quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PAC 2 concluiu mais de 1.000 km de rodovias e ferrovias

19/11/2012 - Agência Brasil

No eixo transporte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, foram concluídos 1.120 quilômetros (km) de rodovias em todo o país até setembro. Há, ainda 8.113 km de obras em andamento em todo o país. Destes, 2.795 km são obras de duplicação e adequação e 5.318 km, de novas construções e pavimentação. Os números foram divulgados hoje (19) durante o balanço do programa pelo governo federal.

A manutenção e construção de estradas vicinais no país serão beneficiados pelas 1.275 retroescavadeiras já entregues a 1.299 municípios.

De acordo com o balanço, há 2.672 km de ferrovias sendo construídas e 459 km foram concluídos, sendo 283 km de três lotes da Norte-Sul; 163 km da Ferronorte; e 13,2 km relativos ao rebaixamento da Linha Férrea Maringá. A conclusão do trecho da Ferronorte, que liga Alto Araguaia a Itiquira, é de grande importância para o escoamento da produção agrícola da Região Centro-Oeste.

Outras obras concluídas no último quadrimestre, que receberam destaque do governo, foram as dos portos de Itaqui (MA) e de Vila do Conde (PA). O Programa Porto sem Papel, que pretende desburocratizar a dinâmica dos portos brasileiros, já está tendo operação plena nos portos de Barra do Riacho, Recife, Suape, Itaguai, Niterói, Angra dos Reis, Forno, Cabedelo, Natal, Areia Branca, Maceió, Itajaí, Laguna, São Francisco do Sul, Imbituba, Paranaguá, Antonina e São Sebastião.

O balanço aponta que há, atualmente, 22 empreendimentos sendo tocados nos aeroportos do país, e que as concessões feitas nos aeroportos de Guarulhos e Campinas (SP), Brasília e Natal deverão resultar em R$ 16 bilhões em investimentos.



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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Concessão da BR-040 vai demandar investimentos de R$ 9 bi, diz ANTT

13/11/2012 -G1

Leilão da rodovia está previsto para ocorrer até o fim de janeiro de 2013. Cobrança de pedágio começará só após conclusão de 10% da duplicação.


Foto: Reprodução
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou na segunda-feira (12) previsão de que devem ser investidos cerca de R$ 9 bilhões na duplicação da rodovia BR-040, uma das vias incluídas no pacote de concessões do governo federal anunciado em agosto.

Desse total, R$ 6,5 bilhões serão aplicados em obras e na compra de equipamentos e outros R$ 2,5 bilhões são de custos operacionais (pagamento de funcionários, serviços de conservação de rodovia, etc).

A nova estimativa supera em R$ 2 bilhões o divulgado inicialmente pela agência para o investimento na rodovia (R$ 7 bilhões). O BR-040 tem 936,8 quilômetros e vai da divisa do Distrito Federal até Juiz de Fora (MG).

Pedágios

O edital da rodovia deve ser publicado até o final de dezembro e, o leilão, está previsto para ocorrer até o final de janeiro de 2013. Vence o leilão quem oferecer o menor valor de pedágio para a rodovia em relação à tarifa teto definida pelo governo, de R$ 4,20.

O projeto de duplicação da BR-040 prevê 11 praças de pedágio. Mas eles só poderão iniciar a cobrança após a concessionária realizar pelo menos 10% da duplicação.

O contrato de concessão será de 25 anos. Além da duplicação – que o governo espera que esteja concluída após cinco anos da assinatura do contrato -, a concessionária terá que executar outros serviços, como a implantação de um sistema de monitoramento por câmeras e atendimento médico e mecânico de usuários.

A taxa de retorno definida pelo o governo para os investidores é de R$ 5,5%. O índice é inferior ao verificado em outras rodadas de licitação de rodovias federais.

De acordo com a diretora da ANTT Natália Marcassa de Souza, a queda na taxa se deve, entre outros fatores, à redução do 'risco-país' – índice que mede o perigo que cada país representa para os investidores.

