quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Boom de licitações atraem construtoras estrangeiras

27/01/2013 - Estado de S. Paulo

A forte depressão da economia europeia e o aperto fiscal nas contas públicas fizeram as construtoras estrangeiras atravessarem o oceano para disputar novos negócios no Brasil. De olho na extensa lista de obras que será licitada neste e nos próximos anos, elas desembarcaram no País com apetite redobrado e já somam contratos superiores a R$ 10 bilhões. Até agora, as empresas mais ativas são as espanholas Isolux Corsán, Acciona e Copasa.

A carteira de projetos dessas companhias inclui grandes empreendimentos como quatro lotes do Rodoanel Trecho Norte de São Paulo, a linha de transmissão entre Macapá e Manaus, as BRs 116 e 324, a linha 4 do metrô de São Paulo e os quebra-mares do superporto do Açu, do empresário Eike Batista.

Apesar das limitações da legislação local para a entrada de construtoras estrangeiras no País, a expectativa é que a lista aumente com os novos pacotes de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, lançados no segundo semestre do ano passado. Além disso, no ano que vem deverá ser licitada a obra do Trem de Alta Velocidade (TAV), que exigirá empresas com experiência nesse tipo de projeto.

A Copasa, que acaba de vencer um lote do Rodoanel Trecho Norte em parceria com a brasileira Constran, já avisou que está estudando um consórcio com empresas espanholas para participar da licitação.

Segundo o presidente executivo da companhia no Brasil, Hermenegildo Moreno, há muitas oportunidades de negócios no Brasil. Antes do Rodoanel, a empresa já havia construído um empreendimento imobiliário na Bahia, além de vencer a licitação de um terminal rodoviário em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

No pequeno escritório instalado no bairro do Pacaembu, na capital paulista, ele destacou que a empresa está de olho em tudo, especialmente nos projetos ferroviários e rodoviários que serão licitados neste ano. "Na Espanha, a situação está muito complicada. Uma saída natural é o Brasil, onde o volume de obras é muito grande."

Mais do que vontade de ampliar as fronteiras, a entrada no Brasil é uma salvação para as estrangeiras, que precisam aumentar a receita em queda na Europa. A licitação internacional do Rodoanel Trecho Norte, por exemplo, demonstrou essa necessidade. O processo contou com 18 companhias estrangeiras, entre espanholas, italianas, portuguesas, francesas, argentinas e coreanas. As estrangeiras levaram quatro dos seis lotes.

Investimento. Sozinha, a espanhola Acciona arrematou dois lotes da obra, cujos investimentos somam R$ 1,4 bilhão. A empresa já participa de outros projetos no Brasil e frequentemente tem sido vista nos leilões de concessão do governo federal. Um dos primeiros foi a concessão da BR-393, licitada em 2007 pelo então presidente Lula. A companhia também conquistou importantes contratos com a empresa de Eike Batista para construção de um estaleiro e de quebra-mares no superporto do Açu. No total, os projetos no País somam algo em torno de R$ 3,5 bilhões.

Tão agressiva como a Acciona, a Isolux Corsán foi além. Transferiu a sede para o Brasil e abocanhou projetos estratégicos do governo paulista. Além do Rodoanel, cujo contrato soma R$ 647 milhões, a empresa também é responsável pela construção da linha 4 do metrô de São Paulo e da linha de transmissão que vai ligar Manaus e o Amapá ao sistema interligado. A espanhola tem cerca de R$ 5 bilhões em contratos no Brasil.

A presença de construtoras estrangeiras no País, no entanto, já desperta mal-estar entre as empresas nacionais. "Algumas estão praticando preços muito baixos e, no fim, não vão entregar o que prometeram", afirma o presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio.

Ele se refere ao caso da espanhola OHL (comprada pela conterrânea Abertis), que arrematou 5 dos 7 lotes de rodovias federais, mas não cumpriu o cronograma de investimentos.

Outro executivo do setor de construção civil, que prefere não se identificar, lembra que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) contratou a chinesa Citic para construir uma coqueria e teve complicações. Apesar disso, as asiáticas continuam rondando o País para tentar expandir os negócios por aqui. Diferentemente de espanhóis, italianos e portugueses, os chineses têm problemas de adaptação por causa da língua e da cultura.

A maioria das empresas estrangeiras acaba trazendo toda a equipe de diretoria para comandar as obras no País. Por isso, os chineses têm mais dificuldade. A espanhola Copasa já começou a selecionar a equipe que virá para o Brasil comandar as obras do Rodoanel. Além de diretores, ela trará engenheiros. "Na Espanha sobra esse tipo de profissional. Aqui, falta", diz Moreno.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Alckmin autoriza convênio para construção de ponte estaiada em Salto

26/12/2012 - Governo SP

Estrutura sobre o Rio Tietê integra complexo viário de interligação que receberá investimentos de R$ 21,6 milhões

O governador Geraldo Alckmin autorizou nesta quarta-feira, 26, o convênio entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Logística e Transportes (SLT), e a Prefeitura de Salto para execução das obras de construção da ponte estaiada sobre o Rio Tietê.


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"Vim autorizar uma grande obra viária e turística para Salto e região, que é a nova Ponte Estaiada, a nova ponte sobre o rio Jundiaí, a interligação entre as duas pontes e a entrada da Ponte Estaiada, com mais uma duplicação de 800 metros. Itu-Salto já foi duplicado, a obra de Itu-Sorocaba também está sendo feita. Em mais 30 dias teremos a entrega do novo trevo de acesso à cidade na SP-079", destacou o governador Geraldo Alckmin.


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A nova ponte sairá do trevo da Rodovia Convenção Republicana (SP-079) e dará acesso ao município de Salto, sendo construída próximo à ponte antiga. Além disso, serão executadas obras para duplicação do trecho da rotatória até a ponte, construção de outra ponte sobre o Rio Jundiaí e duplicação da pista de ligação entre as duas pontes, o que formará um complexo viário de interligação. A construção de um elevador panorâmico também está previsto no pacote de obras.

O Governo do Estado investirá R$ 15.837.000,00. O Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade), órgão ligado à Secretaria de Turismo do Estado, realizou o repasse de R$ 5.745.000,00 para a prefeitura da estância turística. Totalizando investimentos previstos na ordem de R$ 21.582.000,00.

A previsão é de que o edital de licitação para contratação das obras seja publicado em janeiro de 2013. E o início das obras está previsto para maio de 2013, com prazo de execução de 18 meses.

Do Portal do Governo do Estado