quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Empresas usam brecha e apressam pedágio

19/02/2015 - Grandes Construções

Concessionárias duplicam trechos ermos e com poucos acidentes para cumprirem meta e começarem a cobrar. Regra exige 10% das obras concluídas em um ano, mas permite que administradoras escolham onde começar

Fonte: Folha de São Paulo

BR 040

Concessionárias que assumiram rodovias federais leiloadas em 2013 escolheram trechos fáceis e com baixo índice de acidentes para fazer a duplicação obrigatória antes da cobrança do pedágio. Levantamento da Folha mostra que os 268 quilômetros de obras de duplicação estão, quase em sua totalidade, em locais que registram os menores volumes de tráfego. A grande maioria também teve menos acidentes que outros pontos não duplicados. No total, cinco concessões vão iniciar a cobrança em março. Até o fim do ano, 46 novas praças de pedágio já estarão em funcionamento nessas estradas. Pela regra do leilão, a empresa teria que duplicar 10% do trecho de pista simples em um ano para iniciar a cobrança (o restante deve ser duplicado nos quatro anos seguintes).

Mas o governo deixou a cargo das companhias escolher por onde iniciar as obras. As empresas acabaram elegendo locais onde a construção seria mais fácil devido ao baixo tráfego. São áreas ermas e longe de regiões com potenciais problemas de licenciamento ambiental, responsabilidade do governo. Fazendo dessa forma, as obras estão aceleradas e deverão cumprir o prazo. O resultado pode ser melhor que o das concessões de 2007, cujos cerca de 400 quilômetros de duplicação previstos ainda não foram concluídos. Mas os motoristas que pagarão o pedágio em toda a via ainda terão muitos pontos não duplicados com alto volume de tráfego e, consequentemente, com retenções.

PAGAR PRA VER

"Vamos pagar primeiro para depois ter o benefício", reclamou o caminhoneiro Willi Waiandt. Segundo ele, novos pedágios deverão levar quase 10% do valor do frete que ele cobra do Espírito Santo para o Centro-Oeste. Com a defasagem dos preços, ele teme prejuízo. "Daqui a pouco vou trabalhar só para pagar diesel e pedágio."

No trecho em duplicação onde o caminhoneiro passava na BR-040 em Goiás, no fim de janeiro, os estudos mostraram que passavam cerca de 4.700 veículos por dia em 2012. Outros pontos não duplicados da mesma estrada tinham até 13,7 mil.

Num trecho da concessão que inclui as BRs 060, 153 e 262, o volume de tráfego numa área escolhida para obras era de menos de mil veículos diários, enquanto regiões com tráfego de 12 mil carros/dia esperarão por duplicação.

Minas Gerais foi o Estado mais prejudicado por essa política permitida pelo governo. Das 46 novas praças de pedágio, que cobrarão cada uma de R$ 3 a R$ 5 por eixo, 21 ficarão no Estado (46%). Mas, dos 268 quilômetros duplicados, só 75 (28%) estão em Minas --em geral, em regiões com baixa densidade.

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais, Vander Francisco Costa, diz que, num primeiro momento, as empresas arcarão com um custo maior no frete sem o benefício da duplicação. Mas, afirma, houve melhorias nos outros trechos.

"Agora nós temos que estar vigilantes para que o contrato seja cumprido", diz.

MORTES

Além de não estarem nos trechos mais congestionados, as obras estão em setores menos perigosos das rodovias.

Em 2013, o número de acidentes registrados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) nos 4.200 quilômetros de rodovias concedidas foi 14.886.

Somados, os trechos em duplicação representam 6,3% da extensão da estrada (já havia trechos duplicados). Porém, eles registram apenas 337 acidentes, 2,3% do total.

Segundo o inspetor Edson Nunes, chefe da divisão de planejamento operacional da PRF, duplicação é essencial para reduzir o acidente que mais mata, a colisão frontal.