Concessão da BR-116

A BR-040 será a segunda rodovia a ser concedida dentro do pacote do governo anunciado em agosto. A primeira será o trecho mineiro da BR-116, que vai da divisa MG-BA até a divisa MG-RJ, num total de 817 quilômetros.

O edital da BR-116 deve ser publicado até o final de novembro e, o leilão, está previsto para ocorrer até o fim de dezembro deste ano. O valor-teto para o pedágio na rodovia será de R$ 6,40. A BR-116 terá 8 praças de pedágio.

Fonte: G1, Por Fábio Amato



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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ministério retoma obras de transportes

05/11/2012 - O Estado de São Paulo

Foi necessário mais do que um ano para o Ministério dos Transportes se recuperar da "faxina" que derrubou toda a sua cúpula e obrigou a uma revisão geral de todos os contratos em andamento, por suspeita de corrupção. Desde julho, os volumes investidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) voltaram aos níveis históricos, indicando que a pasta está saindo do atoleiro.

Em agosto e setembro, os pagamentos superaram a casa de R$ 1 bilhão, o que é superior à média gasta mensalmente nos dois anos anteriores. Ainda assim, a expectativa do ministro Paulo Sérgio Passos é encerrar o ano com um volume 8% inferior ao registrado em 2011.

Isso ocorrerá por causa do fraco desempenho registrado nos primeiros meses do ano. A meta é encerrar 2012 com pagamentos de R$ 10,5 bilhões, ante R$ 11,4 bilhões de 2011 e R$ 10,3 bilhões no ano eleitoral de 2010. Os valores refletem a quantidade de obras ou etapas de obras concluídas e quitadas.

O Dnit freou bruscamente os pagamentos no início de 2012 porque os contratos passaram por uma total revisão. O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que assumiu o comando do órgão após a faxina, não escondeu que os projetos eram de má qualidade e precisariam ser revistos. Em junho passado, ele concedeu uma entrevista ao Estado em que desabafou: "Herdei uma carteira de R$ 15 bilhões, e são 15 bilhões de problemas".

Quatro meses depois, o Dnit conseguiu retomar as contratações, segundo o ministro. A meta para este ano é elaborar 38.751 contratos de recuperação e manutenção de rodovias. Até o momento, foram aprovados 32.567 e já foram publicados 29.353 editais para contratar os serviços, para uma meta de 37 mil no ano.

Tudo isso resultou em 11.450 novos contratos assinados, o que representa apenas 37,6% da meta do ano. Passos explica, porém, que a tendência é o número crescer bastante nos próximos meses, pois a contratação de serviços é um processo demorado e só agora os contratos estão chegando nas etapas finais para serem celebrados. "Conseguimos esses resultados com trabalho duro. Enquanto vocês criticavam, nós estávamos trabalhando."

O mesmo não pode ser dito em relação à estatal ferroviária Valec, onde os investimentos ainda patinam. De janeiro a setembro, foram investidos R$ 622 milhões, ante R$ 856 milhões em 2011 e R$ 1,3 bilhão em 2010. A queda se deveu principalmente a questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a Ferrovia Norte-Sul. O tribunal estranhou o fato de cada um dos 12 lotes da linha férrea contar com uma fábrica de dormentes de responsabilidade da empreiteira, que cobravam preços acima do mercado. "Foram 12 rodadas de negociação até conseguir baixar os preços a valores considerados adequados", informou o ministro. Outro empreendimento a cargo da Valec, a Ferrovia Oeste-Leste, não conseguiu avançar por dificuldades na obtenção de licenças ambientais e na desapropriação de área.

O secretário-geral da organização Contas Abertas, Gil Castello Branco, concorda que a diferença entre os investimentos realizados este ano em relação a anos anteriores tem caído. "Mas nem de longe há chance de superar 2011."


