quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Governo anuncia a duplicação de mais 160 quilômetros da BR-101 no Rio de Janeiro

22/12/2010 - DNIT

Obra será executada pelo DNIT, que inicia restauração do trecho Paraty-Angra dos Reis no próximo mês

Governo anuncia a duplicação de mais 160 quilômetros da BR-101 no Rio de Janeiro
BR-101/RJ, km 403

O Governo Federal, por intermédio do DNIT, vai duplicar mais um trecho da BR-101 no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, durante a inauguração das obras de duplicação da BR-101 entre a avenida Brasil e o acesso a Itacuruçá, nesta terça-feira(21). Na cerimônia, o ministro também anunciou as obras de revitalização da Avenida Brasil e o início dos serviços de restauração da BR-101 entre Paraty e Angra dos Reis. Com cerca de 100 quilômetros de extensão, os serviços neste segmento somam investimentos de cerca de R$ 60 milhões e devem começar no próximo mês.

A duplicação de mais esses 160 quilômetros da BR-101, entre Itacuruçá e a divisa com São Paulo, está prevista no PAC 2. O DNIT deve licitar o projeto já no próximo ano. Após essa fase, será licitada a execução dos serviços e a expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda em 2011. No caso da revitalização da Avenida Brasil, a Autarquia está concluindo o Termo de Referência para, em seguida, dar início ao processo de licitação do projeto.

BR-101 – Foi inaugurada nesta terça-feira (21) a duplicação do trecho de 25 quilômetros da BR-101, no Estado do Rio de Janeiro. Os serviços foram realizados entre o entroncamento com a Avenida Brasil e o acesso a Itacuruçá, em conjunto com o acesso ao Porto de Itaguaí. O trecho faz parte do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, empreendimento incluído no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, com orçamento de R$ 245 milhões.

A duplicação deste segmento da rodovia garante o aumento da capacidade e segurança do trânsito, com a implantação de novas interseções em dois níveis, pontes e viadutos, ruas laterais e passarelas, assim como a restauração da pista existente do Acesso ao Porto. 

Também participaram da cerimônia de inauguração da BR 101 o diretor de infraestutura rodoviária do DNIT, Hideraldo Caron, e o superintendente regional do DNIT no Rio de Janeiro, Marcelo Cotrim.

ASSESSORIA DE IMPRENSA / DNIT

Inaugurada duplicação de 26 km que levou 4 anos

22/12/2010 - O Globo

Mesmo estando a quilômetros de distância, na Estação Baiana do teleférico do Complexo do Alemão, o presidente Lula participou, por transmissão simultânea, da inauguração de duplicação da Rodovia Rio-Santos, entre Santa Cruz e Itacuruçá. As obras nestes 26 quilômetros, que se arrastaram por quatro anos, custaram R$ 245 milhões, com recursos do PAC. 

No telão, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, direto da estrada, anunciou ao público presente no Alemão que outros 160 quilômetros da BR-101 Sul serão duplicados e que fará uma reforma geral da Avenida Brasil. 

"No PAC 2 já está prevista a duplicação desde Mangarati-ba até a divisa entre o Rio e São Paulo. Portanto, mais 160 quilômetros. Por outro lado, também estão contidas no PAC 2 as obras de ampliação de capacidade da Avenida Brasil, de Santa Cruz até o Caju. Vamos repaginar a avenida, que é o grande portal de entrada do Rio", disse o ministro.

O governador Sérgio Cabral ressaltou que a duplicação significará desenvolvimento econômico e turístico. "Não foi uma obra fácil. Exigiu muitas pontes, muitas desapropriações. Não é fácil tirar uma obra dessas do papel. Como político, em 20 anos, ouvi vários presidentes prometerem essa obra e não fazerem", destacou.

Lula diz que conheceu a estrada antes da obra

O presidente Lula contou que conheceu a estrada de perto antes da duplicação. "Lembro que quando fui na casa do Sérgio, em Mangaratiba, choveu, e o helicóptero não pôde nos buscar. Fui de carro e vi como estava a rodovia"

O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) vai licitar, em 2011, o projeto executivo para a duplicação de Itacuruçá até Paraty, que será feito ao longo de 18 meses. Em janeiro, o Dnit dá início às obras de restauração do trecho de 100 quilômetros entre Angra e Paraty. Os novos prazos foram anunciados ontem pelo superintendente do Dnit no Rio, Marcelo Cotrim.

"As obras de restauração do trecho Angra-Paraty são muito importantes porque o estado da rodovia naquele trecho, onde fica a usina nuclear, está muito ruim. As obras já foram licitadas e começam imediatamente", afirmou.

O projeto executivo da nova duplicação vai abranger somente o primeiro lote, entre Itacuruçá e o entroncamento com a RJ-155 (Angra-Lídice), logo após o trevo de acesso a Angra. Além de atender ao turismo, a duplicação também vai atender ao movimento do novo aeroporto que será construído no Sul Fluminense e ao Porto de Angra dos Reis, que está sendo ampliado e modernizado.

"O Dnit não pode descuidar um minuto da conservação do trecho entre Itacuruçá e Angra, onde a fragilidade da encosta favorece os escorregamentos de terra", alertou o prefeito de Angra, Tuca Jordão.

