão de estradas com duas pistas para 32 mil quilômetros.

"Ainda é menos da metade da malha americana de autoestradas, mas já teríamos uma infraestrutura com qualidade mínima para atender a economia brasileira", afirma Fernando Martins, sócio da Bain&Company e autor do estudo.

O custo do empreendimento é calculado em 250 bilhões de reais — um quarto do valor gasto para a execução do plano de Eisenhower. As obras poderiam, pelo menos no campo da teoria, ser concluídas em até oito anos — desde que não parem nos velhos entraves burocráticos nem na demora excessiva para a obtenção de licenças ambientais.

Sendo mais realista, é razoável falar num prazo de 15 anos para a execução. Só para comparar: a China precisou de uma década para construir 2,5 milhões de quilômetros de estradas — com uma rede duplicada que equivale a oito vezes a nossa atual. Para driblar a ineficiência estatal, os 21 mil quilômetros de estradas seriam executados pela iniciativa privada.

É o mais indicado num país onde 87% das rodovias privadas são classificadas como boas ou ótimas, enquanto 66% das principais estradas públicas são consideradas ruins ou, no máximo, regulares. Segundo o estudo, 13 mil quilômetros poderiam ser privatizados na forma de concessões, gerando um investimento de 157 bilhões de reais, pagos pela cobrança de pedágios.

Nos trechos que passam por regiões menos desenvolvidas, o modelo adotado teria de ser o de parceria público-privada. O investimento nessa parte seria de 92 bilhões, dividido entre empresas e governo.

Ganho de produtividade

O efeito da melhoria do transporte rodoviário na economia seria expressivo. O aumento da taxa de investimentos previsto para o período de obras é de 0,9% ponto percentual por ano, e no produto interno bruto, de 1,25 ponto ao ano — um impulso precioso para um país que não tem conseguido crescer nem 3% ao ano.

As 100 maiores cidades brasileiras, entre elas 20 capitais, ganhariam ligação por rodovias duplicadas. "Capitais da Região Norte ficaram de fora porque seria caro incluí-las na proposta. Nesse caso, estradas de pistas simples podem atender à demanda", diz Martins.

Importante: o plano prevê que todas as rodovias próximas sejam ligadas por alças ou rodoanéis, como ocorre nos Estados Unidos, evitando o percurso entre cidades. Quem já ficou parado no trânsito da marginal Tietê, em São Paulo, tentando passar de uma estrada a outra, sabe a economia de tempo — e de paciência — que isso representa.

A lógica da escolha das rodovias a ser duplicadas é óbvia. As prioritárias são os corredores para o transporte da produção e para o abastecimento das áreas mais povoadas. O Brasil tem nas rodovias o principal meio de escoamento do que produz. Quase dois terços das cargas são distribuídos por caminhões.

Nos Estados Unidos, a proporção não chega a 30%. Nesse cenário, seria de esperar que o Brasil investisse em estradas de qualidade. Nada disso. Além de pequena, a malha brasileira é notória pelos buracos e pelos traçados com curvas perigosas, causadores de acidentes, lentidão e desgaste nos veículos.

A empresa de transporte de passageiros Itapemirim comparou durante um ano os custos de trafegar com seus ônibus em rodovias com boas e más condições de asfalto. O resultado: estradas ruins aumentam os custos em quase 15%. De acordo com a escola de negócios Fundação Dom Cabral, o país perde a cada ano 80 bilhões de reais com a infraestrutura rodoviária capenga.

"O Brasil tem deficiência em rodovias, hidrovias e ferrovias, mas, se tivesse de priorizar investimentos, teríamos de começar pelas estradas", diz Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Dom Cabral.

A pedido de EXAME, a Bain& Com pany fez uma simulação dos ganhos de produtividade no transporte de cargas entre Belém e São Paulo, rota quase obrigatória para as empresas da Zona Franca de Manaus que têm no Sudeste seu principal mercado ou usam portos da região para o comércio exterior.

Com a duplicação das rodovias Belém-Brasília e Brasília-São Paulo, haveria um ganho na velocidade média de 44 para 60 quilômetros por hora. A viagem, hoje feita em seis dias ao custo de 9.000 reais, passaria a ser feita em quatro dias, por 7.244 reais. A redução de custos compensa o gasto com pedágios, estimado em 696 reais.

"A economia de combustível e o desgaste menor de veículos, além do tempo livre que poderá ser utilizado para mais viagens, dão um ganho de produtividade de quase 12%", afirma Martins, da Bain. Na verdade, o ganho pode ser maior.