Fonte: O Estado de S. Paulo





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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pontos de apoio a motoristas serão obrigatórios em novas concessões

01/11/2012 - Transporta Brasil, Silas Colombo

Para suprir a falta de infraestrutura para o cumprimento da lei 12.619 que prevê períodos de descanso mínimo aos caminhoneiros, a instalação de pontos de parada entrará como parte dos contratos de concessão de rodovias

O Senado Federal está estudando a aplicação de um projeto de lei que obriga a construção de pontos de apoio aos motoristas de caminhão e ônibus, como condição inclusa nos novos contratos de concessões de rodovias.

Os pontos deverão ser instalados observando a distância mínima de 150 quilômetros e deverão ser dotados de toda infraestrutura necessária para atendimento dos profissionais como: posto de combustível, lanchonetes e restaurantes, banheiros e segurança.

Nas rodovias sob gestão publica, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) será o responsável pela implantação dos Pontos de Apoio.


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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A longa e brutal jornada de um caminhoneiro até um porto no Brasil

05/11/2012 - Folha de São Paulo

DA REUTERS

Quando o caminhoneiro Marcondes Mendonça, 27, inicia a viagem para transportar milho do Centro-Oeste do Brasil até o porto de Santos (SP), no litoral paulista, ele reza para ser protegido dos buracos nas rodovias e dos motoristas alucinados, e pensa com terror nos lamentáveis banheiros que precisará encarar durante os sete dias de estrada.

O gargalo da infraestrutura é um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil, sexta maior economia mundial, com chances de desbancar na temporada 2012/13 os EUA, líder mundial na produção de soja.

Ele também se prepara para outros inconvenientes: congestionamentos, atrasos no porto e uma burocracia que cada vez mais atrapalha o fluxo de bens e serviços no maior país da América Latina.

Jornada de um caminhoneiro até um porto no Brasil

Caminhoneiro prepara refeição em sua cozinha móvel, enquanto aguarda para descarregar cereais no terminal da ALL (América Latina Logística)
Neste contexto de aumento de produção e logística deficitária, os transportadores avaliam que o preço do frete rodoviário deve crescer cerca de 30%.

A escassez de caminhoneiros e uma nova lei que determina períodos mínimos de descanso para esses profissionais também colaborarão para o aumento dos custos da nova safra, já que o tempo de viagem crescerá.

Mendonça, o jovem caminhoneiro, pai de dois filhos e fã de música sertaneja, trabalha para uma cooperativa de frete e faz bico como instrutor para futuros colegas.

"Que Deus nos proteja", diz ele, com a voz impondo-se a um chiado do freio a ar do seu veículo.

A reportagem seguiu com o veículo por 1.600 dos 2.100 quilômetros da viagem, percorrendo muito asfalto danificado, lembranças de acidentes mortais e refúgios noturnos com espaço para um último caminhão.

A viagem começou em Mato Grosso e atravessou outros dois Estados até chegar ao porto de Santos.

Nesse percurso, Mendonça enfrentou condições conhecidas por qualquer caminhoneiro brasileiro --longas jornadas de trabalho, solidão, comida ruim.

O custo do frete nesse trajeto representou quase 40% do valor pelo qual a carga de 37 toneladas de milho foi negociada em Santos.

Para percorrer uma distância semelhante nos EUA, principalmente sobre barcaças, o custo seria de apenas 10% do valor da carga.

Mesmo percorrendo distâncias semelhantes, o transporte de produtos no Brasil também pode demorar três vezes mais do que na China, país que tem usado seu sucesso econômico para investir maciçamente em estradas, ferrovias e portos.

"A logística está congestionada", disse Glauber Silveira, produtor de Mato Grosso e presidente da associação dos sojicultores do Brasil, que perdem um quarto do seu faturamento com o transporte. "O comprador está perdendo, e o produtor também."

Com o vasto território, abundância de água e fazendas de alta tecnologia, o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, café e suco de laranja, além de liderar a exportação de carne bovina e de frango e estar prestes a se tornar o maior em soja.

Mas a vantagem que o Brasil costumava ter em termos de custo está sucumbindo ao preço do transporte.