Na BR-040 em Minas, em 2013 ocorreram 160 colisões frontais (3,5% dos acidentes do trecho). Mas elas mataram 91 pessoas, ou 40% das mortes na via. No único trecho em duplicação da estrada em Minas não houve acidente fatal. Para Nunes, as obras poderiam "aliar eficiência a eficácia na redução de mortes".

CCR MSVia lança folheto com mapa estilizado da BR-163/MS para orientar usuários

19/02/2015 - Grandes Construções

Fonte: Assessoria de Imprensa

A CCR MSVia está distribuindo gratuitamente aos usuários um folheto de localização com várias informações sobre a BR-163/MS e sua área de influência. O impresso reproduz com mais informações o mapa que é inserido na Revista CCR MSVia.

Produzido em papel couchet 115 gramas, o folheto colorido tem três dobras, medindo 15 centímetros de altura por 14,3 centímetros de largura quando fechado e 42 centímetros de comprimento por 29,7 centímetros de largura quando aberto.

Em uma das faces, o folheto traz um mapa estilizado de Mato Grosso do Sul com destaque para o traçado da rodovia desde Mundo Novo (no Sul, na divisa com o Paraná) até Sonora (no Norte, na divisa com Mato Grosso).

O mapa mostra a localização das 17 Bases Operacionais Serviço de Atendimento ao Usuário, dos postos de fiscalização da PRF, Polícia Rodoviária Federal, além de acessos para cidades do Estado, com destaque para os municípios cortados pela BR-163/MS.

Um quadro mostra todos os nomes e os quilômetros de acesso das cidades lindeiras e a distância em que elas ficam em relação à rodovia (cinco cidades localizam-se entre seis e 69 quilômetros de distância da BR-163/MS). Outro quadro indica as distâncias entre as cidades, permitindo ao motorista calcular o tempo de viagem.

O folheto também traz um desenho retigráfico da rodovia, indicando as mesmas informações do mapa, mas de maneira simplificada.

Os informativos foram impressos em Campo Grande e estão sendo distribuídos nas Bases Operacionais e pelas viaturas do SAU, bem como em ações institucionais da empresa.

Serviço de Atendimento ao Usuário


Criado exclusivamente para atender aos motoristas, passageiros e pedestres que transitam pela BR-163/MS, o SAU envolve cerca de 500 colaboradores, dos quais, 259 profissionais especializados na área de APH-Atendimento Pré-hospitalar (entre eles 35 médicos em plantões 24 horas). As equipes trabalham distribuídas por 17 Bases Operacionais localizadas, em média, a cada 50 quilômetros da rodovia, e operam em regime de turnos.

Os colaboradores contam com uma frota composta por 12 ambulâncias-resgate, 05 unidades móveis de terapia intensiva, 04 VIRs (Viaturas Médicas de Intervenção Rápida), 08 guinchos pesados, 17 guinchos leves, 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço, entre outros.

USAR NA REVISTA COMO LEAD

Desde que começou a operar na rodovia BR-163/MS em Mato Grosso do Sul há três meses, a CCR MSVia vem oferecendo aos usuários vários recursos que visam proporcionar mais comodidade e segurança ao trafegar pela via, a exemplo do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), dos Painéis Eletrônicos de Mensagens Variáveis (PMVs), distribuição de folhetos e realização de campanhas educativas e de prevenção.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

MG: Terminal Rodoviário de Resende Costa encontra-se fechado, causando transtorno aos resende-costenses


17/10/2015 - Jornal das Lajes

Por Vanuza Resende

Terminal Rodoviário de Resende Costa, inaugurado em 1996, encontra-se fechado. Foto Vanuza Resende

O Terminal Rodoviário José Pedro dos Santos, a Rodoviária de Resende Costa, inaugurado em novembro de 1996, encontra-se fechado. A cidade, que recebe turistas o ano inteiro, ainda não possui estrutura (espaço, atendente etc.) que possa acolher e informar aos turistas e a outras pessoas interessadas os horários de linhas de ônibus. Além disso, os passageiros que desembarcam no Terminal não encontram sequer uma lanchonete ou banheiro disponíveis.