No RS, Lula inaugura duplicação da BR-101 e túneis do Morro Alto

22/12/2010 - CNT

A nove dias de encerrar o governo, o presidente Lula dá sequência às inaugurações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesta quarta-feira (22), ele esteve no município de Maquiné, no Rio Grande do Sul, para entregar oficialmente 88 km de duplicação da BR-101 e dois túneis do Morro Alto.

“A minha vinda aqui é uma vinda quase que de birra. Eu tinha que inaugurar esse túnel”, afirmou o presidente em seu discurso. Segundo ele, foram muitas as dificuldades enfrentadas pelo governo para finalizar a obra. “Até a perereca paralisou a obra porque estava em extinção”, relembrou. 

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), as obras neste trecho da BR-101 tiveram início em 2006 e resultaram na construção de uma nova faixa e da restauração da pista antiga. 

Já os dois túneis, que receberam R$ 194 milhões em investimentos, reduziram em 11 km a ligação entre o Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros. Para o prefeito de Maquiné, Alcides Scussel, as obras vão “diminuir acidentes e reduzir o trânsito, antes dominado por caminhões pesados e muitas curvas”. 

Os novos túneis contam com sistemas operacionais e de segurança, formados por um Controle Central de Operação, sistema de telefonia, sistema de comunicação interna e 20 câmeras de monitoramento por túnel.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, analisou as melhorias da malha rodoviária do país nos últimos anos. “O quadro geral da malha rodoviária do país apresentava 43% de rodovias em estado regular e 15% em bom estado. Hoje temos 61,7% das estradas em bom ou ótimo e 23% em situação regular, o que significa um quadro completamente diferente”, comemora. 


Érica Abe
Redação CNT



Ministro dos Transportes anuncia obras na Rio-Santos até Paraty e repaginação da Avenida Brasil

21/12/2010 - O Globo - Taís Mendes e Paulo Roberto Araújo

RIO - RIO - O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, anunciou na terça-feira que outros 160 quilômetros da Rodovia Rio-Santos serão duplicados. Foi durante a cerimônia de inauguração do trecho entre Santa Cruz e Itacuruça, da Rio-Santos, que foi duplicada. Passos afirmou ainda que fará uma reforma geral da Avenida Brasil.

- No PAC 2 já está prevista a duplicação desde Mangaratiba até a divisa entre o Rio e São Paulo. Portanto, mais 160 quilômetros. Por outro lado, também estão contidas no PAC 2 as obras de ampliação de capacidade da Avenida Brasil, de Santa Cruz até o Caju. Vamos repaginar a avenida, que é o grande portal de entrada do Rio - disse o ministro.

O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) vai licitar, em 2011, o projeto executivo para a duplicação de Itacuruçá até Paraty, que será feito ao longo de 18 meses. Em janeiro, o Dnit dá início às obras de restauração do trecho de 100 quilômetros entre Angra e Paraty. Os novos prazos foram anunciados ontem pelo superintendente do Dnit no Rio, Marcelo Cotrim.

- As obras de restauração do trecho Angra-Paraty são muito importantes porque o estado da rodovia naquele trecho, onde fica a usina nuclear, está muito ruim. As obras já foram licitadas e começam imediatamente - afirmou.

O projeto executivo da nova duplicação vai abranger somente o primeiro lote, entre Itacuruçá e o entroncamento com a RJ-155 (Angra-Lídice), logo após o trevo de acesso a Angra. Além de atender ao turismo, a duplicação também vai atender ao movimento do novo aeroporto que será construído no Sul Fluminense e ao Porto de Angra dos Reis, que está sendo ampliado e modernizado.

- O Dnit não pode descuidar um minuto da conservação do trecho entre Itacuruçá e Angra, onde a fragilidade da encosta favorece os escorregamentos de terra - alertou o prefeito de Angra, Tuca Jordão.

O anúncio do ministro foi assistido no telão da Estação Baiana do teleférico do Complexo do Alemão, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participava de um teste no teleférico.

- Lembro que quando fui na casa do Sérgio, em Mangaratiba, choveu, e o helicóptero não pôde nos buscar. Fui de carro e vi como estava a rodovia - disse o presidente via telão.

A inauguração do trecho de 26 quilômetros duplicados da Rio-Santos acontece quatro anos após o início das obras, e custaram R$ 245 milhões, com recursos do PAC. O governador Sérgio Cabral, que estava no Complexo do Alemão com Lula, ressaltou que a duplicação significará desenvolvimento econômico e turístico:

- Não foi uma obra fácil. Exigiu muitas pontes, muitas desapropriações. Não é fácil tirar uma obra dessas do papel. Como político, em 20 anos, ouvi vários presidentes prometerem essa obra e não fazerem - destacou.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cobrança de pedágio na BR 324 começa no próximo dia 28

21/12/2010 -Estradas.com.br

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou à VIABAHIA o início da cobrança de tarifa de pedágio na Praça de Amélia Rodrigues, na rodovia BR 324. 

A cobrança será iniciada no dia 28 de dezembro de 2010. A unidade será gerida pela VIABAHIA Concessionária de Rodovias S/A, que administra desde outubro de 2009 o trecho da BR 324 entre Salvador e Feira de Santana, bem como o trecho da BR 116 entre Feira de Santana e a divisa com o estado de Minas Gerais. 