O frete da fazenda ao porto já custa no Brasil mais do que o dobro do frete marítimo até a China, e essa relação está crescendo rapidamente por causa do pagamento de melhores salários aos caminhoneiros e da entrada em vigor da lei que exige descanso mínimo para eles.

Por causa dessa elevação de custos, os negociantes de produtos agrícolas estão sendo obrigados a pagar mais pela soja brasileira só para garantir a continuidade das lavouras.

Caso os preços se aproximem demais do custo, isso irá desincentivar "seriamente" a produção brasileira, segundo Kona Haque, analista do Macquarie Bank.

A presidente Dilma Rousseff divulgou recentemente planos para atrair US$ 66 bilhões em investimentos privados para estradas, ferrovias e outras instalações.

Eles incluem o prolongamento de uma rodovia até um terminal fluvial no rio Tapajós, afluente do Amazonas --apesar de ter alguns dos maiores rios do mundo, o Brasil realiza pouco transporte fluvial de cargas.

Essa nova ligação oferecerá, a partir de 2014, uma redução de 900 quilômetros no trajeto até o Atlântico, mas a capacidade das barcaças ficará limitada por causa da pequena profundidade dos rios.

FORA DOS TRILHOS

Da cabine do caminhão guiado por Mendonça, descortina-se uma visão privilegiada do abismo que separa as ambições de primeiro mundo do Brasil das condições bem mais modestas da vida real.

A viagem teve início na segunda-feira em Rondonópolis, entreposto logístico no sul de Mato Grosso. A essa altura, Mendonça já havia passado três dias em viagem até uma cidade, mais ao norte, onde lotou suas duas carretas com milho.

De Rondonópolis, ele seguiu para o sul. Rosários de contas pendiam do espelho retrovisor, acompanhando cada balanço do caminhão.

Três horas depois da partida, o caminhão chegou a Alto Araguaia, onde a jornada de Mendonça já poderia terminar. Lá, a empresa América Latina Logística opera uma ligação ferroviária direta até Santos.

Cada trem da companhia, com 80 vagões, pode transportar o equivalente a 230 caminhões articulados como o de Mendonça, mas consumindo o mesmo diesel que apenas 40 carretas.

No entanto, a demanda elevada depois da safra faz com que os trens fiquem lotados, e os preços não compensam muito, segundo os produtores.

Além disso, o transporte por trem leva o mesmo tempo, pois os vagões demoram muito para serem carregados nas várias paradas do percurso e descer a serra do Mar, logo antes de chegar ao porto.

A rede ferroviária brasileira, de 29 mil quilômetros, é hoje menor do que foi há 90 anos.

Como parte do seu projeto de infraestrutura, o governo Dilma está investindo R$ 22,4 bilhões para construir duas novas ferrovias importantes para atender ao cinturão agrícola. Uma delas será no sentido norte-sul, e a outra, no eixo leste-oeste.

Empresas de commodities dizem que há urgência nessas obras. Numa pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral junto a 126 empresas que geram mais de um quarto do PIB brasileiro, a principal sugestão para a redução do custo do frete é a construção de mais ferrovias.

Os economistas têm dificuldades para quantificar o impacto da infraestrutura precária sobre a economia, mas concordam que as limitações na rede de transportes e a saturação dos portos impedem a economia de crescer de modo consistente acima de 4% ao ano --taxa necessária para que o Brasil alcançasse o status de nação desenvolvida, segundo especialistas.

A maioria dos novos projetos ferroviários ainda está a pelo menos cinco anos da conclusão.

NA BOLEIA

E assim Mendonça seguiu viagem. Antes da meia-noite, ele parou num posto com área de descanso. Dormiu num colchão no fundo da cabine.

Na terça-feira, o veículo chegou à divisa com Mato Grosso do Sul.

Mendonça contava sua história para ajudar as horas a passarem. Nascido no vizinho Goiás, ele é filho e irmão de caminhoneiros. Ávido por aprender, guiava os caminhões dos clientes pelo pátio da borracharia do seu tio.