"Em épocas de chuva, um caminhão leva até dez dias saindo de Belém para São Paulo", diz Paulo Sarti, presidente da empresa de logística Penske na América do Sul. Para a produtora de eletrodomésticos Whirlpool, que tem fábrica em Manaus, os custos de frete chegam a 12% do custo final de um produto.

Nos Estados Unidos, os gastos da Whirlpool com frete não ultrapassam 3%. Culpa das estradas. Trazer um contêiner da China até Santos sai mais barato para a empresa do que levar uma carreta de Manaus para São Paulo — 8.000 ante 12.000 reais.

A proposta de criação de corredores novos atende um sonho de produtores de grãos do Centro-Oeste: acabar com a dependência dos portos do Sul. Hoje, como a saída pelo norte significa encarar estradas esburacadas e portos acanhados, a opção da maioria dos produtores é por enfrentar as filas nos distantes portos do Sul.

Quase 70% da exportação brasileira de soja, que em 2013 pode chegar a 38 milhões de toneladas, sai por Santos e Paranaguá. O volume gera um tráfego de 700.000 caminhões. "Se houvesse boas estradas rumo ao norte, certamente inverteríamos a matriz de escoamento", diz Rodrigo Koelle, gerente de logística da Cargill.

Segundo a Aprosoja, associação que reúne produtores de Mato Grosso, o frete de Sorriso (MT) a Santos sai por 320 reais a tonelada. O produtor de Illinois, estado da região central dos Estados Unidos, paga 40 reais para levar o produto a Nova Orleans, no oceano Atlântico, e 70 reais até Oregon, no Pacífico — a um "pulo" da China, maior comprador de soja do mundo.

"Essa diferença é riqueza que o Brasil perde", diz Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja. Está na hora de melhorar as estradas — e parar de perder riqueza pelo caminho.

sábado, 8 de junho de 2013

Goiânia: Agetop inicia duplicação das rodovias GO-403 e GO-020

08/06/2013 - Goiás Agora

A Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) já deu início à obra de duplicação da GO-403, entre Goiânia e Senador Canedo. Os 13 quilômetros a serem duplicados estão incluídos no programa Rodovida Construção, que investirá R$ 1,5 bilhão na construção de novas vias rodoviárias. “Esta semana estudamos também a construção de uma ciclovia. Os estudos iniciais demonstram que vai ser possível construir a ciclovia. Nós estamos trabalhando com a possibilidade de concluir a obra este ano”, ressalta o presidente da Agetop, Jayme Rincón.

Na GO-403 serão realizados os serviços de terraplenagem, pavimentação, construção de bueiro celular e construção de duas pontes sobre o Rio Meia Ponte. Também será construída passagem inferior e viaduto. Além disto, está prevista toda a iluminação da rodovia, com instalação de postes e luminárias de alto rendimento e eficiência energética. A obra está orçada em R$ 37,39 milhões.

A duplicação da GO-020, entre Goiânia e Bela Vista, anseio antigo da população devido ao grande fluxo de veículos de pessoas que moram em Bela Vista e trabalham em Goiânia e também do grande tráfego de caminhões, teve início há mais de 30 dias. A obra faz parte de projeto do Governo de Goiás de duplicar todas as rodovias estaduais que saem de Goiânia.

Os serviços previstos para a GO-020 são: terraplanagem e pavimentação asfáltica entre Goiânia e Bela Vista, construção de terceira faixa entre o viaduto da BR-153 e o autódromo de Goiânia e a construção de ciclovia entre o autódromo e Bela Vista. “Essa também será uma rodovia diferenciada, totalmente iluminada, no mesmo padrão de Goiânia a Inhumas, mas com o diferencial de que terá uma ciclovia”, explica Rincón. A obra está orçada em R$111,8 milhões.

Fonte: Goiás Agora

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Governo inaugura trecho duplicado da SP-101 em Hortolândia

04/06/2013 -  Portal Transporta Brasil, Victor José

Obra que contempla o trecho do km 11,4 ao km 14,6 recebeu investimentos de R$ 11,6 milhões; governador Geraldo Alckmin participou da cerimônia de inauguração e anunciou novas obras para a rodovia

Foi inaugurada nesta terça-feira (4/6) a duplicação de três quilômetros da rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), em Hortolândia. Foram investidos R$ 11,6 milhões no empreendimento, viabilizados pelo Programa de Concessão de Rodovias do Estado de São Paulo.

A obra, que contempla o trecho do km 11,4 ao km 14,6, também inclui a regularização dos acessos já existentes, implantação de passagem inferior na altura do km 13,5, instalação de duas passarelas de pedestres (no km 12 e no km 14,6) e implantação de quatro pontos de ônibus, no mesmo local das passarelas, duas em cada sentido da rodovia.