Seguindo o mesmo critério adotado na BR 116, a tarifa foi calculada de acordo com o contrato assinado com o Governo Federal, que estipula que o valor oferecido no leilão seja corrigido pela variação do IPCA de dezembro de 2005 a dezembro de 2010. Para automóvel, o valor é de R$1,60.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Infraestrutura ganha foco no PR

20/12/2010 - Webtranspo

Dnit intensifica projetos de estradas

Nos últimos meses, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) intensificou as licitações públicas no Estado do Paraná.

De acordo com informações do órgão, 17 editais estão em andamento desde o mês março. O valor destes projetos ultrapassa a cifra de R$ 620 milhões.

Já o número de editais previstos, entre licitações para obras, supervisões e projetos, é estimado em 65 nos próximos meses. Investimento esse, segundo o Dnit, vem ao encontro das necessidades em infraestrutura rodoviária para o Paraná, criando novas rotas para o tráfego e melhorando ou ampliando as já existentes.

“Com o apoio da nossa Diretoria Colegiada e das demais diretorias técnicas do DNIT em Brasília, conseguimos atender diferentes demandas no Estado, algumas delas reivindicadas há muito tempo”, diz José da Silva Tiago, superintendente regional.

Um exemplo disso é a licitação da BR-487, conhecida como Rodovia Boiadeira, na região Oeste do Paraná, que começou a sair do papel. Um trecho da estrada entre os municípios de Cruzeiro do Oeste e Guaraitava está com a licitação em andamento na fase de análise de propostas.

Implantação

A construção de um novo trecho da BR-158, entre Roncador e Palmital, no Oeste do Estado paranaense se encontra em fase de construção. A implantação prevê também a construção de uma ponte sobre o Rio Cantu, licitada separadamente. Após a conclusão das obras, a BR-158 se tornará uma alternativa para a interligação Sul – Sudeste e Sul – Centro Oeste do País.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A história da BR-364. Mais um feito épico de JK!

24/12/2006 - postado por BR-364 no Thread BR-364

Sei que muitos não se interessam pela história de outros estados que não o seu próprio, mas essa aqui eu resolvi postar porque eu acho muito interessante. Mostra um pouco do que era viver em Rondônia a não muito tempo atrás (e até hoje se vive assim em alguns lugares da Amazônia), do quanto um governante de um estado pequeno precisa ser ousado pra conseguir uma obra importante pra seu estado e principalmente da coragem e empreendedorismo que marcaram os anos JK.

Esse texto e algumas fotos foram retirados deste site: http://www.ronet.com.br/marrocos/br29.html

Espero que gostem! 
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Brasília, 02 de fevereiro de 1960.

Paulo Nunes Leal, Governador de Rondônia em 1960: Sr. Presidente!
JK: Diga Paulo!
PL: O Sr. já ligou Brasília ao Centro-Sul, ao Nordeste e a Belém. Por que o Sr. não faz o outro braço da cruz, ligando Brasília ao Acre?
JK: Uai, Paulo! E pode?
PL: Pode, Sr. Presidente! Mas é negócio pra homem!
JK: Então vai ser! 

A construção da BR-29 (BR-364), tanto quanto da EFMM, é um feito épico. E de efeitos muito mais visíveis e duradouros para a vida dos povos do antigo Guaporé. Entre as muitas resoluções que mudaram o Brasil para melhor, o presidente Juscelino Kubistchek decidiu em 02/fev/1960, em meio à uma reunião com os governadores dos estados do norte, construir a BR-29 ligando Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), abrindo o oeste brasileiro. Foi uma decisão corajosa, que quebrou o isolamento desta região, integrando-a de fato ao resto do país.
As informações aqui reproduzidas foram, em sua maioria, obtidas em O Outro Braço da Cruz, de Paulo Nunes Leal, Governador de Rondônia à época da construção, e o principal responsável pela decisão do Presidente.

As fotos dos trabalhos foram cedidas pelo engenheiro Waldemar Uchôa de Oliveira, chefe da Comissão Especial de Construção da BR-29, a quem esta região muito deve pela vontade e empenho que dedicou à obra. 

O Bandeirante.

Na virada da década de 50, a viagem aventureira de um caminhão pelos sertões do Brasil era assunto para a grande imprensa nacional. Entre outros, A Folha de São Paulo (12/12/59), O Globo (03/01/60) e a revista Visão (26/02/60), publicaram matéria relatando a saga do "Bandeirante". Este era um caminhão Ford F-600 do Governo de Rondônia, que saira de São Paulo com 4t de carga no dia 10/out/59, inclusive os geradores de energia para Pedras Negras, Ilha das Flores e Costa Marques, que não dispunham desse serviço essencial. O objetivo, suprema ousadia, era chegar a Porto Velho (RO) cruzando o centro-oeste, quando sequer haviam planos para construir uma rodovia que tornasse a viagem imaginável. O Bandeirante alcançou seu destino no final do dia 19/nov/59, 40 (quarenta) dias depois. A viagem era além de necessária, possível, embora sòmente para os destemidos.