Em 2006, mudou-se para Rondonópolis e começou a trabalhar, ganhando cerca de R$ 3.000 por mês. Engordou 24 quilos no primeiro ano que passou ao volante. Casou-se.

O trabalho é constante, mas as transportadoras têm dificuldades para encontrar novos motoristas --com o desemprego próximo do seu menor nível histórico no Brasil, os trabalhadores encontram muitas outras oportunidades em profissões menos cansativas.

"Não há banheiros nem áreas de descanso decentes, e a poeira está por todo lado", queixou-se o caminhoneiro Aguinaldo da Silva Tenório, 28, numa parada do trajeto.

Os caminhoneiros também se queixam dos perigos --roubos ocasionais e estradas ruins e congestionadas.

Com frequência, os motivos de maior preocupação dos motoristas são seus próprios colegas.

Na pressa de chegar ao porto --muitos são pagos por frete--, fazem ultrapassagens imprudentes. Muitos também usam cocaína e "rebite", uma droga derivada de anfetaminas, para se manterem acordados.

"Quando você está sonolento, resolve, mas você pode acabar causando uma grande confusão", diz o caminhoneiro Ademir Pereira, 36, que admitiu ter usado "rebite" uma vez. Já Mendonça diz que nunca consome drogas para ficar acordado.

OLHOS ABERTOS

Mais de 1.200 caminhoneiros morreram no ano passado em rodovias federais, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

Para reduzir o consumo de drogas ao volante e diminuir o número de vítimas, o governo recentemente determinou pela primeira vez um período mínimo de descanso para os caminhoneiros.

Motoristas contratados por empresas, que são a maioria, agora devem passar no máximo oito horas por dia ao volante. Para os autônomos, a jornada pode chegar a 13 horas.

Na terça-feira à noite, Mendonça dormiu em outra área de descanso. Ao meio-dia de quarta, ele parou em um restaurante já no norte do Estado de São Paulo. Lá, uma funcionária elogiou a nova lei.

"Antes, a gente via os caminhoneiros entrando aqui com os olhos quase fechados", disse Nilda Pereira Alves Pinto. "Agora eles não ficam mais com tanta pressa."

Poucos discordam dos motivos da lei, mas alguns se queixam de que está mais difícil cumprir prazos, e que os custos aumentaram.

"Se não nos deixarem dirigir durante a noite, não haverá caminhões suficientes", disse o caminhoneiro autônomo Marcelo Galbati, que esperava o conserto de um pneu.

Na noite de quarta-feira, a reportagem passou por fora de São Paulo e o tráfego ficou mais pesado à medida que caminhões de todo o Brasil se afunilavam nas duas rodovias que dão acesso a Santos, a cerca de 80 quilômetros da capital paulista.

Mendonça pagou um pedágio de R$ 150, mas precisou dar uma volta e pagar de novo depois de descobrir que todas as áreas de descanso estavam cheias.

Ele já havia ultrapassado a jornada de trabalho máxima, mas não tinha onde parar.

Às 2h, quando o caminhão descia a serra em meio à Mata Atlântica, um acidente paralisou a rodovia. Uma hora depois, o veículo chegou a uma parada de descanso.

"A coisa está feia", disse uma atendente, acenando para que Mendonça tentasse a sorte buscando uma vaga para estacionar, após 20 horas ao volante.

Na manhã de quinta-feira, Mendonça esperava autorização para seguir até o terminal portuário, a 20 quilômetros dali, onde a companhia norte-americana de commodities Archer Daniels Midland Co. recebe os caminhões com grãos para então despachar o produto em navios.

O porto é famoso por sua burocracia e não dá conta do crescente volume de carga que recebe.

Só depois das 16h o terminal ficou disponível para Mendonça. A essa altura, porém, descarregar significaria ir embora do porto bem tarde, e novamente enfrentar dificuldades para achar uma área de repouso.

Por isso, Mendonça decidiu dormir na área de espera do terminal.