Durante o evento, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin anunciou o início das obras para a construção de uma nova alça de acesso no km 8,5, que deve iniciar em junho deste ano, com investimento de R$ 2,2 milhões, e o início de uma nova etapa de duplicação da SP-101, que abrangerá mais 11 quilômetros, entre Hortolândia e Monte Mor. Este novo trecho receberá investimento de R$ 39,2 milhões e deve gerar 400 empregos diretos e 750 indiretos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Duas novas faixas da Imies aumentam em 50% a capacidade da pista sentido capital

27/05/2013 - Assessoria de Imprensa 

Com a ampliação, Imigrantes passa a ser a rodovia com maior número de faixas do país

São Paulo, 27 de maio de 2013 - A capacidade de tráfego na pista sentido capital da Rodovia dos Imigrantes (SP-160) está sendo ampliada em 50% entre o km 26,2 e o km 39,7 hoje, com a inauguração da 5ª e 6ª faixas de rolamento. Isso representa aumento da capacidade para até mais de 4.000 veículos por hora no trecho. O tempo de viagem entre o Litoral e a Região Metropolitana de São Paulo pode ser reduzido em 15 minutos nos dias de tráfego intenso. O investimento total para a construção dos 13,5 quilômetros das 5ª e 6ª faixas no trecho foi de R$ 33,8 milhões.

A entrega da 6ª faixa (cujo investimento foi de R$ 13,9 milhões) ocorre cinco anos antes do previsto no cronograma do contrato com a concessionária Ecovias, que executou a construção, sob a fiscalização da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Pelo contrato, essa obra deveria começar em 2017, com entrega no ano seguinte. Já a conclusão da 5ª faixa (investimento de R$ 19,9 milhões), iniciada em maio do ano passado, ocorre no prazo estabelecido pelo cronograma. Participaram da cerimônia de entrega das novas faixas o governador Geraldo Alckmin, o Secretário de Logística e Transportes do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, e a diretora geral da ARTESP, Karla Bertocco Trindade.

O trecho com novas faixas vai da Interligação Planalto (km 39,7) até o acesso ao Trecho Sul do Rodoanel (km 26,2), área de tráfego intenso na volta dos feriados, pois parte dos veículos da Rodovia Anchieta (SP-150) utiliza a Interligação Planalto para seguir viagem pela Imigrantes. Após o km 26,2, a fluidez é maior, já que muitos motoristas seguem pelo Rodoanel. Atualmente passam pelo trecho ampliado 32,5 mil veículos por dia, em média. A inauguração das novas faixas vai garantir bons níveis de fluidez durante, pelo menos, nos próximos dez anos. Outros benefícios, além da redução no tempo de viagem, serão redução nos congestionamento e maior segurança aos usuários da rodovia.
A ampliação da pista ocorreu principalmente na parte interna da rodovia, com aterramento do canteiro central para adequação do talude, e adequações do sistema de drenagem, de dispositivos de segurança e da sinalização. As novas faixas de rolamento têm 3,6 metros de largura. Diferente do restante da obra, na altura do km 32, na Praça de Pedágio Piratininga, o alargamento ocorreu no lado externo, com escavação de talude. Houve ampliação de pontes e viadutos nos kms 28, 33, 35 e 38. Foram criados 300 empregos durante as obras.
Repasse de ISS. Além de viabilizar as obras, o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo também favorece os municípios cortados por rodovias da malha concessionada com o repasse de ISS-QN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). O imposto incide sobre a tarifa de pedágio desde 2000. Até o final de 2012, o repasse foi de R$ 117,9 milhões para Prefeitura de São Bernardo do Campo, município onde se localiza o trecho da Imigrantes em que foram entregues a 5ª e 6ª faixas da pista norte. Só em 2012 foram R$ 17,4 milhões repassados ao município. A transferência é feita para 256 prefeituras, proporcionalmente à extensão da rodovia que atravessa o município.


Assessoria de Imprensa 
Secretaria Estadual de Logística e Transportes 
(11) 3702-8111 - 8116

Um sonho que começa a se tornar realidade.

13/12/2012 - Altamira Hoje

O Deputado Zé Geraldo PT Presta informações em sua pagina na internet, sobre as obras de asfaltamento da Transamazônica, trecho Medicilândia/Itaituba; e o asfaltamento da Santarem/Cuiabá, trecho entre Rurópolis e Campo Verde; informa o deputado que as obras já foram licitadas e as empresas vencedoras já iniciaram os procedimentos para os licenciamentos necessários ás suas execuções.