A equipe que a realizou era composta de tres funcionários públicos: Manoel Bezerra (oficial de gabinete do governador), Bismarque Marcelino (motorista, que "só não passava com um caminhão por onde Deus tivesse dificuldade") e Ausier Santos (o Pirralho, mecânico e um dos melhores futebolistas do território).

Alcançaram Presidente Epitácio (SP) em 13/out, onde cruzaram o rio Paraná e penetraram em Mato Grosso, o mais perigoso e cansativo trecho de todo o percurso. Cuiabá foi alcançada dia 17, e Cáceres a 18/out. Os 318 km entre Cáceres e Vila Bela foram os mais difíceis, e percorridos em 4 (quatro) dias. Nesse trecho, em Pontes & Lacerda, a travessia do rio Guaporé foi feita sobre uma ponte de madeira construída trinta anos antes pela Comissão Rondon. Tinha 40 m de extensão, 12 m de altura nos pilares centrais, e conservação nenhuma. Aí ficaram presos por doze horas em um atoleiro.

O Bandeirante cruzou São Paulo e Mato Grosso, num percurso de 3.018 km até Vila Bela, onde chegou no dia 21/out/59. Aí foi embarcado numa balsa e desceu por 1.406 km os rios Guaporé e Mamoré até Guajará Mirim (RO). Finalmente, sobre uma prancha ferroviária rebocado pela locomotiva "Coronel Church" (a primeira locomotiva a chegar à Amazônia, 80 anos antes), percorreu os 366 km da E.F.M.M. até Porto Velho.

O isolamento em que vivia o território tornou essa aventura praticamente obrigatória. Era preciso rompê-lo, e essa viagem ajudou a provar sua imperiosidade.

Porto Velho, 1960.

No início da década de 60, as limitações impostas à vida diária dos habitantes de Porto Velho, e de toda a região, são hoje inimagináveis. Os exemplos a seguir mostram um pouco desse cotidiano, e como era importante para nós, rondonienses, romper o isolamento no qual vivia-se:

Telefonia. Não havia um serviço telefônico urbano. As ligações interurbanas usavam ondas de rádio, e a população só dispunha das instalações da Radional, cujas operações eram centralizadas em Manaus, o que tornava o sistema disponível apenas um pequeno período de tempo em Porto Velho. Para o interior do Território as condições eram ainda mais precárias. Só o governo dispunha, para suas necessidades, de um serviço de rádio que era mais inoperante que efetivo.

Transporte de cargas e passageiros:

Fluvial - o único serviço regular era fornecido pelo SNAAPP (Serviço de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará), que mantinha uma viagem por mes até Belém, passando por Manaus. Atrazos aconteciam, embora os navios utilizados fossem de excelente qualidade. Além desse serviço, apenas as viagens irregulares nas embarcações de madeira típicas da região. Os chamados "motores de linha".

Ferroviário - eram já precárias as condições de tráfego na deficitária Madeira-Mamoré. A viagem dos comboios tracionados pela velha "maria fumaça" até Guajará Mirim, nos seus 366km de extensão, era vencida em 2 (dois) dias com pernoite em hotel da Ferrovia na localidade de Abunã, a 220km de Porto Velho.

Aéreo - havia apenas uma viagem semanal para Belém, com parada em Manaus, nos velhos Catalina de tão grandes serviços prestados na Amazônia. Duas viagens semanais ao Rio de Janeiro, usando aviões DC-3, pela rota do Mato Grosso, com pernoite em Cuiabá. Portanto, dois dias de viagem. Adicionalmente, uma viagem do Correio Aéreo Nacional (Viva o CAN !), também na rota do Mato Grosso, indo até o Acre.

Rodoviário - era inexistente. Estradas apenas carroçáveis, fechadas pelas chuvas grande parte do tempo, aventuravam-se por poucos quilometros, sem grande significado.
Como uma das consequências dessa realidade, as distâncias entre localidades não se media em quilometros, mas em duração de tempo: tantas horas, ou tantos dias para chegar ao destino, pelos infindáveis meandros dos rios da Amazônia. Era uma medida mais adequada às condições.

Energia elétrica. Era disponível apenas umas poucas horas durante o dia e, à noite, desligada impreterivelmente às 22h. Foi a época do reinado das geladeiras à querosene, das lamparinas e dos lampiões à gás. De voltar do cinema para casa correndo, tentando não ser apanhado pela escuridão ainda nas ruas. Mas sem medos, que a vida era tranqüila e não violenta.

Hoteis. Desprovida de rede hoteleira, os poucos viajantes hospedavam-se em casas de amigos ou em hospedarias de qualidade duvidosa. Apenas o Porto Velho Hotel, de propriedade estatal, operado por concessionários, e um dos pontos de encontros preferidos, merecia essa denominação.

Porto Velho Hotel, nos anos 60, hoje sede da UFRO.

Alimentação. Basicamente constituída de peixes, abundantes à época, enlatados, farinha de mandioca e frutos. As frutas locais tinham grande importância na dieta da população. Frequentemente, quando atrazavam os navios de transporte desde Belém e Manaus, desapareciam diversos produtos essenciais. A carne bovina vinha da vizinha Bolívia, mesmo quando doenças no seu rebanho fizeram o governo federal proibir importações de carne do país vizinho.