Só na manhã de sexta-feira, quase uma semana depois de deixar Rondonópolis, Mendonça conseguiu finalmente levar o caminhão para uma plataforma e descarregá-lo, a poucos metros dos navios que iam sendo enchidos com grãos com destino a outros continentes.


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dnit lança edital de duplicação da BR-381, em Minas Gerais

01/11/2012 - Agência CNT

Trecho de 303 km entre Belo Horizonte e Governador Valadares terá melhorias no traçado, defensas e asfalto.

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Foto: Dnit/Divulgação
O edital de licitação para execução das obras de duplicação da BR-381 foi publicado nessa quarta-feira (31) na página do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Nesta primeira fase, serão licitados seis lotes, em uma extensão de 98 quilômetros. A abertura das propostas dos interessados em realizar os serviços de adequação de capacidade da via está prevista para o dia 17 de dezembro.

Os seis lotes entre Belo Horizonte e Governador Valadares serão licitados pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), na modalidade menor preço. Eles abrangem a construção de nova pista e a restauração da atual, com trechos em pavimento rígido (concreto) e em asfalto.

Com a adequação de capacidade, a rodovia ganhará novo traçado eliminando e diminuindo trechos sinuosos. Além disso, serão construídas 17 pontes e 19 viadutos; cinco túneis; 51 paradas de ônibus; 11 passarelas, quatro passagens inferiores e mais de 50 mil metros de defensas (equipamento de segurança projetado para garantir desaceleração durante o impacto de veículos). Segundo o Dnit, o prazo para execução das obras é de 1.080 dias.

Para o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade, essa obra trará alívio aos mineiros. "É uma obra que reivindicamos muito e a presidente Dilma Rousseff se empenhou para que saísse do papel. Dentro do cronograma estabelecido pelo Ministério dos Transportes, a partir de janeiro ou fevereiro devem ter início as obras nos primeiros lotes", afirmou.

O empreendimento integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O trecho a ser duplicado apresenta importância estratégica para a ligação da região Nordeste com a região Sul do país, inclusive com o Cone Sul.

Confira os lotes em licitação:
Lote Trecho
Lote 3.1 Duplicação do trecho entre o entroncamento com a MG-320 (Jaguaraçu) e Ribeirão Prainha (km 288,4 ao km 317)
Lote 3.2 Construção dos túneis no Rio Piracicaba, com 825 metros
Lote 3.3 Construção dos túneis de Antônio Dias e Prainha, com 1280 metros
Lote 4 Duplicação do trecho entre Ribeirão Prainha e o acesso sul de Nova Era (km 317 ao km 335,8)
Lote 6 Duplicação do trecho entre o acesso a João Monlevade e o Rio Una (km 356,5 ao km 389,5) e construção do túnel do morro Vieira com 280 metros
Lote 8A Duplicação do trecho entre o acesso a Caeté (MG-435) até a MG-020 (km 427 ao km 445)

Com informações do Dnit.

Jacy Diello
Agência CNT de Notícias



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Ministério dos Transportes vai privatizar a BR-040

01/11/2012 - Transporta Brasil

Rodovia será concedida à iniciativa privada pelo prazo de 25 anos e terá 11 pontos de cobrança. Previsão de investimentos é de R$ 5,9 bilhões, com pedágio estimado em R$ 3,75


A diretoria da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) propôs ao Ministério dos Transportes o Plano de Outorga para concessão da BR-040 (DF-GO-MG), no trecho Brasília-Juiz de Fora.

Com 771 km de extensão, o trecho da rodovia federal será concedido à iniciativa privada pelo prazo de 25 anos. Pelas novas regras, a via concedida deverá estar duplicada até o quinto ano da vigência do contrato.

A previsão de investimentos no período é de R$ 5,9 bilhões. Serão instaladas 11 praças de pedágio, com a cobrança da taxa de R$ 3,75 cada. A BR-040 é a principal ligação rodoviária entre o Distrito Federal e os Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A rodovia nasce em Brasília e termina no Porto do Rio de Janeiro.



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