Todas as empreiteiras aproveitarão este período de chuvas para resolver tais procedimentos legais que envolvem desde licenciamentos, de instalação de canteiros e licenciamentos de jazidas de britas, até a visita ás diversas aldeias indígenas para que sejam, providenciadas as ações mitigadoras pelos impactos das obras a esses povos indígenas. Sendo assim, se tudo ocorrer bem, logo no início do verão do ano que vem as máquinas estarão a pleno vapor espalhando o tão esperado asfalto.

Os trechos das rodovias foram divididos em 4 subtrechos a saber: Diz Zé Geraldo

1 - Na Rodovia Transamazônica Trecho Medicilândia/Uruará, num total de 83,10 km, as obras serão executadas pela empresa Sanches Tripoloni;

2 – Na rodovia Transamazônica trecho a PA 370 a Rurópolis, num total de 83,12 km, as obras serão tocadas pelo Consórcio formadas pelas empresas Mac, Vilasa e Pavotec;

3 – Na rodovia Trasamazônica trecho entre Placas e Rio Cupari, num total de 82,77, as obras ficaram também a cargo do Consórcio Mac-Vilasa-Pavotec;

4 – Na Rodovia Santarém/Cuiabá, trecho entre Campo Verde e Rurópolis, num total de 112,67 km, o asfaltamento será feito pelo consórcio formado pelas empresas Sanches Tripoloni, Benito Roggio e Hijos S.a e Consol.

domingo, 12 de maio de 2013

Empresas de ônibus criticam subsídio do governo para aviação regional

10/05/2013 - Folha de SP

O plano do governo federal de subsidiar passagens aéreas para impulsionar a aviação regional no país é criticado por executivos das empresas de ônibus.

O setor de transporte rodoviário diz que o governo age com desigualdade e que, se o subsídio deixar o preço das passagens aéreas perto do cobrado no transporte rodoviário, como afirmou a presidente Dilma Rousseff (PT) na semana passada, haverá risco de demissões.

"Ninguém vai pegar ônibus para andar três horas se puder pegar avião e voar por 40 minutos", afirma José Luís Teixeira, diretor-executivo da Viação Garcia, quarto maior grupo do setor no país.

Para Paulo Porto Lima, diretor da Abrati, associação nacional que reúne 130 empresas de ônibus, o plano de subsídios do governo é "preocupante" e "desanimador".

"Somos um país carente de tudo, até que ponto justifica um subsídio agora para o setor aéreo?", questiona Lima, que também dirige o grupo Guanabara, que reúne seis empresas rodoviárias.

O plano de subsídios ao setor aéreo vem sendo preparado pelo governo federal desde o fim do ano passado, quando foi anunciado um pacote para a aviação regional.



TEMA DE DILMA

Nos últimos dias, o assunto virou tema frequente nas declarações públicas feitas pela presidente Dilma.

Na semana passada, primeiro ela falou sobre o tema em Campo Grande (MS). "Vamos subsidiar assentos dos aviões para que se tornem competitivos. Nós pagamos a diferença entre a passagem de ônibus e o preço médio da passagem de aviação."

Promessa semelhante foi feita depois, durante visita a Uberaba (interior de Minas).

De acordo com o projeto que foi colocado em consulta pública pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência, o governo planeja subsidiar passagens em voos regionais em até 50% dos assentos existentes em cada aeronave --com limite de 60 por voo.

PREÇOS EQUIPARADOS

O consultor técnico da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Adalberto Febeliano, afirma que, ao contrário do que dizem os representantes do setor rodoviário, não se trata de favorecimento à aviação.

Ele diz que o projeto leva em conta locais onde há baixa densidade de tráfego, nas quais, se não houver apoio do governo, jamais haverá transporte aéreo devido ao custo alto de operação, o que eleva o valor das passagens.

"Do contrário, cidades pequenas e médias vão ficar para sempre sem serviço aéreo", afirma. "A acessibilidade aérea garante um raio de ação muito maior do que a acessibilidade terrestre", diz ele.

Setor rodoviário pede igualdade e fim do ICMS em passagens

Paulo Porto Lima, diretor da Abrati (associação das empresas de ônibus), cobra ainda igualdade na tributação com as companhias de aviação.

Desde 2002, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), não há mais incidência de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a passagem de avião.

Desde então, o setor rodoviário ingressou com ação de inconstitucionalidade pedindo a extensão do benefício.

O ICMS médio cobrado sobre as passagens é de 18%, afirma Lima. "O fim da cobrança [do imposto] acarretaria em imediata redução no preço das passagens."

O STF não se pronunciou sobre as queixas de demora. O governo federal também não falou sobre as críticas feitas pelo setor.