É. Porto Velho era como uma falsa península. Seu istmo, o rio Madeira. Mas era possível superar o "mar" de floresta em volta. Necessárias e suficientes, "apenas" a coragem e a determinação que tornaram-se as marcas registradas de JK.

O Rio Tubarão.

Decidida a construção da rodovia (em fev/60) ou pelo menos seu caminho pioneiro, vários eram os desafios a vencer para cumprir a determinação presidencial de inaugurar a estrada em dezembro de 1960. A logística e o desconhecimento da região estavam entre os maiores. Por exemplo: sòmente com equipamentos de grande porte, e na quantidade adequada, a meta seria alcançável. Para a frente de trabalho Cuiabá-Vilhena as máquinas poderiam ser transportadas em carretas especiais, fôsse por estradas existentes, ou em caminhos de serviço abertos pelos próprios equipamentos e por trabalhadores braçais. Para a frente Porto Velho-Vilhena entretanto, sòmente transportadas pelos rios Amazonas e Madeira poderiam chegar ao destino. E este só permitiria navegação segura de embarcações do porte necessário até o final do mes de abril (menos de tres meses!).

O DNER contratou a Cia de Navegação Costeira para o transporte até Porto Velho. Em sua 1ª viagem, a Costeira usou o Rio Tubarão, cargueiro de 5.500 t que saiu do Rio de Janeiro em 22/mar/60 chegando a Porto velho no dia 12/abr. A população da cidade, à época cerca de 27.000 habitantes, postou-se nas margens do Madeira para assistir suas manobras. Como no local do precário porto não havia calado para atracação, o navio foi obrigado a atracar nas barrancas do Madeira, no local denominado Terminal dos Milagres, a jusante do porto, e onde hoje existe o novo porto da cidade. Alí foi descarregado com a enorme ajuda dos ferroviários, mais preparados para lidar com cargas pesadas em condições adversas. Voltando a Belém, o Rio Tubarão retornou a Porto Velho em 05/mai com novos equipamentos, em sua última viagem à região.

No final de maio, em navios do SNAAPP e barcaças da Petrobrás, pois já começara a vazante do Madeira, chegaram os últimos equipamentos. Pela frente de Vilhena outras máquinas chegavam para a grande obra. O número de equipamentos trazidos para o seu início, em cada uma das frentes de trabalho demonstra sua magnitude:


Equipamento P.Velho Vilhena Totais 
Trator de Esteira 44 30 74 
Trator de Pneu 1 7 8 
Scraper 7 2 9 
Moto-Scraper 9 27 36 
Moto-Niveladora 10 0 10 
Carregadeira 5 1 6 
Basculante 47 97 144 
Caminhão 16 17 33 
Caminhão-Tanque 4 3 7 
Jeep & Unimog 20 12 32 
Geral 163 196 359 

No pico da obra, cerca de 5.000 homens nela trabalhavam. Dada a quase inexistência de mão de obra no local, mesmo não qualificada, homens foram recrutados em todo o Brasil e para cá trazidos. Nos próprios cargueiros e em navios da Marinha do Brasil, como o NT Ari Parreiras.

Campos de Pouso.

Praticamente toda a área do Território do Rondônia era coberta de mata virgem. Apenas um imenso oceano verde, quase infindável quando se olhava do alto. Praticamente inpenetrável e desconhecido, quando olhado de sua orla. Para que se pudesse cumprir a meta de abrir uma estrada pioneira que a cruzasse, em apenas dez meses, foi necessário abrir várias frentes de desmatamento. As que iniciavam em Porto Velho e Vilhena poderiam ser abastecidas por terra, pela picada aberta, ainda que com dificuldades. Mas as intermediárias exigiam outras soluções. A principal, e talvez até possa ser dito que sem ela não haveria a BR-29, foi o suprimento aéreo. Em várias frentes os suprimentos eram jogados de avião para que as turmas os procurassem em meio à selva. Incontáveis vezes perderam-se os bens lançados. Várias as mortes em pequenos aviões que desapareceram na selva. Mas os trabalhos prosseguiam.

Certa ocasião, quando ainda não havia um campo de pouso adequado em Vila de Rondônia (atual Ji Paraná, a segunda maior cidade do estado), o eng. José Fiel Fontes, chefe dos serviços de desmatamento, decidiu enviar 600 homens para aquele vilarejo para "abrir no braço" a pista indispensável. Em Nova Vida iam-se acumulando os trabalhadores que concluiam seus trechos. Instados por Fiel, que os acompanhou passo a passo, os homens concordaram em seguir a pé, mata a dentro, pelos 130 km que separavam Nova Vida de Vila de Rondônia. Aproveitando as poucas indicações do picadão aberto pelo Marechal Rondon 50 anos antes, qual um fantástico "exército de Brancaleone", o estropiado grupo chegou ao destino 6 (seis) dias depois, sem uma única baixa, e construiu a pista.