A falta de estrutura do terminal rodoviário não é um problema recente. Em agosto de 2011 o Jornal das Lajes publicou reportagem denunciando alguns problemas enfrentados por motoristas de ônibus e passageiros, como falta de cobertura e escassez de bancos no terminal de embarque e desembarque.

Já há algum tempo a rodoviária encontra-se totalmente fechada e a prefeitura aluga o espaço. O último edital aberto para a utilização do espaço não contou com nenhuma pessoa interessada. O prefeito Aurélio Suenes falou sobre a situação em que se encontra o terminal rodoviário: “A gente encontra dificuldades para achar pessoas interessadas em conduzir aquele espaço”. De acordo com o prefeito, a prefeitura não tem condições de assumir o gerenciamento da rodoviária. “Não temos funcionários com disposição de horários para trabalhar sábado, domingo e feriados, o que geraria um custo considerável para a prefeitura, e não teríamos retorno. A prefeitura não pode comercializar um bar, por exemplo.”

Segundo o prefeito, não existe previsão para ampliação ou até mesmo mudança de endereço do terminal. No entanto, Aurélio disse que pequenas mudanças serão feitas ainda no próximo mês, como: troca de vidros quebrados e aplicação de nova pintura para tornar o ambiente mais adequado ao uso. Em breve um novo edital será lançado visando ao aluguel do espaço.

Ermes Inácio dos Reis, motorista da empresa Presidente, que faz a linha Resende Costa/São João del-Rei, acredita que o tamanho da rodoviária atende às necessidades da cidade. Segundo ele, o problema encontra-se no fato de o terminal encontrar-se fechado. “Os passageiros que vêm de São João del-Rei ou de Belo Horizonte sentem falta, principalmente, de um banheiro para uso.” Para Ermes, o endereço onde se encontra a rodoviária de Resende Costa não é o ideal. Para ele o local ideal seria no bairro Asfalto, na entrada da cidade. Caso o terminal tivesse como endereço a entrada da cidade, Ermes sugere a criação do transporte coletivo (lotação), possibilitando aos passageiros deslocarem-se a outros bairros e ao centro da cidade. “Resende Costa cresceu muito nos últimos anos e a cidade precisa de um transporte como a lotação”, diz Ermes, que trabalha há 18 anos na linha Resende Costa/São João del-Rei.

Iremar Basílio do Carmo, morador do bairro Várzea, é a favor da permanência da rodoviária no local onde ela se encontra. Em 1996 ele organizou um abaixo assinado contendo 883 assinaturas para que ela fosse construída no endereço atual. Iremar acredita que o terminal deve ser mantido no mesmo local, pois, segundo ele, a localização possibilita aos passageiros se deslocarem para vários lugares da cidade. De acordo com Iremar, “a rodoviária faz muita falta, principalmente, para os moradores da zona rural, que não encontram um lugar adequado para esperar pela saída do ônibus, tendo que ficar no sol ou na chuva aguardando o horário”. A rodoviária fechada prejudica também os comerciantes varejistas, conforme aponta Iremar: “Alguns varejistas que compram produtos artesanais para revender vêm de ônibus e, mesmo que não seja a maioria, vai atender algumas pessoas”. Iremar opina que uma melhor divulgação do edital para encontrar pessoas interessadas em explorar o espaço comercial do terminal seria a solução para o impasse, que vem afetando moradores da cidade e turistas.

Uma moradora da Zona Rural de Resende Costa, que preferiu não se identificar, esperava desde as 14h00min pelo ônibus no qual embarcaria às 15h30min. Para ela é um transtorno não ter um lugar confortável e limpo enquanto aguarda a chegada do ônibus. Sem um espaço adequado para colocar suas compras e mochilas, ela pede providências: “Todos os meses a gente tem que vir a Resende Costa para resolver as nossas coisas, e chega aqui na rodoviária não encontramos um banheiro para usar e água para tomar; tomara que eles arrumem isso aqui”.