Os principais campos de pouso construídos para dar suporte aos trabalhos, que permitiam o pouso de aviões DC-3, foram os de: 

Nova Vida - o precursor. No dia 01/abr/60, ali pousou o primeiro DC-3. 
Vila de Rondônia. O primeiro pouso foi de um Catalina, no dia 14/mai/60. 
Vilhena. O primeiro pouso foi o de um DC-3 da FAB, no dia 04/jul/60, transportando o Presidente Juscelino para a derrubada da última àrvore. Esta pista, asfaltada, foi construída pela empresa Camargo Correa em apenas 25 dias. 
Além desses, tiveram grande importância os campos de Ariquemes, Jarú, Curralinho, Seringal Setenta, Marco Rondon, Capoeira e Susto, que constituiram uma rede subsidiária para os trabalhos, em Rondônia. Ao final do desmatamento 22 campos de pouso permitiam operações de aviões DC- 3, Catalina e monomotores. 

A 1ª fase da BR-29.

Determinada sua construção, foram selecionadas as seguintes empresas para executá-la, e designados os trechos em que cada uma atuaria: 

Comissão nº5 da Engenharia Militar. ----------------->> Cuiabá-Rio Juruena, 500 km, dos quais 300km já trafegáveis. 
CCBE - Cia Construtora Brasileira de Engenharia. --->> Rio Juruena-Barracão Queimado, 158 km. 
Construtora Triângulo S/A. ---------------------------->> Barracão Queimado-Vilhena, 104 km. 
Construtora Camargo Correa. ------------------------->> Vilhena-Pimenta Bueno, 200 km, já em plena selva. 
Empresa Nacional de Contruções Gerais. ------------>> Pimenta Bueno- Porto Velho, 510 km (ver a seguir). 
CIB - Construtora Industrial Brasileira S/A. ---------->> (Pimenta Bueno-Porto Velho). 
SERMARSO - Sergio Marques de Sousa. ------------>> (Pimenta Bueno-Porto Velho). 
Viatécnica S/A. ----------------------------------------->> (Pimenta Bueno- Porto Velho).

O trecho mais difícil certamente seria entre Porto Velho e Vilhena, devido ao desconhecimento do terreno sob a cobertura de mata virgem. Além do mais, apenas seis meses após o efetivo início das obras começaria o período das chuvas na Amazônia, quando nenhum trabalho deste tipo seria possível. Dividido entre 5 empreiteiras, a CCC ficou com os 200km iniciais. O restante, de Pimenta Bueno a Porto Velho, dividido entre as 4 acima indicadas, e ainda em sub-trechos de 22,5 km, que seriam executados alternadamente por elas. Além da mata desconhecida, outra grande dificuldade a enfrentar seria a transposição dos inúmeros cursos d'agua, em particular as barreiras representadas pelos rios Candeias, Jamari, Preto, Branco, Jarú, Ji Paraná (Machado) e Pimenta Bueno (Comemoração).

Para os trabalhos de desmatamento, as empreiteiras deste trecho constituíram nova empresa, a Administradora Porto Velho, liderada pela CIB, que foi a responsável por esse serviço.


Além das medidas necessárias à execução física das obras, a Comissão de Construção precisou dar especial atenção a dois outros aspectos que, nas circunstâncias, assumiam grande vulto:
1 - A saúde. Temiam-se a malária e outras doenças tropicais, os grandes fantasmas da E.F.M.M. Foi então criado um serviço de saúde chefiado pelo Dr. Armando Leite, depois deputado federal pelo Acre. Profilaticamente, todo o pessoal empregado foi vacinado no momento do desembarque, de navio ou avião, contra febre amarela, varíola e tifo. Postos de saúde, com seus respectivos residentes, foram instalados em: 
a) Porto Velho - Dr. Ary Tupinambá Pinheiro.
b) Nova Vida - Dr. Carlos Alberto Magalhães.
c) Vila Rondônia (atual Ji Paraná)- Dr. Jorge Martins Moura.
d) Vilhena - Dr. Leônidas Rachid.
Criaram-se também 12 (doze) turmas volantes de enfermagem, para atendimento de campo.

2 - A segurança. Receava-se que a chegada de milhares de homens, contratados em todo o país numa seleção apressada, trouxesse graves problemas policiais. O território dispunha de pequena polícia civil e guarda territorial, incapaz de atender a demanda extra. Assim, ainda que reconhecidamente ilegal, foi constituída uma força policial própria com 28 (vinte e oito) homens selecionados entre os trabalhadores, para garantir a segurança nas frentes. Não foram registrados incidentes graves envolvendo a polícia improvisada.

A BR-29 foi entregue ao tráfego pelo presidente JK, em 13/jan/61, em cerimônia simples realizada em Cuiabá. As condições de tráfego eram precaríssimas, mas a estrada estava aberta. Agora, era melhorá-la.
Na fase final, quando as dificuldades financeiras e as chuvas haviam praticamente paralisado as obras, um novo grupo destemido, incentivado pelo Governador Paulo Leal, realizou a proeza que permitiu caracterizar a estrada como ABERTA, portanto, irreversível. Uma caravana de 7 caminhões e 1 jeep saiu de São Paulo em 28/out/60 e, seguindo pelo leito recém aberto da BR-29, chegou festivamente a Porto Velho na noite de 28/dez/60, 60 dias depois. Diferentemente da viagem do Bandeirante de um ano antes, nesta não houve trecho fluvial nem ferroviário, os veículos "rodaram" o tempo todo (mesmo que arrastados). Naquele momento, cerca de 100 km dentro de Rondônia, na região arenosa de Pimenta Bueno, eram nada mais que uma simples trilha, sómente transponível graças ao apoio especial dado pelas empreiteiras, que destinaram inclusive tratores especificamente para garantir a passagem do comboio.

Repito aqui palavras do Coronel Paulo Leal: "em toda a história rodoviária brasileira foi (a construção da BR-29) o mais empolgante e o maior dos feitos. E não tenho notícia de nenhum outro que o tenha igualado em qualquer parte do mundo".

Ora! 11(onze) meses antes não haviam sequer estudos para sua execução, e nem se cogitava realizá-los. A planície amazônica tinha guardadas muitas surpresas para os construtores, uma delas, o grande volume de movimento de terras em cortes e aterros, insperados numa planície.

Nos 3 (tres) primeiros meses após a decisão presidencial, lutou-se para vencer dificuldades legais, burocráticas, administrativas, e a má vontade de muitos. Contratou-se um enorme contingente humano e deslocou-se um enorme conjunto de máquinas pesadas, transportando-os até onde ainda não se podia chegar. Segundo Paulo Leal, havia quem perguntasse "a que planeta pertencia Porto Velho ?", ou que afirmasse que Rio Branco ficava "a cinco minutos do por-do-sol". Eram os incrédulos de carteirinha, parodiando Nelson Rodrigues.

Nos oito meses restantes, do Rio Juruena(MT) a Rio Branco (AC), abriram-se cerca de 1.300 km de novos caminhos; foram desmatados mais de 700 km, com 60m de largura, na Floresta Amazônica virgem; escavados mais de 6 milhões de metros cúbicos de terra; implantados cerca de mil bueiros; construídas dezenas de pontes de madeira; etc..., etc...

O feito é gigantesco! 

Era o seguinte, o desenvolvimento da ligação Brasília-Acre: 
BR-14 Brasília - Anápolis 140 km 
Anápolis - Goiânia 60 km 
BR-19 Goiânia - EntroncamentoBR-31 313 km 
BR-31 Entroncamento BR-19 - Cuiabá 775 km 
BR-29 Cuiabá - Rio Juruena 543 km 
Rio Juruena - Vilhena 277 km 
Vilhena - Porto Velho 687 km 
Porto Velho - Abunã (*) 220 km 
Abunã - Rio Branco 291 km 
Total Brasília - Rio Branco 3.306 km 

(*) Esse trecho era percorrido usando-se a histórica Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Este é um pequeno resumo dos "11 meses que abalaram Rondônia". Depois deles esta terra nunca mais foi a mesma. Por vezes, ao longo de quase duas décadas, a estrada fechava. Intransitável no longo período das pesadas chuvas que caem sobre a região de novembro a abril. Atoleiros e areais imensos retinham por semanas os caminhoneiros que insistiam, nunca desistiam, e, tão logo o sol forte e abrasivo trazia as nuvens quase inpenetráveis de poeira no leito de barro, lá estavam novamente rodando.

Apenas em 1983/84 a BR-364 (ex BR-29) foi asfaltada. Mas essa já é outra história, uma outra fase na vida de Rondônia e seu povo.

Lula faz agenda no Acre

Enviada em 27 de abril de 2009 – Imprimir esta matéria – Enviar para um amigo
Além do encontro com o presidente peruano Alan Garcia, em Rio Branco, Lula vai a Cruzeiro do Sul inaugurar Aeroporto Internacional
Lula faz agenda no Acre O presidente Lula estará em Rio Branco na próxima terça-feira, 28, para uma reunião com o presidente do Peru, Alan Garcia. Além de participarem de um fórum empresarial, os dois presidentes assinam acordos bilaterais no Palácio Rio Branco, entre eles um convênio de integração energética, que vai exigir investimentos de mais de 4 bilhões de dólares. 
O total de investimentos brasileiros no Peru passa de US$ 2 bilhões, e empresas brasileiras estão presentes naquele país, desenvolvendo variados projetos em áreas como infraestrutura e energia. Segundo o chanceler peruano José Garcia Baraundes, o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Peru aumentou muito nos últimos anos, saltando de US$ 724 milhões em 2003 para US$ 3,3 bilhões em 2008. (Foto: Celso Junior/AE)
Esta é a primeira vez que Lula e García se reúnem na capital de um estado fronteiriço. Durante o encontro os dois divulgarão o “Compromisso de Rio Branco”, que anunciará novas medidas para estimular o intercâmbio econômico-comercial, o desenvolvimento fronteiriço e a integração energética. Os Presidentes deverão também participar do encerramento do Encontro Empresarial Brasil-Peru, que prevê rodada de negócios e mostras de produtos brasileiros e peruanos. O objetivo do Encontro Empresarial é desenvolver o comércio na região de fronteira, incentivando o desenvolvimento e a criação de empregos locais. Já estão inscritos para o Encontro mais de 160 pequenos e médios empresários dos dois países.
Outro dos temas de conversa dos presidentes deve ser a data de inauguração da Rodovia Interoceânica Sul, conhecida no Brasil como Estrada do Pacífico. Com inauguração prevista para 2010, a Rodovia finaliza o primeiro eixo multimodal Atlântico-Pacífico, que garantirá o acesso dos produtos peruanos ao Oceano Atlântico e o acesso dos produtos brasileiros ao Oceano Pacífico.
Lula faz agenda no Acre Em Cruzeiro do Sul, Lula inaugura AeroportoJá em Cruzeiro do Sul, a cerca de 700 quilômetros de Rio Branco, Lula vai inaugurar o Aeroporto Internacional e lançar a ordem de serviço para a construção da ponte sobre o rio Juruá, que será a maior ponte sobre um rio ao longo da BR-364 desde o estado de Mato Grosso. 
Depois de três meses operando em caráter experimental, o novo AeroportoInternacional de Cruzeiro do Sul será inaugurado pelo Presidente Lula e o governador do Acre, Binho Marques. Cerca de R$ 34 milhões foram investidos na obra. Para quem chega, painéis em marchetaria brindam os visitantes  com uma das mais belas expressões artísticas da Amazônia. Há isolamento acústico e o projeto de iluminação é especial. As bagagens serão inspecionadas por meio de raio-X e a água da chuva será armazenada e filtrada para a manutenção e limpeza do ambiente e irrigação Lula faz agenda no Acre das plantas.
Em forma de oca indígena, o Aeroporto tem cerca de 4,5 mil metros quadrados de área construída numa proposta arquitetônica que traz a marca da identidade cultural. O aeroporto de Cruzeiro do Sul atende os outros quatro municípios do Vale do Juruá e boa parte dos municípios do sul do Amazonas, sendo referência de embarque e desembarque para uma população de milhares de pessoas.
BR 364
Com importância estratégica para o Acre – já que integra a população de um extremo e outro do Estado – a BR 364 é uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São mais de R$ 500 milhões investidos até a conclusão dos 224 quilômetros que faltam para ligar o  Acre de Rio Branco a Cruzeiro do Sul. O trecho em construção é entre Feijó e Sena Madureira e as obras avançam ampliando a possibilidade de a rodovia ser inaugurada em 2010. No Acre a BR-364 tem 870 quilômetros de extensão, e vai até a fronteira com o Peru. Atravessa o estado de Leste a Oeste e atende a 70% da população acreana.
Lula faz agenda no Acre No ano passado, durante os cinco meses em que esteve aberta ao tráfego, a rodovia registrou aumento de 60% em relação ao verão anterior no fluxo de veículos e transporte de cargas. Além da dificuldade para a execução de uma obra de pavimentação em solo amazônico – que incluem o clima e a carência logística - o Governo do Estado precisa construir cerca de 1,5 quilômetro de pontes sobre os vários rios que cortam a BR entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
Ainda durante a visita a Cruzeiro do Sul, o Presidente Lula e o governador Binho marques assinam a a ordem de serviço para a construção da ponte sobre o rio Juruá, uma das maiores da Amazônia. Sua extensão será de  550 metros, com quatro faixas de rolamento e dois passeios distribuídos numa largura entre 18 e 20 metros. A obra faz parte do complexo projeto da BR 364 desde o Vale do Juruá até Rio Branco e está incluída no PAC. O valor total da obra é de aproximadamente R$ 121 mil, com recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre – DNIT e do governo estadual.
Um dos pioneiros na construção da rodovia, o engenheiro Fernando Moutinho é um dos responsáveis pelo asfaltamento da BR 364 no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Para ele, os ensinamentos adquiridos no dia a dia da obra, a sobreposição obrigatória das adversidades e as intensas pesquisas e estudos realizados para entender a natureza da região conferem uma particularidade á pavimentação da Rodovia:  “Não é uma obra, é uma universidade”, afirma.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dnit investirá R$ 216 milhões em rodovia

10/12/2010 - Webtranspo

Obra vai promover desenvolvimento no MT

Nos próximos dias, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) dará início às obras de duplicação e restauração de 45 quilômetros da rodovia BR-163/364, localizados entre o município de Rosário Oeste (quilômetro 461) e o entroncamento com a BR-364 (Posto Gil), no estado do Mato Grosso.

De acordo com o departamento, serão investidos R$ 216,9 milhões, na construção de uma nova pista com duas faixas de rolamento, com 3,6 metros de largura e acostamento de três metros. As duas faixas serão construídas do lado esquerdo da pista existente para atender ao tráfego no sentido Posto Gil – Cuiabá (norte-sul). A pista antiga será totalmente restaurada e alargada, adequando-se aos padrões da nova via.

O projeto da obra contempla ainda a construção de três pontes e três viadutos. Segundo o Dnit, as pontes serão sobre os rios Nobres, Serragem I e Serragem II. Já os viadutos serão construídos no município de Rosário Oeste ; outro no acesso ao município de Nobres (encontro com a MT-241) e o terceiro na localidade do Posto Gil (entroncamento com a BR-364, em direção a Diamantino).

Esta obra de duplicação será importante pois promoverá o desenvolvimento regional e permitirá o transporte da produção agrícola do País pela utilização de modais rodoviários de qualidade e capacitados para atender a demanda do crescimento do setor agropecuário no estado.